Cuidado com O Vilão! (MPreg)

Capítulo Quarenta e Sete

Max Fraield:

No caminho de volta, lembrei-me de um objeto que Gabriel possuía na história original, além da espada.

O Escudo Indestrutível.

Não se tratava de um item físico. A melhor comparação seria com um escudo de mana criado por um mago em parceria com um dos antigos deuses deste mundo. Era algo que realmente não tinha uma forma física, mas também era muito diferente desse tipo de magia; era mais próximo de um superpoder do que de magia.

Curiosamente, o humano que criou tal poder acabou sendo excomungado, mesmo sendo alguém que servia a um deus.

Esta novel está repleta de coisas estranhas, então por que ainda me surpreendo? Como em qualquer história de fantasia, este mundo também tinha suas peculiaridades. Nos tempos antigos, nem magias nem armamentos eram utilizados.

Em vez disso, era uma sociedade onde habilidades ou talentos inatos, adquiridos através de ocorrências sobrenaturais, desempenhavam um papel fundamental. E os mais fortes nessa sociedade possuíam superpoderes, poderes divinos e forças naturais. Foi uma época muito primitiva.

Alguns desses poderes duraram até hoje, permanecendo escondidos em certos locais ou itens. Era possível adquirir esses poderes para si mesmo, desde que se preenchessem as condições certas.

Os chamados "poderes antigos".

Os heróis encontravam esses poderes, mas eles eram apenas para suporte, não eram fortes o suficiente para serem a base de um herói. E eram esses poderes que o jovem estava procurando.

Todos, exceto os poderes divinos.

Queriam manter distância de deuses, anjos e demônios. O foco estava apenas em "forças" que as pessoas naturalmente desenvolviam ou que vinham da natureza. Max até fez pactos com deuses; lembro-me de que um desses deuses se apaixonou pela personalidade distorcida do meu original.

O personagem desse tal deus apareceu em poucos capítulos, tentando seduzir Max, mas no fim, nunca mais foi visto.

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Ao contrário de outras obras, a antiga civilização da história não era tão poderosa. Se alguém nascesse com um poder avassalador, isso seria o principal assunto da alta sociedade.

À medida que a civilização se desenvolveu, as habilidades de magia e invocação evoluíram, eclipsando os poderes naturais e deixando-os para trás. O mesmo aconteceu com os superpoderes: os mais sutis seriam aniquilados por um único golpe de "aura", algo amplamente usado nos dias atuais.

Meu objetivo é coletar esses objetos para me tornar ainda mais forte. Se o que o irmão de Mesala sabia fosse verdade, algo realmente sombrio estava prestes a surgir neste mundo com muita força.

Para mim, esse objetivo era gratificante, especialmente porque eu conhecia um poder antigo que poderia fortalecer essas forças sutis.

Para dar o primeiro passo no meu plano, comecei a buscar o poder antigo que estava escondido em um local protegido pelo Rei dos Espíritos.

— Lancelot, seu pai pode me emprestar por alguns instantes o Escudo Indestrutível? — Pedi, e ele me olhou surpreso. — Para a missão em que vou buscar a Pedra da Lua.

— Meu pai adoraria dar o escudo para você. — Lancelot falou, e suas palavras me intrigaram. — Meus pais só falam da sua inteligência e magia ultimamente.

Levantei uma sobrancelha.

— Mas a árvore que faz o material do escudo é complicada. — Lancelot continuou. — Ela requer uma enorme quantidade de magia, e ninguém sabe como persuadi-la.