Capitulo 18•

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Essa capítulo pode ter algum gatilho, por favor cuidado.!

Mais um vez eu estava observando Edgar treinar, seus movimentos eram repetitivos, eram sempre dois passo para frente assim ele intimidava o oponente com sua presença, em seguida ele andava pro lado, confundido quem estava em sua frente, então ele fingia por milésimos de segundo abaixar a guarda e quando a pessoa dava seu primeiro ataque era hora de Edgar agir, ele segura a mão e a entortando, o grito alto que seu amigo da era um gemido de dor, Edgar sorri como se estivesse ouvindo sua música preferida, ele solta a mão e se afasta pegando a garrafa de água.

— Sua sorte é que eu não quero começar uma guerra entre nossas famílias por ter quebrado sua mão.

Ele diz convencido com um sorriso maldoso no rosto.

— Chega por hoje meninos, ambos precisam melhorar muitas coisas.— O treinador diz.

— Acho que estou perfeito, afinal nunca ninguém aqui conseguiu me derrubar ao menos se quer.— Edgar diz presunçoso.

Ele jogo a toalha no ombro e sai pela porta acompanhado de seu amigo o fiel cão escudeiro. Observo o treinador arrumando tudo até que ele sobe no tatame.

— Você é uma boa observadora mas será que sabe se defender quando não está nas sombras?.— Ele diz e eu automaticamente congelo em meu lugar.

— Pode sair, eu não vou machucar você.

Ele diz finalmente se virando para onde eu estava, penso um pouco se deveria mesmo sair ou apenas correr dali mas visto que ele ainda estava parado me esperando de forma paciente e de algum modo amigável me fez sair dali. Sinto meu rosto fica iluminado com as luzes do lugar.

— Você deve ser a irmã mais nova de Edgar.— Ele diz e automaticamente o corto.

— Ele não é meu irmão, ele não é nada meu.— Apresso em me explicar.

Ele nunca será nada meu!.

— Gosto de como você se espreita na sombra, nos observando a mais de um mês, será que você aprendeu algo?.

Ele diz me fitando com as mãos para trás do corpo.

Mecho a cabeça rapidamente dizendo que não pois tinha medo que ele contasse para Alejandro e algo ruim acontecesse, a ideia dele fazendo mal a minha mãe ou a mim mesmo me fez ter um terrível pavor de estar ali, parecia errado, perigoso.

— Isso é errado, não devia estar aqui!.

Digo voltando correndo para o canto escuro da sala e entrando pela pequena porta que me levava a outros lugares da casa, essa não era ligada com a pequena porta que levava a sala onde eu tinha visto aquela cena horrenda, eu havia descoberto essa passagem secreta depois de uma noite de tempestade e gritos, haviam tantos gritos de horror naquela casa.

Naquela noite minha mãe pediu de novo para que eu ficasse em meu quarto e não saísse mais pois alguns amigos de Alejandro estariam na mansão, meu corpo todo tremia só de pensa na possibilidade de rever aquela cena novamente, eu fiquei lendo livros enquanto as vozes surgiam, assisti filmes enquanto os gemidos iam aumentando, li meus quadrinhos de super heróis enquanto os gritos já eram uma sinfonia pela casa toda, a meia noite eu fui me deitar estava exausta, minha cabeça doía, até que deitei na cama e alguns minutos depois eu peguei no sono.

Meu pior erro.

Sinto mãos ásperas sobre minha pele, na minha perna, meus olhos estão fechados demoro um pouco para assimilar tudo que estou sentindo, em primeiro momento penso que pode ser minha mãe, mas quando o toque se aproxima da minha intimidade e outra mão toca meus seios por cima do tecido do pijama eu me desperto em um pulo, já não havia mais nenhuma coberta em mim, meu olhos se arregalam ao ver um dos amigos de Alejandro sentado na minha cama confortavelmente, me olhando com desejo, como se eu fosse uma joia que ele acabou de encontrar.

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