Capítulo Sessenta e Um

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Max Fraield:

Se eu dissesse que no restante do meu tempo de descanso fiquei ouvindo os empregados e Emma fazendo um alvoroço por todo o palácio, estaria subestimando a situação. Até Jamile, que estava aqui e se recuperou antes de mim, queria ajudar. Ela passava na enfermaria frequentemente para me mostrar as decorações que Emma estava escolhendo.

Ian ficava ao meu lado o tempo todo, com Daphne, e eu imaginava como seria o futuro dela. Vou fazer com que tudo seja perfeito para ela.

Ian ficava ao meu lado o tempo todo, com Daphne, e eu imaginava como seria o futuro dela. Vou fazer com que tudo seja perfeito para ela.

Os dias se passaram, e a agitação no palácio só aumentava. Cada vez que Jamile entrava na enfermaria, ela trazia uma nova peça de decoração, um tecido luxuoso ou uma sugestão de como a cerimônia de coroação deveria ser conduzida. Seu entusiasmo era contagiante, mesmo que eu estivesse preso à cama.

— Max, veja só! — Jamile exclamou uma tarde, segurando um tecido dourado e brilhante. — Emma achou que isso ficaria perfeito como cortinas para o salão principal. O que você acha?

Eu sorri, apreciando o esforço e a alegria dela.

— Está lindo, Jamile. Emma tem bom gosto.

Ela sorriu, satisfeita, e correu para mostrar a Emma. Fiquei observando-a sair, sentindo uma mistura de gratidão e exaustão.

Ian olhou para mim com um sorriso suave, e Daphne, adormecida em seus braços, respirava suavemente. Ele se inclinou para me beijar na testa.

— Tudo isso é por você, Max. Todos estão ansiosos para ver você se tornar o imperador que sabemos que será.

Apertei a mão dele, sentindo uma onda de emoções me invadir. Eu tinha responsabilidades enormes diante de mim, mas também um apoio incrível. A dor da perda de Amelia ainda estava presente, mas o amor e a dedicação de meus amigos e aliados me davam força.

— Vou fazer o meu melhor, Ian. Por Daphne, por todos nós.

Ele assentiu, seus olhos brilhando com determinação.

Eros veio me visitar e me agradeceu por tê-lo trazido de volta para casa. Contei a ele como eram os outros indivíduos que vieram comigo.

— Seis deles são filhos de druidas que, por consequência, ficaram presos no Reino Demoníaco — Eros falou. — Cuide de todos. Mas os outros são demônios, e o rapaz que estava ao meu lado era Zerudorisu, filho do Rei Demônio, que me via como seu mestre e tentará me procurar neste mundo.

Ele pegou minha mão e apertou, tentando mandar boas energias. Senti-me tonto por segundos e ouvi vozes na mente e vultos pelo canto do olho.

— Jovem Max, acalme-se — Eros falou, apertando ainda mais forte minha mão. — Pelo visto, o senhor ainda tem um longo caminho até se recuperar do feitiço de transferência de âncora.

— Acha que posso voltar ao normal? — perguntei. — Não seria bom se o futuro imperador tivesse lapsos que o fizessem se conectar com as almas do Reino Demoníaco.

Ele riu com a minha fala e deu um tapinha nas minhas costas antes de sair.

Deitei-me na cama, pensando em como agir como imperador desse lugar. Balancei a cabeça quando Lancelot surgiu no meio do quarto.

— Vejo que finalmente está bem — falou, sentando-se na cadeira e soltando um suspiro. Senti cheiro de álcool vindo dele e, juro, se não estivesse cansado, iria querer saber por que ficou bebendo para esquecer seus problemas.

Aposto que é por causa de Alice. Bem, nunca vi Lancelot e ela dando certo em primeiro lugar.

— Dá para acreditar que sua irmã fugiu? Ela deve ter se escondido em algum lugar — Lancelot resmungou, e fechei a cara. — Ela, pelo menos, poderia ter me dado uma chance para ver se me amava.

Cuidado com O Vilão! (MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora