Capítulo Dois

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Max Fraield:

Black corria pela floresta a toda velocidade. Sentia os ventos nos meus cabelos e permiti-me relaxar um pouco, mas não muito, pois em breve o duque faria os Guardas virem atrás de mim.

Olhava para o local que pesquisei, que seria o mais distante possível da mansão Fraield. No entanto, também tinha medo, já que este era o território dos homens-Lobos, que não permitiam que nenhum humano passasse sem pagar um preço ao líder.

Black continuou correndo, mas não adiantaria quando os uivos da floresta começaram a se aproximar de nós dois. Peguei as rédeas e segurei, pois tinha um plano para isso.

— Quero conversar com o líder — pedi para as sombras, que sabia serem lobos.

Fiz Black parar, e sabia que ele não gostou disso, pois relinchou em descrença.

— Calma, garoto — falei, esfregando o lado direito do pescoço dele. — É preciso fazer isso.

Esta floresta tem uma entrada secreta que apenas os lobos sabem usar e podem mostrar o caminho, mas ninguém sabe como conseguir seu favor para mostrar esse caminho.

Isso foi até que fiz uma boa pesquisa nos últimos dias sobre algo que faria os lobos darem passagem pelo lado seguro do caminho. Nesse mundo, homens-feras de qualquer espécie têm uma rivalidade com os humanos, assim como bruxas e raramente magos ou qualquer outra espécie. Isso é algo que não posso colocar a culpa neles; nesse mundo, as pessoas são incrivelmente maliciosas e sempre discriminam o que é diferente.

No minuto seguinte, os lobos saíram das sombras, no meio deles um de pelos negros como o céu noturno rosnou para mim.

Black deu um passo para trás, e segurei as rédeas dele, sabendo que deveria convencer os lobos a se mostrarem na forma humana para que eu pudesse passar.

Do jeito que o duque é, vai mandar os guardas atrás de mim, e o fiel supervisor dos guardas, que tem um incrível olfato para encontrar pessoas.

Que, para a minha infelicidade, é o marido da minha querida irmã.

Possivelmente, estarão aqui em segundos, se usarem um feitiço perfeito ou o item certo para rastreamento.

Como sei de tudo isso? Estudei no meu tempo na mansão e nas memórias de Max, que estudava cada tipo de feitiço ou artefato que via alguém da nobreza usar.

— Quero que me deixem passar — pedi.

O de pelos negros rosnou, e seus olhos mostravam que ele não confiava em mim. Os outros lobos deram passos à frente, rosnando, prontos para atacar.

Não sei o que teria acontecido se não tivesse girado minhas mãos e criado uma barreira entre eles no momento em que uma flecha de prata iria atingir um deles.

— Me encontraram! — Falei desesperado, mexi na bolsa e mostrei o rubi negro para eles. — Me deixem passar, e terão o que é da sua alcatéia por direito.

Os lobos batiam na minha barreira, mas ignorei e fiz Black ficar à frente deles. O líder farejou o ar antes de me olhar de cima a baixo e se virar para os companheiros, suspirei internamente aliviado. Deixando-me passar, eles saíram em disparada. Peguei as rédeas de Black e fui atrás.

Seguimos velozmente pela floresta, com os lobos liderando o caminho. O vento cortava o ar enquanto galopávamos, e a escuridão da noite era nossa aliada.

Ao longe, podia-se ouvir os uivos dos lobos, como uma sinfonia selvagem que ecoava pelas árvores. Eu me mantinha atento, ciente de que a qualquer momento os guardas do duque poderiam surgir em nosso encalço.

Cuidado com O Vilão! (MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora