Capítulo Quarenta e Nove

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Max Fraield:

No dia seguinte, acordei com os braços de Ian ao redor da minha cintura. A sensação de seu abraço era reconfortante, e eu sorri, apreciando o momento. Enquanto estava ali, senti algo leve e suave tocar minha mão. Olhei para baixo e vi um pequeno papel flutuante, que caiu suavemente sobre minha mão.

Curioso, peguei o papel e o abri. Dentro, havia uma mensagem escrita em uma caligrafia elegante:

Querido Max,

Obrigado por estar ao meu lado. Nossa jornada juntos está apenas começando, e mal posso esperar para enfrentar todos os desafios ao seu lado.

Com amor,

Ian.

Senti meu coração aquecer ainda mais ao ler a mensagem. Virei-me cuidadosamente para não acordar Ian e beijei suavemente sua testa. Ele se mexeu levemente, mas permaneceu adormecido.

Levantei-me devagar, tentando não fazer barulho, e fui até a janela. A luz da manhã começava a iluminar o ducado, trazendo um novo dia cheio de possibilidades.

Sabia que nossa missão estava apenas começando, mas com Ian ao meu lado, sentia que poderia enfrentar qualquer coisa. Voltei para a cama e, enquanto observava Ian dormir, senti uma onda de determinação. Precisávamos nos preparar para os desafios que viriam, mas por agora, aproveitei a paz do momento, segurando a pequena mensagem que ele havia escrito para mim.

— Vamos enfrentar tudo juntos — sussurrei, guardando o papel com carinho.

Logo, o dia começaria e as responsabilidades nos chamariam, mas naquele instante, tudo estava perfeito.

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Foi o que pensei até que encontrei uma velha senhora do lado de fora da mansão. Ao lado dela, estava a bruxa Amélia, a mesma que me havia dado visões de como mudar meu destino neste mundo.

Amélia, com seus olhos penetrantes e aparência misteriosa, sorriu ao me ver.

— Bom dia, jovem Max — disse ela, com uma voz calma. — Vim até aqui para cobrar o favor que você me deve.

A velha senhora ao lado dela acenou para mim com um sorriso gentil, mas percebi uma crítica velada em seu olhar.

— Quem é ela, Amélia? — perguntei, curioso sobre a presença da idosa.

— Esta é Elara, a bruxa líder do meu clã. Ela quis me acompanhar para avaliar se esta é uma boa solução — respondeu Amélia, lançando um olhar significativo para Elara.

Elara deu um passo à frente, seus olhos brilhando com um conhecimento profundo.

— Então você é quem irá cuidar do filho de Amélia e da linhagem do nosso clã — disse Elara. Olhei para Amélia, que estalou os dedos e uma cesta com uma bebezinha apareceu em suas mãos.

— Esse é o favor que você quer que eu pague? — perguntei. — Quer que eu cuide da sua filha?

— Eu sei que é pedir demais — disse Amélia. — Mas em alguns dias, quando você começar sua jornada para mudar o mundo, meu clã será exterminado. Todas as bruxas e bruxos serão mortos.

— Até as crianças — acrescentou Elara, levantando a manga e revelando que seu braço estava seco, como se tivesse sido queimado até virar carvão prestes a se despedaçar. — Com a magia da natureza se desgastando a cada segundo, e como nosso clã usa essa natureza, sentimos tudo ficando podre.

Amélia colocou a bebê sobre uma mesinha de centro e levantou a manga comprida dos braços, mostrando um estado ainda pior.

— Minha magia vem da natureza, mas também posso ver o futuro, o que desgasta meu corpo cada vez mais. Minha mãe já foi afetada por isso e faleceu essa manhã — explicou Amélia tristemente.

Cuidado com O Vilão! (MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora