Fred 2.0

12 - Aretha

Mais uma versão da Aretha feita por IA, dessa vez em desenho.

Os próximos capítulos virão recheados de informações sobre o passado do Thomas, mas se vc quiser saber mais 'E se fosse um romance...' está disponível na Amazon.

- Onde o Mau foi?

- Porque a pergunta?

- Não, não! - interrompo Thomas - nós é que fazemos as perguntas. - Onde o Mau foi?

- Frederico, você tá abusando da minha paciência!

- Não pai, você tá abusando. - Eu interrompo e jogo a almofada no chão. - Se a mamãe não tivesse exigido você não estaria aqui falando conosco, no momento você não pode cobrar nada! E não fala assim com o Fred! Nós quase morremos, queriam nos matar por causa de você!

- E quantas vezes isso poderia ter acontecido? - Frederico interrompe – nós andamos sozinhos, ou com amigos, quantas vezes estivemos em risco ou colocamos em perigo as pessoas à nossa volta?

- Eu sempre tive tudo isso sob controle.

Fred empurra a cadeira para o lado e o puxo de volta, se os dois saírem no braço não tenho a menor condição de impedir. Meu irmão que está irado, com razão, e me pergunto onde está o Thomas compreensivo e carinhoso, esse cara prepotente e sem noção não pode ser meu pai. 

A Ati teve de insistir para que conversasse com a gente, foi ela a pedir desculpas, estamos todos machucados, minha mãe quase morreu e esse filho do reaça diz que tem tudo sob controle! O que está acontecendo?

- Thomas, - chamo devagar, até ele melhorar não vou chamá-lo de pai nem fodendo!

- Não me chama assim.

- Minha mãe quase morreu, eu não posso me mexer sem sentir todas as partes do meu corpo reclamarem da batida, meu irmão tomou um tiro e minha irmã teve uma parte do cabelo arrancada por um desgraçado encapuzado. Isso não é só feio ou ruim da sua parte, é machismo também! É muito difícil admitir que atacaram sua família? Ou é porque foi a mamãe a nos salvar e não você?

- Aretha, não fale assim comigo. - ele puxa a cadeira e senta atrás da mesa do falecido pai. - eu não sou machista, não sou cretino, nunca mais repita isso!

- Então porque você não corrigiu minha avó imediatamente? - Fred quer saber tomando minha mão.

Eu amo o Frederico, mais que tudo no mundo, mas esses gestos de afeto nunca cansam de me surpreender, ele sempre sabe quando preciso dele. 

Ser indelicada, ou mesmo rude com o papai é coisa que me machuca, eu amo o Thomas, mas a maneira como ele nos tem tratado não está certa, ele precisa entender, meu mano me afaga dando-me o apoio que preciso para continuar.

- Não tinha necessidade de corrigir sua avó, ela é minha mãe e pessoas mais velhas não entendem certas coisas.

- Isso é a coisa mais machista que eu já te ouvi dizer, por favor começa a explicar o que tá acontecendo para eu ir para minha casa e chorar por dias seguidos.

Fred me abraça e descanso a cabeça no seu peito.

- Me explica ou eu chamo a Ati. - O Banguela ameaça.

- Achei que já estivesse claro que sua mãe não vai brigar comigo, por nada. - Ele diz impaciente, acho que o papai ainda não entendeu a gravidade do que está acontecendo.

- Pode ser – meu irmão começa, depois dá um beijo na minha cabeça e me mantém protegida no seu peito. - mas ela já está decepcionada para caramba, tem certeza que quer pagar pra ver? Eu posso fazer as perguntas certas.