Fred 2.0

23 de Fevereiro - Especial de Niver 🌶️🌶️🌶️

Esse capítulo foi originalmente publicado no Fred Volume I no ano de 2022, mas mexi no texto e não resisti em publicar novamente. A imagem fofa foi feita com IA.

Especial de aniversário do Thomas, para quem não sabe os pais do Fred têm sua própria história 'E se fosse um romance...' está disponível na Amazon. O livro é cheio de muito amor, conflitos e um bocado de momentos fofos. O capítulo de hoje é um bônus e acontece no início do relacionamento do casal, bem antes do nosso amado Frederico vir ao mundo.

Thomas sai do banho com a toalha enrolada na cintura, coloca no pulso o relógio que deixou sobre o balcão e certifica-se que tem tempo. Vai para o quarto evitando os pedaços de madeira pelo caminho, aos poucos o apartamento vai ficando como imaginou.

Veste o jeans rasgado que ela gosta e também a camiseta branca, agora está justa nos bíceps. Penteia os cabelos louros e aprova seu reflexo no espelho, esse último ainda sem lugar apoia-se numa das caixas da mudança.

Vinte minutos depois do horário que a esperava fica agitado, mas não é paranoia, ainda a querem morta e todo o cuidado é justo, todavia Thomas não imagina, mas ambos têm anjos da guarda por aí.

Mais do que irritado, e servido-se de uma dose do amado whisky, planta-se junto à porta, além de temer que seja sequestrada, ou assassinada, ainda tem de preocupar-se com o maldito colega de trabalho.

Embora confie na namorada Thomas fantasia, diariamente, diferentes maneiras de matar o cardiologista que insiste em dar cima da sua garota. O jovem de trinta e poucos anos que comporta-se como cavalheiro e veste-se como galã não é inofensivo como parece, garanto.

Quando o trinco da porta gira ele relaxa, o alarme soa, abandona o copo e sorri, mal a namorada adentra os lábios já estão colados nos seus. Cumprimentam-se com as mãos no rosto um do outro e ele agradece aos céus o seu retorno.

Encerra o beijo porque não quer ser indelicado e faz questão de saber como foi seu dia antes de... bem, arrancar as roupas que os separam, óbvio. É constantemente invadido pela sensação de que nasceu para ela e a mulher dos seus sonhos ter os olhos tão claros, que lembram sua bebida preferida, só pode ser um sinal de que está certo.

- Pra você! - diz entregando-lhe a sacola de pano.

- Pra mim? - e ele abre o sorriso dos namorados bobos.

- Presente de aniversário - informa deixando um beijo no seu queixo.

- Eu não sei o que dizer! - Fita a namorada que retira as peças de roupa.

- Nem sei se você vai gostar, alemão, relaxa.

- Huumm - ele meio que diz, bufa e grunhe admirando a médica que agora está somente de lingerie.

Pende a cabeça para a direita e não percebe que tem a boca aberta, contempla a renda preta cuja costura do sutiã promete arrebentar a qualquer momento, o colo magnífico sobe e desce com a respiração tranquila.

Thomas parece inconsciente, não acho que seja capaz de articular ou entender qualquer coisa, portanto se alguém por aí precisa de um rim este seria o momento certo para pedir. Ela sorri, desfaz o coque e o cabelo desce sobre os ombros dourados que ainda ostentam as marcas dos trajes de banho. Aproxima-se felina, consciente do poder que tem.

Quer jogá-la no ombro, levá-la para balcão do banheiro e lamber a parte triangular coberta pela renda, a boca saliva e suprime o som na garganta, mas fecha os olhos e respira fundo contendo a libido por medo de ser indelicado, sabe que a namorada é alvo de olhares constantes e detesta a ideia de ser mais um idiota perdido no seu decote ao invés de ouvi-la.