Max Fraield:
— Vamos por aqui — falei, indo na direção oposta da câmera. Nos deparamos com um corredor que não era tão longo quanto eu pensava. A escuridão fazia a distância parecer impossível, mas só precisávamos caminhar por cerca de meia hora até sair das sombras e alcançar um espaço maior e iluminado.
— Aqui estamos — disse Simon, com uma voz que parecia divertida. — Vocês conseguem adivinhar qual é a estrada correta?
A caverna em que estávamos era imensa, com o teto camuflado em meio às sombras. As paredes reluziam com um brilho fosforescente, e quatro vias se misturavam no meio: uma atrás de nós, que era nossa entrada, e mais três à frente. Uma era limpa, ampla e plana, conduzindo diretamente para frente. A outra, à esquerda, brilhava com folhas e flores indescritíveis. Steven tentou seguir por aquele caminho, mas Arthur o segurou pela parte de trás da roupa.
Pensei ter visto a escuridão e alguns vultos no fim de outra passagem.
— Nem tente fazer isso — sussurrou Arthur, e notei que ele transformou uma orelha na de um morcego. — Há mais monstros nesse caminho, mas os outros três não consigo ouvir com clareza.
— Que lugar é esse? — perguntou Ian.
— Estas são as entradas da confusão — expliquei. — Elas fazem você ver o que deseja, para se perder e acabar perto dos monstros. Em lendas antigas, dizem que uma conduzia para a saída principal sem nenhum perigo; outra conduzia à terra dos monstros, onde encontramos vários objetos valiosos, mas também muitos perigos; e, por último, a terceira conduzia ao salão dos ancestrais, onde alguém poderoso vive. Esse é o local onde a pedra está.
— Como você sabe essas coisas? — perguntou Steven, sorrindo em minha direção.
— Tenho meus segredos, mas estudei muito sobre o assunto — falei, e ele me olhou com uma sobrancelha levantada. — Ali, o que o Arthur ouviu — apontei para o túnel cheio de folhas encantadoras —, leva ao reino dos monstros. Eles usam a manipulação da fauna e flora para atrair suas vítimas desavisadas, matá-las ou enlouquecê-las até o fim dos seus dias. E esse — apontei adiante — é o caminho para o salão ancestral. É para lá que vamos.
— Isso foi fascinante — disse Arthur, me olhando como um fã olhando para seu ídolo. Ian fez o mesmo, passando os braços pelos meus ombros. — Max, você é o melhor.
— Ele é incrível — disse Ian, beijando minha testa.
— Não é pra tanto — falei, tentando disfarçar o rubor que subia pelo meu rosto.
— Você viu tudo isso em livros e ainda soube como analisar — disse Steven. — É algo para ser elogiado.
— Agora, que tal seguirmos em frente, pessoal? — cantarolou Marlon, nos incentivando a continuar.
Seguimos em frente, com a sensação de aventura e mistério pulsando em nossos corações.
*************
O corredor fazia uma curva ao longe e parecia ter sido escavado com a intenção de ser um lugar bonito, mas falhara nisso. Conforme avançávamos em total silêncio, a luz diminuía ainda mais.
O chão começou a ficar mais rochoso. Jéssica retirou um frasco da bolsa e, ao balançá-lo, uma luz verde surgiu, que ela ergueu acima da cabeça. Marlon estalou os dedos e uma esfera de luz surgiu, então fiz o mesmo, ganhando minha própria esfera de luz.
Quando as luzes se ampliaram em uma união perfeita, senti Ian ficando tenso ao meu lado.
— O que foi? — murmurei para ele.
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Cuidado com O Vilão! (MPreg)
FantasiaUm protagonista, que é um garoto apaixonado que jogará completamente fora a história principal! Por quê? Porque é um desperdício para um garoto cheio de potencial estar cercada por pessoas realmente babacas. Max Fraield fugiu de casa assim que seu p...