Capitulo 27•

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Havia tantas pessoas animadas na rua do lado de fora do bar que posso imaginar o quão cheio deve estar lá dentro, assim que atravessamos a rua a enorme janela de vidro confirmava, estava cheio de gente.

— Como tudo aqui lota rápido.— Olívia nota olhando o local se enchendo ainda mais.

— Isso aqui é um ponto turístico, você queria o que?.— Gael diz e ela mostra o dedo do meio a ele.

— Vamos entrar antes que eu desista.— Oziel com sua maior paciência e calma, claro que não, diz se enviando para dentro.

Adentro o local olhando todas aquelas luzes fortes e as músicas de Reggeton que tocava enquanto todos dançavam animados, Miguel segura minha mão me levando já diretamente ao bar, ele diz algo ao garçom a qual eu não consigo ouvir devido a música alta e a minha enorme curiosidade de observar as pessoas.

— Toma isso!.— Ele diz me entregando um copo pequeno com um líquido verde escuro.

Pego o copo desconfiado, o cheiro e sinto a ardência no meu nariz assim que o álcool sobe, isso aqui estava forte.

— O que é isso?.— Pergunto.

— Uma dose de alegria.— Ele diz entregando os pequenos copos para os demais.— Parem de perguntar e bebam logo, isso é o fogo que precisam.

Depois de dizer isso Miguel vira seu copo e eu observo que todos o seguem então faço o mesmo, viro o conteúdo verde escuro de uma vez e sinto minha garganta pegar fogo, isso era forte, tão forte e eu me apoio em alguém do meu lado tentando manter o equilíbrio.

— Se não aguenta uma bebidinha sugiro que não encha a cara.— Ouço aquela voz máscula parecendo um trovão.

Faço uma careta e olho para Oziel tirando rapidamente a mão de seu braço.

— Sugiro que você fique calado a noite toda se possível.— Digo no mesmo tom.

— Para o seu desprazer, eu não vou não.— Ele diz convencido.

— Que pena, terei que passar a noite o mais longe possível de você.— Rio sem Graça.

— Isso seria um favor para mim.— Ele cruza os braços.

— Não tanto quanto para mim, idiota.— Digo alto.

— Escuta aqui garota...

Ele diz se virando para mim mas Orion é mais rápido e já separa a gente nos afastando um do outro.

— Vocês dois, pelo amor de Deus, uma trégua, vamos nos divertir, beber, porra.— Orion diz animado.

Olho Oziel que também me olhava e reviro os olhos dando as costas a ele, podia sentir seus olhos queimando em minhas costas mas ignorei, a solução era sempre ignora-lo, fiquei perto de Olívia e Miguel que ficavam falando asneira me fazendo rir o tempo todo, bebemos mais alguns copinhos coloridos, vermelho, amarelo e até um azul.

— Moscow Muler!.— Digo animada olhando para a mão de uma moça.

Caminho até o balcão e com meu mexicano totalmente falho pela bebida eu peço meu drink de Moscow muler, fico no balcão observando o barman prepara o drink enquanto eu salivava, quando ele colocou o copo na minha frente eu dei uma bela golada, fechei os olhos e sentir o sabor maravilhoso, assim que eu abri meus olhos totalmente refrescada com o sabor eu vi uma linda morena se aproximar de  Oziel, ela da um sorriso para ele, mexe no cabelo quando ele disse alguma coisa, da uma gargalhada e por último morde os lábios, a mulher faz isso umas duas rodadas seguidas, só mudando a sequência, eu bebia um pouco do meu drink e observava ela com seu corpo perfeito sorrir e se jogar para cima dele, sério ela estava quase colocando o corpo dela no dele, quando os olhos de Oziel encontram os meus eu sinto que fui pega no flagra o observando, rapidamente tento disfarçar tomando meu drink e espio novamente o vendo sorrir de lado.

— Vamos dançar.— Olívia diz ao meu lado.

— Até de bigode fica gata.— Miguel diz e eu franzo o cenho.

— O que?.

Ele gentilmente passa o dedo acima dos meus lábios e eu entendo que estava com bigode de espuma, eles seguram a minha mão e me puxam para dançar, as músicas de Reggeton são ótimas para remexer, fazia tanto tempo que eu não dançava assim, meu corpo mexia conforme a batida da música e minha cabeça parecia estar nas nuvens, eu passava minha mão pelo meu corpo, eu estava aproveitando.

— Ce!.

Me viro dando de cara com Pablo e outro homem.

— Pablo!.— Lhe dou um sorriso.

— Esse é meu marido, Hernesto.—Ele diz e eu não pude ficar surpresa.

—Meu Deus, vocês são lindos juntos.— Digo o abraçando.

— Um dia uma velha amiga nos disse que "Se ficarem presos a vocês mesmo nunca irão viver o magnífico."

Abro um sorriso triste e sinto as lágrimas no meu olhos.

— Ei.— Ele toca meus ombros.— Sabe também o que ela dizia, como era mesmo... algo sobre ser, sobre...

— "Por que talvez possamos ser rebeldes hoje, por uma noite, em buscar de viver a vida." —Repito, segurando suas mãos.

As lembranças daquele dia eram tão nítidas em minha memória, como um filme que você repete sempre que sente saudade de casa, de algum momento de sua vida que por mais merda que estivesse, ela era feliz com as pessoas que estavam do seu lado de verdade.

— Vamos nos divertir como Bela ensinou, aquela pimenta tinha um fogo próprio.— Ele ri e eu também.

Ele tinha razão, era impossível conhecer Isabela e não se apaixonar por toda aquela energia, era mais difícil ainda saber que por isso ela incomodava muitas pessoas.

— Desculpe pela forma que te tratei antes no restaurante, você não merece.— Ele diz com sinceridade.

— Eu também iria agir dessa forma para me proteger.— Digo apertando sua mão.

— Por Isabela.— Pablo praticamente grita por cima da música.

— Pela Bela.— Rio deixando ele me guiar na música agitada.

Eu dancei como se aquele fosse meu último dia, o meu cabelo molhado de suor grudava na minha testa e minhas pernas imploravam por uma cadeira, meu corpo estava vivo e cheio de energia enquanto eu pulava e cantava, me surpreendi quando tocou algumas músicas de RBD minha banda favorita, até mesmo Miguel sabia as músicas e cantava animado conosco, havia tomado muitos drinks, cantado muitas canções, dançado de muitas maneira, que mal percebi que o sol já estava praticamente saindo isso só foi notário quando saímos daquele bar e fechamos os olhos incomodados com a luz do dia, meus saltos estavam na mão.

— Eu amei te ver.— Pablo diz me abraçando.— E amei conhecer vocês.

Ele diz a Olívia, Miguel e Gael.

— Obrigada, eu senti sua falta.— O abraço apertado.

— Eu também Ce, queria que tudo tivesse sido diferente, eu juro.— Ele sussurra no meu ouvido.

Pablo se afasta e beija minha testa damos um sorriso e então ele se afasta de mim indo para junto do seu marido.

Os braços de Olívia e Miguel me envolvem e eu sorriso vendo que eles são um pouco mais alto que eu, vamos andando tortos em direção aos meninos que chamaram um carro para nos levar de volta ao hotel, eu precisava urgentemente de um banho e me deitar, com certeza eu precisava disso.

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