Capítulo Cinquenta e Cinco

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Max Fraield:

Olhei para Draggis, que dormia no quintal dos fundos da mansão, enquanto alguns empregados tentavam dar um banho nele. Notei que Daphne queria se juntar a eles.

— Nada disso, pequena — falei, e a bebê em meus braços ficou emburrada. — Você ainda é muito pequena para algo assim.

Ri da situação, pois é difícil lidar com Draggis. Ele só confia em mim para ficar por perto; com os outros, é um covarde. Nesse meio tempo, Marlon ficou cuidando dos faros que encontramos na floresta e conversa com eles diariamente.

Nunca entendi por que as pessoas falavam com animais. No entanto, Marlon, que agora era uma dessas pessoas, rapidamente se afastava quando eu dizia isso sem rodeios, apenas seguindo seu caminho.

Ouvi a risada de Lunerio no quarto ao lado. Ele disse que ficaria perto de mim para conseguir ainda mais livros de piadas. Todos os servos ficaram surpresos quando voltei para casa com um ser imortal e um dragão ao meu lado, mas ficaram ainda mais admirados ao ver o colar com a Pedra da Lua em meu pescoço.

A cena era surreal: Draggis sendo banhado à força, Marlon conversando com os faros como velhos amigos, e Lunerio, sempre risonho, entretido com suas piadas. Tudo isso me fazia sentir que, apesar das bizarrices, estava exatamente onde deveria estar.

Jéssica estava estudando várias fórmulas de alquimia enquanto eu ajudava nas pesquisas. Com a ajuda de Simon e alguns homens-fera, trazíamos várias coisas para ela poder estudar.

Até o momento, a magia que existia na terra estava se esvaindo, e o local se tornava cada vez mais cinza conforme aprofundávamos nossas pesquisas. Também pedi para pesquisarem sobre a magia antiga e dos deuses, pois, se o que Lunerio me disse for verdade e seus irmãos liberarem algo poderoso, isso poderia causar um caos se não soubéssemos as coisas certas a fazer.

Era um trabalho árduo e meticuloso. Jéssica, com sua dedicação incansável, mergulhava nas antigas fórmulas, tentando encontrar uma solução. A cada dia que passava, a sensação de urgência aumentava. O mundo ao nosso redor parecia perder a cor e a vida, e sabíamos que o tempo estava contra nós.

Simon e os homens-fera faziam o possível para fornecer tudo o que precisávamos, mesmo que isso significasse arriscar suas próprias vidas. A atmosfera era tensa, mas também carregada de determinação. Estávamos cientes de que uma descoberta errada poderia desencadear uma catástrofe, mas a esperança de encontrar uma solução nos mantinha firmes.

Lunerio havia mencionado que seus irmãos poderiam liberar uma força antiga e poderosa. Se isso acontecesse, teríamos que estar preparados para lidar com as consequências. Eu sabia que, se alguém lançasse um feitiço para entrar em contato com essa força sem o conhecimento adequado, o caos seria inevitável.

Cada momento era crucial, e cada avanço, por menor que fosse, era uma pequena vitória na luta para salvar nossa terra da escuridão iminente.

— Senhor Max, tem visitas para você. — Olhei para trás, onde Ian estava. Os demais presentes também se viraram para olhar, provavelmente curiosos sobre quem poderia me visitar sem aviso prévio.

— Já vou — falei, levantando-me. Pedi aos meus assistentes, que estavam me ajudando com minha pesquisa, que continuassem. Entre eles estavam Jacob e Alioste, junto com Siney e Dylan, que conversavam animadamente. — Podem continuar com ela.

— Claro — respondeu Ian, pegando Daphne em seus braços. Ela sorriu para ele, divertida.

Cheguei na sala e vi Alice sentada em um sofá, parecendo ainda mais fraca, e ao lado dela estava Emma Wasserman, conhecida por todo o império como a santa que salvou o mundo uma vez.

Cuidado com O Vilão! (MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora