Capítulo Trinta e Quatro

718 130 95
                                    

Max Fraield:

— Celular... o que? — Jéssica e Dylan perguntaram, claramente perplexos com a revelação.

— 100 mil — Falei, erguendo a plaquinha de lance enquanto retornava à minha cadeira.

— O que, por que você... —  Danny começou a dizer, claramente surpreso com minha decisão.

— Senhor... — Jéssica e Dylan começaram, entre risos que ecoavam ao nosso redor.

Como isso acabou em Summer... Marlon disse uma vez que nenhuma tecnologia do outro mundo poderia passar para esse lugar tão facilmente? A questão ecoava em minha mente enquanto eu tentava processar a presença daquele artefato tão fora do lugar em meio ao leilão de artefatos mágicos.

Exatamente. Mesmo que eles soubessem o desenho técnico, ninguém nesse império teria a tecnologia para criar um celular. Era algo completamente além de nossa compreensão e capacidade tecnológica. A presença daquele artefato era verdadeiramente intrigante e levantava questões sobre sua origem e como acabou nesse lugar ou para ser mais exato nesse mundo.

— Alguém mais? — O apresentador perguntou. — 5...4...3...2...1... — as palavras ecoaram pelo salão enquanto a tensão aumentava. — Lágrimas de sangue do Lorde Henr, vendido para o senhor vestido de cinza!

Felizmente, consegui comprá-lo por um preço baixo. Estava disposto a pagar qualquer preço por aquele artefato. No entanto, apesar da minha conquista, não pude deixar de sentir saudades da tecnologia e das minhas músicas.

— Isso é tudo para o leilão de hoje! — O apresentador anunciou. — compradores, por favor, venham para receber suas compras!

Levantamos e nos dirigimos ao palco. Eu estava quase pulando de alegria. Viver em um mundo com magia e nobreza era empolgante, mas ser um duque acabava sendo cansativo, sem poder me divertir muito com as coisas simples da vida. A experiência do leilão, no entanto, trouxe um pouco de excitação à minha rotina habitual.

— Aqui está, senhor — O apresentador disse, entregando-me o celular e os fones de ouvido.

Comecei a analisar o celular minuciosamente, verificando se estava tudo em ordem.

— Isso tem que estar funcionando —  murmurei para mim mesmo enquanto examinava o dispositivo. Ao abrir a parte de trás do celular, deparei-me com duas iniciais gravadas. — Tem as iniciais A.H. escritas nele — Exclamei, surpreso.

— Algumas pessoas costumavam colocar seus nomes na parte de trás do celular — explicou Marlon, que estava logo atrás de mim.

— Poderia estragar — falei, expressando minha preocupação enquanto continuava a examinar o celular.

O pessoal ao redor pareceu confuso com nossa conversa.

— Senhor?! — Jéssica e Dylan gritaram, buscando esclarecimentos.

— Se acalmem, eu não quebrei, só estava verificando a bateria — Falei, revirando os olhos com a reação exagerada.

— Bateria... O quê? — Dylan perguntou, ainda sem entender.

Foi então que notei algo estranho: no lugar da bateria, havia uma pedra plana de cor azul. A bateria era feita de uma pedra mágica que se iluminou quando toquei-a com a ponta dos dedos, usando um pouco da minha própria magia para ativá-la.

— Isso é uma pedra mágica azul? Sabe como são incrivelmente raras — Danny disse, visivelmente chocado com a descoberta.

— O quê? — perguntei, confuso com a reação dele.

Cuidado com O Vilão! (MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora