Capitulo 59•

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Bom dia pessoal, feliz domingo.
POR FAVOR OUÇAM A MÚSICA, Juro é para você sentir com força esse capítulo.
Caso se interessam tem a legenda também na música.

Quando o relógio do meu quarto apontou uma hora da manhã eu ainda estava no chão olhando as fotos com minha vó, era algo que eu fazia com frequência tinha medo de esquecer de seu rosto, seu sorriso ou das memórias juntas, eu chorava de soluçar enquanto mordia minha mão para bafar os soluços, as lembranças me doía tanto, as fotos com Isabela e Pablo, até mesmo com minha mãe, os almoços de domingo com meu tio que raramente aparecia, dois, porque tudo que terminar assim, tinha que ter outro caminho.  Havia uma foto minha com Isabela, Pablo e minha Abuela junto a Abuela de Pablo em nossa pequena casa na cozinha fazendo bolinhos, estávamos sujos de cobertura e riamos enquanto minha abuela arruma a câmera para tirar uma foto nossa.

— Abuela, porque isso aconteceu?.— Abraço a foto trazendo para o meu peito.— Sinto sua falta, de todos vocês.

Deixo as lágrimas caírem enquanto aquela dor me consumia, eu me sentia sozinha, culpada e machucada e por mais que eu quisesse contar para todos eu tinha muito mais medo que de que eles também se machucassem a ponto de nunca mais eu os vê-los, eu me odiaria por saber que infligir essa dor a eles também. Eu estava dividi entre minha razão e meus sentimentos, me perguntando se um dia eu iria poder dizer isso como se fosse memória de dias horríveis porém era o contrário, os dias bons eram as lembranças enquanto eu vivia o pesadelo.

Ouço o barulho de porta se batendo e depois o carro de Edgar se vai, sei que ele saiu para alguma ferra. Ligo meu celular e havia muitas mensagem dos meus amigos e principalmente de Oziel perguntando o porque eu sumi de repente, algumas ligações perdidas e mensagens, inúmeras, de James querendo notícias.

Dou uma volta na casa vendo que a mesma estava realmente vazia, até mesmo Donavam havia ido com ele, eu não queria mais ficar naquela casa, me sentindo presa então coloco um moletom marrom, meu tênis e prendo meu cabelo em um coque, infelizmente tive que passar uma maquiagem no meu pescoço pois o disfarçado deixou uma marca fina nele, estava vermelho. Chamo um carro no aplicativo e fico esperando no banco do jardim sentindo o vento frio batendo contra meu rosto, assim que ele chega eu fecho os olhos me permitindo chorar mais um pouco e quando percebo que estamos perto do prédio de Oziel eu as seco e abro a janela para que o vento seque meu rosto melhor, talvez eu estivesse esperando que ele fizesse milagre.

Pago o motorista e o agradeço por ter me trazido, o segurança do prédio me dá um sorriso simpático assim que me vê, eu devolvo desejando uma boa noite, o elevador já estava parado aberto, aperto o andar de Oziel e encosto minha cabeça na parede de metal me acalmando enquanto ele subia parecia uma eternidade, entretanto quando eu finalmente fiquei de frente com sua porta eu me perguntei se eu deveria mesmo fazer isso, parte de mim queria sair correndo dali e nunca mais ver Oziel para que assim ele pudesse estar em segurança mas a parte egotista de mim dizia que aqui parecia ser tudo o que eu precisava, o abraço dele, ver o os olhos dele e cheirar seu perfume que me acalmava, nem que fosse pela última vez.

Era o que eu dizia na minha mente " pela última vez é nada mais".

" faça e vá embora."

Era uma guerra na minha mente enquanto minha mão apertava a maçaneta de sua porta mas sem empurra lá, provavelmente ele deveria estar dormindo.

" eu não deveria."

Afasto minha mão da porta e passo no meu cabelo.

" Seja egoista desta vez, só desta vez."

Novamente minha mão estava na maçaneta, apertando com força.

" você já está sendo egoista, esse tempo todo com todos, eles confiaram em você."

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