Cuidado com O Vilão! (MPreg)

Capítulo Sete

Max Fraield:

Do lado de fora da casa, o cenário se desdobrava em uma paisagem serena e pacífica. Um vasto jardim se estendia diante de mim, repleto de flores coloridas e exuberantes. As folhas das árvores dançavam suavemente ao sabor da brisa, criando uma sinfonia de murmúrios calmantes.

Ao longe, uma colina verde se erguia, oferecendo uma vista magnífica da paisagem circundante. O céu azul estava salpicado de nuvens fofas, pintando um quadro tranquilo e acolhedor. O som distante de pássaros cantando ecoava, enchendo o ar com uma melodia suave e relaxante.

Encontrei um lugar sob a sombra de uma árvore frondosa, onde a luz do sol filtrava suavemente entre as folhas, criando padrões de sombras dançantes no chão. Abri meu material de trabalho, sentindo a brisa suave acariciar meu rosto enquanto mergulhava nos detalhes do meu projeto.

O ambiente ao meu redor proporcionava uma atmosfera de serenidade e tranquilidade, um contraste reconfortante em relação às tensões vivenciadas dentro daquelas paredes. À medida que eu me concentrava em meu trabalho, a natureza ao redor se tornava minha aliada, envolvendo-me em um ambiente propício para a reflexão e a criação.

Até que esse lugar é bastante bonito, poderia ficara aqui por um longo período de tempo para ver as coisas.

Respirei fundo pela primeira vez nesta vida. O aroma misto de primavera, chá e o cheiro suave de grama rapidamente encheu meu nariz. Ao mesmo tempo, uma voz aterrorizada atingiu meus ouvidos.

— Cuidado — Era a voz de Alister e dos cavaleiros.

Ah, eu me lembro disso, que foi comentado na história original, a primeira vez que Max seria atacado e ganharia uma cicatriz em sua perna. O que perfurou meus ouvidos nesse momento foi o grito de Alister.

Assim que abri os olhos, vi uma fera ornamental vindo em minha direção, ameaçando devorar a mim e aos cavaleiros. Não precisei me preparar mentalmente porque sentia a magia à minha volta começou a seguir minha vontade. Lentamente, levantei minhas pálpebras.

No momento em que abri os olhos, o brilho do sol saudou minha visão.

— Grr, grrr......! — A fera rugiu.

O que vi em seguida foi uma enorme fera branca, do tamanho de uma casa, correndo em nossa direção. Era algo que eu estava esperando. Ela abriu a boca comigo como alvo. Presas afiadas correram em minha direção como se fossem me perfurar imediatamente. Mas eu apenas observei a cena se desenrolando na minha frente sem piscar.

Naquela situação aparentemente desesperadora, uma energia suave envolveu meu corpo e a magia que cresceu sob meus pés se espalhou imediatamente.

À medida que as energias mágicas se alongavam, espalhavam—se agradavelmente no ar, como se quisessem cobrir meu campo de visão. Transformaram—se em vinhas cobertas de espinhos que se estendiam para a frente, emaranhadas entre si e sobre a fera.

— O que acabou de ...? — Uma voz baixa e trêmula chegou aos meus ouvidos. Virei minha cabeça na direção da voz. Lá encontrei as figuras dos cavaleiros e do meu irmão.

As vinhas subiram ao nível da minha cabeça, expandindo-se ainda mais, e prenderam a fera contra o chão com um estrondo. Olhei para a criatura que se debatia furiosamente e me aproximei de Alister. Soquei seu estômago e bati em seu rosto.

Os cavaleiros observaram em silêncio enquanto eu confrontava Alister, cujo rosto agora exibia uma expressão de surpresa e dor.

— Você achou mesmo que eu ficaria indefeso diante de uma ameaça? Quando viu que seu irmão estava aqui deveria ter corrido mais rápido para salvá-lo, mas não fez só se cansou mais rápido que o normal — Minha voz era fria, carregada de desdém. — Sua tentativa de se mostrar aos outros cavaleiros que consegui lidar com uma fera mágica demoníaca falhou miseravelmente. Se não tem forças para lutar contra uma dessas criaturas deveria ficar em silêncio e observando os cavaleiros em total silêncio.

Alister tentou se recompor, mas eu o segurei pelos ombros, mantendo-o no lugar. Eu sabia perfeitamente que ele tentava se destacar diante dos cavaleiros, reforçando seu status como jovem mestre desse território. No entanto, suas ações haviam resultado em provocar ainda mais a fera, que, enfurecida, quebrou suas correntes. Quando a fera partiu para atacar Alister, ele conseguiu desviar, e o animal fugiu dos estábulos destinados aos treinos e lutas dos cavaleiros.

Alister tentou se recompor, mas eu o segurei pelos ombros, mantendo-o no lugar. Eu sabia perfeitamente que ele tentava se destacar diante dos cavaleiros, reforçando seu status como jovem mestre desse território. No entanto, suas ações haviam resultado em provocar ainda mais a fera, que, enfurecida, quebrou suas correntes. Quando a fera partiu para atacar Alister, ele conseguiu desviar, e o animal fugiu dos estábulos destinados aos treinos e lutas dos cavaleiros.

— Você sempre subestimou minha capacidade ou até mesmo as suas próprias, Alister. — Continuei, olhando nos olhos dele com intensidade. — Cuidado com as consequências de suas próprias artimanhas, Alister. Se não vai acabar sendo morto por seu próprio ego.

Os cavaleiros assistiam à cena, mantendo-se em silêncio, enquanto a fera continuava a se debater, agora presa pelas vinhas mágicas que eu havia invocado.

— Sabe, eu poderia deixar a fera terminar o que começou e partir para destruir tudo que o irrita — Meus olhos faiscaram com um toque de ameaça e o mesmo se encolheu no lugar. — Mas acho que vou mostrar a ela um pouco de misericórdia. Afinal, somos da mesma família e deveria cuidar do seu próprio treinamento eu mesmo.

Sorri para sua direção e o mesmo tremeu por segundos, mas tratou de se recuperar ou disfarçar.

Então você tem medo do Max ou é só um covarde que nem sabe suportar quando alguém mostra que tem mais poder que você?

Isso me fez sorrir ainda mais amplamente.

— Irmão... — Alistei disse, mas se calou. Assim, lancei-lhe um olhar com um aviso para se calar.

— Você não tem nada a retrucar quando sabe que estou certo. — Sussurrei calmamente. — Alistei, acredite, às vezes é melhor aceitar a verdade sem contestação. — Acrescentei, com um sorriso. — Sabe que estou certo em relação a esse fato. Afinal, você não quer mostrar aos cavaleiros que é um inútil. Algo que eu sei muito bem que você é ou você não quer ser um cavaleiro.

Ele me olhou em choque e reparei que um olho começando a piscar descontroladamente de tanto medo e pavor que ele estava e notei que sua máscara de indiferença caiu totalmente para ver a sua expressão de pavor como se visse que seu maior segredo foi descoberto.

Então ele não quer ser um cavaleiro.

Posso dizer que as coisas ficaram bastante interessantes.

Soltei Alister, deixando-o cambalear para trás, e me virei para os cavaleiros.

— Leve-o para longe daqui e tratam de fazer um treinamento Apto as limitações dele — Ordenei, apontando para Alister. — E se tentarem algo parecido novamente irei tratar de que cada cavaleiro fique meses sem receber um tostão do seu salário e ainda irei fazê-los serem alimentos para as feras, as consequências serão ainda piores se ousarem me testar novamente.

Os cavaleiros assentiram e começaram a arrastar Alister e a fera para longe, que protestava e esbravejava. Enquanto observava-os se afastar, senti uma sensação de alívio ao ver que a magia me obedece facilmente e com muita agilidade.

Me agachei, pegando o material que já havia terminado, surpreendido com cada artefato que existia, alguns dos quais nem chegaram a ser mencionados na história original. Isso me fez assobiar, pensando em como tal conhecimento poderia me tornar incrivelmente rico.

As pessoas que perceberam a comoção saíram correndo da mansão em nossa direção. Mesmo de costas, pude sentir os olhares confusos me seguindo de longe, e sabia que era Alister. No final, ele é uma pessoa que deveria tomar cuidado com suas ações; afinal, o orgulho descontrolado poderia ser seu fim, principalmente agora que suas manipulações falharam tão grandiosamente.

Gentilmente, a cada passo que eu dava, a magia criava uma pequena rosa que, em seguida, começava a se expandir e desaparecer no ar. A atmosfera ao meu redor se encheu com a beleza efêmera das flores mágicas, criadas por meu simples caminhar. Era um espetáculo sutil, mas repleto de encanto, deixando um rastro de magia no ar enquanto eu seguia em direção ao meu próprio destino, livre das amarras que antes me prendiam.

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