Capitulo 52•

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Leiam ouvindo a música, juro que vale a pena dá um tchan na história.💕
Só uma dica.

Os cochichos pelos corredores eram um lembrete contínuo sobre minha vida, já se passou muito tempo desde que aquele episódio aconteceu e eu adoraria dizer que foi o último, que minha mãe pegou nossas coisas e saiamos daquela casa o mais rápido possível mas não foi isso que aconteceu, eu não contei nada a minha mãe aquele dia. Bela me contou que Alejandro voltou para festa sorrindo e dizendo a todos que eu passei mal com cólica e que queria ficar em casa assistindo meus filmes, minha mãe, como conta Bela, aceitou e acreditou na sua mentira, já Edgar estava irritado por algum modo, Alejandro ordenou que um de seus homens me tirasse do porão assim que ouvisse o barulho do carro de volta e me levasse às pressas ao quarto, além de me ameaça caso eu dissesse algo. Me questionava todos os dias se eu deveria ter dito a verdade a minha mãe aquele dia mas a verdade é que mesmo ela sabendo da verdade, já que as marcas estavam no meu corpo, e mesmo assim, ela não teria ido embora, algo muito errado nela dizia que aqui era seguro para nós, eu me perguntava o que ela tinha tanto medo, a ponto de achar que o inferno com o diabo era melhor do que outra realidade.

Aprendi nesses dois anos a passar despercebida, eu não fala na presença deles, não cantava mais, não dançava, não cozinhava, não sorria ou ao menos chorava, eu vivia nas sombras e me defendia como podia já que Edgar adorava me machucar de formas perturbadoras e minimalistas para passar despercebido, minha mãe continuava com os olhos fechados, os momentos que eu passava com a minha Abuela era como um fôlego depois de muito tempo de baixo da água, ela reparava tudo e até me disse para voltar a morar com ela mas eu sabia que se eu saísse ele não iria deixar em paz, nem Alejandro, nem Edgar, eu estava por conta própria naquela casa a única pessoa que fazia alguma coisa por mim era o treinador de Edgar e uma nova empregada que fazia tudo escondido, se ariscando constantemente principalmente quando Alejandro achava que de alguma forma eu o desafiava e me trancava no porão, o que mais o enfurecia era quando eu não gritava mais por ajuda apenas me abraçava no escuro e esperava aquela horas infinitas acabar, ou quando me deixava com fome dizendo a todos que eu não comia por estar na fase dos 16 anos e querer ficar mais bonita.

Ouvi as empregadas conversando uma vez dizendo que ele iria se tornar um político importante, talvez o cargo de presidente ou vice-presidente e isso me assustou pois eu sabia do poder que ele teria se tornasse de fato. Um certo dia eu cheguei em casa e ouvi barulho, as empregadas me olhavam com surpresa uma me informou que minha mãe havia saído para ir a um lugar, subi as escadas e me deparei com a porta do quarto de Alejandro aberto enquanto ele transava com mais duas mulheres, uma morena e uma loira, uma delas, a morena, me notou e deu um sorriso convencido chamado atenção de Alejandro que me fitou.

— Quer participar também ratinha?.— Ele pergunta com um sorriso nojento nos lábios.

Aquele comentário fez meu estômago revirar eu sentia que poderia vomitar a qualquer momento, eu apenas me afastei e desci correndo o máximo que podia enquanto ouvia a risada deles no quarto se divertindo com minha aflição.  Assim que avistei a empregada que sempre me ajudava corri até ela que me observou espantada.

— Onde está minha mãe?.— Perguntei sentindo o coração na boca.

— Ela saiu.— Repetiu o mesmo que as demais.

— Eu sei mas para onde?.— Perguntei a vendo recuar, as empregadas conversam elas sabiam de tudo como uma maldita parede que ouve tudo.— Me diga por favor?.

— Senhorita...

— Rosa!.— A chamei por seu nome.— Por favor, ninguém saberá eu juro!.

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