O dia da viagem havia chegado, estávamos todos no aeroporto esperando o restante do pessoal chegar, o restante quero dizer os Pellegrini, eu tentei fugir disso e dizer que não ia, cheguei até a dar mais de 10 motivos dizendo que não ia conseguir ir mas Lilith e seu marido eram bem espertos e insistente além de que a mesma disse no grupo e uma centenas de mensagens começaram a chegar no meu celular pedindo explicações plausíveis então eu simplesmente desisti e decidir ir, mesmo sabendo que não era uma boa ideia.
Me senti na cadeira ao lado de Olivia que elogiava o quanto eu estava bonita usando calças jeans escura e um casaco, meu cabelo está em um coque e minha maquiagem o básico.
— Ali estão eles.— Erick avisa.
— Uau olha quem veio junto!.— Olívia diz animada e eu levanto a cabeça para ver.
James lee!
Dios, essa viagem pode ficar pior? Porque raios eles chamaram James Lee.
Quando nos encontramos no aeroporto quando Ana decidiu voltar de Nova York, ele parecia perdido e um tanto surpreso ao me ver em sua frente, eu era um fantasma para ele.Acontece que nossa última conversa não foi tão amigável assim e ele bem, não aceitou minha explicação meia boca, certo, não o culpo, eu também não aceitaria, afinal ele achou que eu estava morta, mas isso é uma entendi que bem, se eu explicasse a verdade a ele não iria ser bom.
— Oi pessoal desculpa a demora.— Orion é o primeiro a nos cumprimentar.— Se lembram do nosso amigo, James Lee?.
— Sim, Olá é bom rever você.— Peter diz educado, sempre cavaleiro.
Todos o cumprimenta e eu dou um pequeno aceno do meu banco mas é óbvio que ele ficou me encarando, tento disfarçar para que ninguém percebesse o que estava acontecendo mas eu tenho a plena certeza de que ele não vai me deixar em paz até ter as respostas para suas milhares de perguntas e bem, novamente, eu não o culpo mas eu terei que andar em campo minado, como eu iria sair daquela situação, como eu iria explicar algo que pudesse o colocar em risco.
Dios, que James tenha perdido seu senso de justiça.
— Já que estão todos aqui vamos.— Erick diz pegando a mala.
Eu prontamente ajuda Ana com as crianças, pego Celeste no colo e grudo em mim como se fosse um bote salva vidas, nem ele e nem Oziel podiam me importunar com uma criança no colo, certo?. Entro no jatinho e me sento numa cadeira perto da janela, eu gostava de ver a paisagem e imaginar que eu não era eu, que eu tinha uma vida diferente e eu podia ser quem eu quisesse, a irmã mais velha de alguém que ia se casa, uma cientista a qual o projeto deu super certo e eu estaria agora indo receber meu prêmio ou apenas uma explodora de outras culturas, e se eu fechasse os olhos por alguns minutos eu até poderia sentir como teria sido minha vida mas toda vez que eu era obrigada a volta a minha realidade eu percebia que tudo aquilo era tão ilusório e dolorido.
Encosto minha cabeça na poltrona apertando meu cinto, eu fecho os olhos e aperto a poltrona como sempre faço, a decolagem me deixava tensa, eu gostava de ver a paisagem mas tinha medo da subida, irônico. Sinto a presença de alguém ao meu lado, vejo que Miguel está ao meu lado ele me dá um sorriso animado.
— Cecy vamos ao seu país.— Ele diz animado se dando conta.— Meu Deus será que podíamos ir até sua cidade natal? Ver sua família.
— Não!.— Praticamente grito e todos me olham.— Quer dizer, é muito longe da minha cidade e eu não tenho mais família no México.
— Como não? É sua abuela?.— Morgana pergunta.
— Ela faleceu.
Dizer aquilo me trouxe uma sensação tão ruim quantos as memórias do dia, sinto minhas lágrimas enchendo meus olhos e minha garganta se fechando.
— Sinto muito Cecy.— Ana diz com seu jeitinho meigo.
— E sua mãe?.— Ly pergunta.
— Morta.
Aquilo soou mais dramático do que eu pretendia mas fez com que eles parassem de perguntar sobre minha família quando eu disse que minha família toda não existia mais, assim que o avião começa a se mover eu fecho meus olhos deitando minha cabeça no ombro de Miguel e segurando sua mão enquanto ele cantava para todos alguma música da sua incrível diva Beyonce, a viagem foi muito tranquila e animada pois não tinha como não ser com todo mundo reunido, nós desembocarmos e pegamos nossas coisas indo em direção ao hotel luxuoso que meus queridos amigos escolheram e é claro que tudo estava na conta do meu bondoso chefe e nossa amizade.
— Uau! Que tudo, aí eu amo ser mimado.— Miguel diz girando enquanto entra no hotel.
Até o cheiro desse lugar era bom, Cancún é muito mais bonita do que eu me lembrava.
— Era tudo o que eu precisava para minha pele relaxar.— Olívia passa as mãos no cabelo.
— Vamos pegar as chaves dos quartos.— Peter diz se aproximando da recepção e dizendo o nome de todos nós.
— Certo, os caisas ficam com a suíte no andar superior e vocês solteiros no andar de debaixo.— Aaron diz.— Eu não vou correr o risco de ouvir suas safadezas no meio da noite, tenho três filhas então por favor se lembrem disso quando forem fazer coisa que se faz pelado.
— As vezes não precisa estar pelado.—Ana diz e Aaron arregala os olhos.
— Mulher! Pelo amor de Deus.— Ele diz e ela da uma risadinha.
— Quartos!.— Erick diz balançando as chaves.— Miguel e Gaspar juntos, Orion e Gael, Olivia e Cecília, Oziel preferiu seu próprio quarto e James também.
Ele parecia concentrando tentando se lembrar se havia dito tudo.
— Não sei se faltou alguém, vocês são muitos.— Ele conclui.
Subimos todos até nosso quarto, no instante em que a porta foi aberta Olívia já abriu sua enorme mala rosa e separou seu look, dou uma risada vendo sua empolgação para ir à praia.
— Vamos Cecy vamos nos vestir.— Ela diz alegre pegando seu biquíni azul clarinho.
Ela prende o cabelo num coque e tira a blusa enquanto cantarolava a música espanhol que veio ouvindo da Itália até aqui.
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Nossos segredos.
RomanceCecília guarda tantos segredos que ela jamais sonharia em contar, fugindo do seu passado que insiste em atormenta-la todos os dias, ela procura sempre se manter concentrada no seus deveres, perder a razão nunca foi algo bom em sua opinião, claro que...