Capitulo 58•

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Depois que a festa acabou e eu finalmente aproveitei para degustar cada vinho daquele lugar eu pude relaxar, isso por alguns minutos até me dar conta que nem que eu bebesse todo o estoque de vinho do senhor Mateo a sensação de que tudo estava arruinado não iria embora, o sorriso diabólico de Edgar estava tatuado no meu cérebro.

— O que está pensando?.— Senhor Mateo se aproxima cauteloso como sempre.

Parece que ele tinha o poder de enxergar os pensamentos das pessoas, como se conhecesse cada um de nós muito bem.

Eu odiava esconder as coisas dele.

— Em que talvez o evento pudesse ter sido melhor.— Admito virando o último gole do vinho da minha taça.

Oziel ainda estava sentado com sua família, eles riam de alguma coisa e me pego novamente fazendo aquilo que sempre fiz a minha vida toda, espiar a vida das pessoas me imaginando como seria se eu tivesse tido outra vida.

— Eu tenho certeza que você foi incrível, o que você fez foi maravilhoso.— Senhor Mateo se senta ao meu lado

—  Que bom que o senhor acha isso.— Dou um meio sorriso.

— Eu acho? Não, eu tenho certeza. Você é uma garota incrível com um futuro brilhante pequena Cecília, e se me permiti dizer é muito importante para essa família.— Ele abre um sorriso.

Toda vez ele faz com que eu me emocione por suas palavras.

— Eu sou muito feliz nesse instante por ouvir isso senhor Mateo, obrigada.— Digo segurando sua mão.

— Agora eu já estou indo, vai dormir em casa ou vai passar a noite com seu namorado?.— Ele pergunta de repente e eu sinto minhas bochechas arderem.

— Não sei o que senhor está dizendo...

— Não precisa fingir, pelo menos não para mim.— Ele bate o dedo na mesa.— O loiro não parou de te olhar a noite toda, a cada passo seu os olhos dele brilhavam como estrelas além do sorrisos que vocês trocaram eu duvido que isso seja apenas "casual".

Eu não estava preparada para aquilo.

— E que ele é, bem, ele é um bom amigo.— Tento justificar mas senhor Mateo era esperto.

— Diga ao seu amigo que se ele não te tratar como uma verdadeira rainha, eu afogo ele numa banheira de vinho.— Ele brinca, pelo menos eu acho, e vai embora.

Fico ali espiando um pouco mais a vida das poucas pessoas naquele espaço até que decido ir embora, meu corpo estava exausto mas eu sabia que essa noite estaria longe de acabar, na verdade ela seria muito longa. A senhorita Ângela já tinha ido junto com o senhor Mateo, diz sobre mim mas eu o via olhando com admiração a senhorita Ângela.

Aviso por mensagem a Oziel que estava indo embora, não queria atrapalhar o momento de família dele pois sei que ele iria me fazer ir com ele embora e por mais que isso fosse tudo o que eu mais queria eu sabia que adiar o que estava por vir não iria solucionar meus problemas, aliás eles eram muitos. Acho um táxi e vou incomodado no banco de trás pensando em mil cenários possíveis sobre como encarar novamente Edgar.

— A senhorita está bem?.— O motorista pergunta.

— Apenas cansada.— Dou um sorriso sem graça.

O meu celular vibra e eu sei que era uma mensagem de Oziel mas eu decidir não olhá-la, pelo menos não por hora, eu precisava afastar ele dos meus pensamentos um pouco para ver com clareza, desligo meu celular quando o táxi para na frente da casa mal assombrada, eu respiro fundo sentindo o vento gelado nas minhas costas e bagunçando meus cabelos. Adentro os portões de ferro e empurro a porta de madeira, as luzes da casa estavam apagadas, como sempre.

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