2 | azul frieza

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Com a vida sombria, me tornei o significado de frieza.

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Março, 2021.

Poucos dias após completar 15 anos, Yoongi se viu órfão de mãe devido a uma doença crônica.

A notícia trágica não abalou a família Min como deveria, o que era bastante irritante para ele. Seu avô estava com a saúde fragilizada e não poderia lidar com momentos sensíveis como aquele. Além disso, faltavam poucos meses para seu irmão completar 10 anos, e ele basicamente não compreendia o significado da morte, nunca tendo passado por um luto antes. Seu pai estava completamente absorvido pela empresa, que enfrentava problemas sérios, e ela tornou-se sua primeira casa. Todos estavam tão ocupados com seus próprios problemas que mal tinham tempo para se importar com a morte da mãe de Yoongi, que já estava doente há meses e mal conseguia sair da cama.

Além da multidão de funcionários na casa, Yoongi foi o único familiar presente no enterro.

A imunidade fraca de seu avô o deixava vulnerável a doenças, especialmente no inverno, quando um simples resfriado poderia deixá-lo indisposto por dias. Seu pai estava tão absorto no trabalho que só ficou sabendo da morte da esposa horas depois do enterro, desculpando-se dizendo que estava em uma videoconferência e não conseguia atender as inúmeras ligações. Jimin estava no acampamento anual do fundamental e mal conseguia sinal de celular, então Yoongi optou por não interferir no momento de seu irmão.

Para Yoongi, sua mãe já estava morta há muito tempo; o enterro foi apenas uma formalidade, nada mudava.

Quando Jimin voltou para casa com uma boneca de palha que tinha feito para presentear sua mãe, Yoongi finalmente experimentou a dor do luto. Foi naquele dia que a realidade se impôs sobre ele: nunca mais veria sua mãe, mesmo que fosse apenas deitada, respirando com a ajuda de aparelhos. Foi o único dia em que os funcionários ouviram aquela criança chorar, desde que ele tinha idade suficiente para não chorar por qualquer coisa. Mesmo sem entender completamente o que estava acontecendo, a pequena criança de 9 anos, com um sorriso no rosto e as bochechas vermelhas pelo sol das férias, chorou enquanto abraçava seu irmão. Mesmo sem compreender plenamente a situação, ele compartilhava da mesma dor.

Naquele dia, Yoongi fez uma promessa a si mesmo: faria tudo ao seu alcance para garantir que Jimin tivesse uma vida confortável, pois ele era sua única família.

— Vamos tomar um café e conversar com mais conforto.

Yoongi suspirou ao ouvir a pergunta e continuou girando a caneta entre os dedos, relutante em aceitar a situação. Sabia que estava quase na hora de ir embora e não queria atrapalhar seus planos, mas no momento, sua única opção era seguir os investidores como se fosse um cachorrinho, e ainda por cima, tinha que abaixar o rabo.

— Tem um café aqui em frente ao prédio, o pessoal gosta bastante de ir lá.

Yoongi suspirou mais uma vez, interrompendo o movimento da caneta para lançar um olhar fulminante a Namjoon, que simplesmente deu de ombros em resposta, como se dissesse que não podia fazer nada a respeito. Ambos detestavam a ideia de atrasar seus compromissos, e seu amigo nem sequer gostava de café, mas estava disposto a fingir para agradar os investidores e dar a imagem de um homem trabalhador e amigável.

O que realmente importava era o dinheiro deles.

— Então, vamos? — Yoongi perguntou, levantando-se da poltrona na ponta da grande mesa, seguido pelos outros. — Não quero atrapalhar os planos dos senhores, então vamos apenas tomar um café rápido. — Ele soou gentil, escondendo a mentira por trás de um sorriso discreto.

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