Capítulo Quinze

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Max Fraield:

Uma semana depois...

Devo dizer que Jéssica e Marcelo têm talento para investigação. Retornaram rapidamente com os resultados do que paguei para descobrirem.

Como imaginei, a Guilda não tinha nada a esconder que me justificasse tal convite. Não estavam envolvidos em nada obscuro além de me fazerem analisar vários documentos sobre artefatos e não pagarem mais que o necessário.

Essa última parte foi o que mais irritou Jéssica. Juro, se estivéssemos em uma animação, ela estaria consumida por chamas. Mas ela se acalmou quando falei que cobraria meus serviços à Guilda. Tenho certeza que era isso que Howard esperava que eu fizesse.

Assim que enviei uma carta para um encontro usando o pseudônimo dele na Guilda, a resposta veio em segundos através de magia, o que me fez assobiar. Abri o envelope, lendo o conteúdo com atenção. Ele dizia que assim que eu voltasse de uma missão, ele viria ao meu encontro. Além disso, ele também mencionou saber como descobri o nome que usava.

Acho que realmente nunca se deve duvidar de alguém que sempre esteve presente para ouvir sobre essa história original, de amigos e até seguia o autor do romance na internet e sabia tudo sobre cada personagem. Devo dizer que acabou sendo engraçado que ele ficou desconfiado de que esse nome iria dar certo. "Príncipe da Noite Rubra", essa é uma péssima escolha, mas de resto as coisas estavam muito boas para mim em comandar o ducado, que acho que até consegui relaxar muito mais.

Estava no quintal da mansão, lendo um livro e bebendo um pouco de chá. Aproveitava a paz e o silêncio, algo que não fazia há muito tempo. A última vez que relaxei tanto foi... nunca. Antes de me tornar Max, nunca tive tempo para nada.

Mas a paz durou pouco. Jéssica veio às pressas e me avisou quem tinha vindo me visitar. Ela não foi rude, mas deu para perceber que também não estava nada contente com a presença dele.

Bufei em descrença. Que ousadia a dele de achar que poderia vir aqui como se fosse um grande convidado Depois de tudo que fez, depois de ter sido destituído de tudo, ainda tinha a cara de pau de aparecer na minha porta.

— O que ele deseja? — Perguntei sem desviar os olhos do livro que lia, virando a página com um movimento suave.

— O Príncipe deseja uma reunião com você. Não mencionou o motivo. — Jéssica respondeu, e eu suspirei. — Não acha melhor conversar logo com ele?

— Odeio-o, e ele sabe disso — Falei com a voz tensa, ainda sem olhar para ela. — Deve ser um plano do meu pai, para me fazer mudar de ideia sobre o rompimento do casamento

— Senhor... — Jéssica começou, mas se corrigiu. — Max, você viveu anos correndo atrás do Príncipe, buscando o seu amor Por que terminou o noivado?

— Os tempos mudaram. Meu amor por ele se foi. — Levantei-me e fechei o livro com força. O Max original havia ido embora junto com esse amor. — É melhor eu ver logo o que ele quer.

Segui pelo caminho de pedras até a entrada da mansão. Era o único lugar que me sentia calmo desde a semana passada, quando rompi meu noivado com o príncipe babaca.

Diego, infelizmente, saiu do seu estado catatônico e está me estressando mais do que o normal, tentando me fazer mudar de ideia sobre o noivado com Gabriel. Mas ele sempre perde essa discussão, e sua sala acaba destruída por causa de seus descontroles. Tive que colocar algumas amarras nele para evitar que fizesse algo pior.

O babaca ainda pode ser útil para mim, mas desde que Alice e o marido saíram do território, tudo estava calmo. Ou melhor, nada além do possível, afinal, Alister se tornou mais estranha do que o normal.

Cuidado com O Vilão! (MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora