Capítulo Cinquenta e Seis

367 69 32
                                    

Max Fraield:

O resto do dia, Ian ficou superprotetor, ainda mais comigo realizando algumas tarefas do meu trabalho. Devo dizer que estou ficando enlouquecido com isso, especialmente porque nada do que estou tentando parece estar funcionando.

Suspirei pela terceira vez, observando que a Pedra da Lua não está curando o solo.

— Talvez esteja faltando alguma coisa a mais — disse Jacob, tentando me animar.

— Isso mesmo, a magia está se desfazendo rapidamente e o solo continua estéril — acrescentou Dylan, enquanto eu colocava a mão no rosto. — Mas o verdadeiro mistério é por que isso está afetando as pessoas.

— O que o senhor Lunerio disse pode fazer sentido. Usar a magia da natureza ou das pessoas pode estar relacionado a alguém que até os deuses do tempo temem — comentou Sidney.

Eles têm razão. Isso está me enlouquecendo. A magia parece estar desistindo de existir dentro dos seres vivos, assim como está fazendo com o solo. É como se não valesse a pena fazer algo além do necessário para sobreviver neste mundo, como se, ao entrar em contato, fosse sugada completamente.

A frustração e a sensação de impotência eram palpáveis. Cada tentativa parecia infrutífera, e o desespero começava a se instalar. Ian, sempre ao meu lado, tentava me proteger, mas eu sabia que precisava encontrar uma solução rapidamente.

— Temos que continuar tentando — disse, mais para mim mesmo do que para os outros. — Talvez haja uma combinação de elementos ou uma sequência específica que estamos ignorando.

Jacob, Dylan e Sidney assentiram, mostrando seu apoio e determinação. Apesar dos desafios, sabíamos que desistir não era uma opção. A cada tentativa, mesmo que falhasse, nos aproximávamos mais da resposta que procurávamos.

— Vamos reavaliar tudo o que sabemos — sugeri. — Revisar os antigos textos e feitiços, buscar qualquer indício que possamos ter deixado passar. A resposta está lá fora, temos que encontrá-la.

A equipe se dispersou, cada um voltando ao trabalho com renovado vigor. Eu sabia que, juntos, poderíamos superar essa crise. A magia, embora enfraquecida, ainda existia, e era nossa missão restaurá-la ao seu pleno poder.

Enquanto Ian se ocupava em me ajudar e proteger, eu mergulhava mais fundo nos estudos e experimentos. Cada pequena descoberta era uma vitória, e cada fracasso, uma lição. Determinado a salvar nossa terra e nosso povo, eu não descansaria até encontrar a solução.

— Daniel, o ferreiro, também não encontrou nenhuma arma que pudesse usar tanta magia — falei, e os três concordaram, embora mostrassem um pouco de medo em suas feições. Daniel é um homem grande e robusto, com um queixo quadrado e barbudo, maçãs do rosto largas, olhos arregalados e sobrancelhas espessas. Quando o conheci, fiquei surpreso com sua personalidade dócil e sua devoção à amada Emma. Era difícil imaginar alguém com essa aparência sendo tão educado e sociável.

Estava surtando quando alguém gritou meu nome. Reconheci a voz de Marlon e saí correndo da sala em sua direção.

No meio do corredor, encontrei Marlon com uma expressão de choque. Por trás dele, um rapaz de capuz preto, ocultando sua aparência, segurava uma adaga apontada para a garganta de Marlon. Os gatos selvagens de Marlon estavam ao redor, olhando furiosos para a figura encapuzada. Ele apertou ainda mais a ponta da adaga contra a jugular de Marlon, e uma fina linha de sangue começou a escorrer.

— Solte-o agora! — gritei, sentindo meu coração acelerar.

— Fique onde está ou ele morre — disse o encapuzado com uma voz fria e ameaçadora. — Não me subestime. Sei quem você é e o que pode fazer.

Cuidado com O Vilão! (MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora