Capítulo Quarenta e Três

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Max Fraield:

Passei um bom tempo conversando com Ian durante o restante da minha manhã. Ele foi extremamente fofo, me fazendo sentir especial a cada palavra. Sinto que ele é praticamente o namorado que eu sempre quis ter em outra vida, preenchendo aquele vazio com sua presença carinhosa e atenciosa.

Conforme a manhã avançava, nossas conversas se tornavam cada vez mais íntimas. Rimos juntos de piadas bobas, compartilhamos sonhos e lembranças, e aos poucos, a conexão entre nós se fortaleceu. Ian, com seus olhos brilhantes e sorriso encantador, me cativava mais a cada momento.

Então, em um instante que parecia estar suspenso no tempo, ele se aproximou um pouco mais. Nossos olhares se encontraram, e pude sentir a intensidade daquele momento crescendo. Ian ergueu uma mão suavemente, acariciando meu rosto com ternura. Meu coração acelerou, e a expectativa tomou conta de mim.

Sem dizer uma palavra, ele se inclinou lentamente, e eu fechei os olhos, sentindo a proximidade de seus lábios. Quando finalmente nos beijamos, foi como se o mundo ao nosso redor desaparecesse. O beijo era suave e cheio de emoção, uma promessa silenciosa de algo mais profundo entre nós. Aquele momento, tão simples e ao mesmo tempo tão significativo, selou a conexão que havíamos construído ao longo daquela manhã inesquecível.

Mais tarde, recebi uma carta do mordomo-chefe. Abri-a no meu quarto e notei que era escrita por Simon, pedindo para encontrá-lo.

Quem diria que aquele idiota sabia escrever de maneira tão delicada?

Ouvi uma batida na porta e, rapidamente, coloquei a carta no bolso interno da minha calça. Quando dei permissão para entrar, o mordomo colocou a cabeça para dentro. Eu sabia que havia três vice-mordomos competindo para se tornar o próximo mordomo-chefe desta casa. Talvez fosse por isso que Hans, o mordomo à minha frente, parecia tão empenhado em me agradar.

— Pode pedir para prepararem uma carruagem para mim — solicitei, e ele assentiu, saindo rapidamente.

Depois de organizar várias coisas da casa, já que assumi o poder do ducado Fraield, percebi que precisava descansar.

Ninguém disse que ser um nobre era fácil, especialmente na administração ou política. É preciso seguir um cronograma rigoroso, deixando todo o resto de lado ao receber uma ordem de seu superior. No meu caso, sou eu quem dá essas ordens.

— Preciso descansar. Essa carta daquele idiota veio em boa hora — murmurei para mim mesmo.

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O reino de Summer era bastante avançado em construção e nas artes, especialmente em escultura. Devido à riqueza em mármore na região, o ducado de Fraield se consagrou como o quinto melhor território de mineração dessa matéria-prima, gerando uma enorme riqueza.

Além disso, uma cordilheira ocupava a maior parte do ducado. Mesmo localizada no noroeste, as montanhas eram extremamente férteis, permitindo que os residentes cultivassem uvas para a produção de vinho. Embora os vinhedos não fossem muitos, eram considerados os melhores para a produção de vinhos em todo o continente.

Eu estava sentado no escritório, imerso em pensamentos sobre a administração deste lugar, a ponto de deixar meu almoço de lado.

Pensando bem, por que existem tantos especialistas nesta terra? Talvez fosse por causa dos aventureiros que buscavam apenas riquezas.

Um simples chef, de aparência comum, poderia ser um especialista em venenos. Uma pessoa trabalhando em uma oficina poderia ser um torturador habilidoso com fios. Esse era o tipo de mundo em que se passava a novela, e uma das grandes especialidades que o Max original aprendeu ao longo dos anos.

Cuidado com O Vilão! (MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora