Capitulo 04•

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Havia um ditado que minha abuela sempre dizia "-O que não inicia, não se termina." Eu achava esse ditado muito sábio mesmo desde de pequena observava as coisas com atenção, não foi diferente quando minha mãe anunciou que iria se casar com o Alejandro, algo nele era errado seu jeito malicioso de olhar minha mãe os olhos curioso ao me olhar, o modo como olhava com desdém a minha abuela e as coisas perfeitas que diziam, eu sabia que minha mãe não iria fugir daquilo de todo esse "romance" que ele dava a ela, um que parecia ter saído de um livro dark ou um filme antigo.

— Se casar? Romina você está louca?.— Minha abuela dizia a minha mãe.

Era de madrugada e as duas estavam discutindo tão alto que me fez acordar, não tive coragem de descer fiquei na escada sentada no degrau ouvindo as lamentações de mama e a irá de minha abuela.

— Mama eu o amo!.— Minha mãe diz com firmeza.

— Mas ele não te ama Romina acorde, saia desse conto de fadas.

— Alejandro me ama mama, ele é um homem bondoso, amoroso e gentil.— Minha mãe diz em defesa.

O amor a cegava, sempre foi assim nas milhões de vezes em que ela se apaixonava mas deste vez eu tinha um pressentimento ruim.

— Você se conheceram a 2 meses, garota, 2 meses.— Minha buela altera a voz.— O que sabe sobre ele? Sobre a vida dele?.

— O suficiente para nos casarmos e criamos nossa família, eu, Alejandro, Cecília e seu Hijo.

Alejandro tinha um filho, isso me deixava em alerta mais ainda.

— Não levará minha neta desta casa.— Minha buela foi firme em sua decisão.

— A filha é minha! Eu a tive.— Minha mãe se exalta.

— Mas fui eu que a criei!.

— Cecília irá comigo!.

— Cecília ficará aqui, na casa dela onde está segura.— Minha Buela rebate.

— Alejandro não é uma ameaça Mama pare com isso.— Minha mãe diz parecendo exausta.

Eu não me lembro quantas horas eu fiquei sentada naquele degrau ouvindo cada uma decidindo sobre meu futuro mas eu me lembro perfeitamente do dia em que ele mudou completamente.

— Alô! Alô!.— Vejo dedos estalando em frente ao meu rosto.— Cecy acorda.

Seguro os dedos de Olívia os tirando da frente do meu rosto.

— Você está muito dispersa.— Ela diz recolhendo a mão.

— Ela está namorando.— Miguel solta no ar.

— Não estou não.

Minha vida já era uma bagunça sozinha não precisava envolver ninguém nesse redemoinho infernal a qual eu vivia.

Estávamos arrumando as coisas para o aniversário das trigêmeas por fim o tema escolhido as princesas, Aurora iria de Bela adormecida, Luna iria de Rapunzel e Celeste iria de Cinderela, Finalmente o final de semana havia chego eu não aguentava mais aquela semana exaustiva do trabalho por mais que eu estivesse amando minha pouca liberdade agora que estou sozinha naquela casa.

— Gente!.— Miguel chama atenção.

Olhamos para ele toda enrolado nas luzes.

— Porque você é assim garoto.— Morgana diz se aproximando dele e o ajudando a se soltar.

De repente Ana aparece com os olhos marejados, seu semblante triste já deixou todos em estado de alerta.

— O que houve bombom?.— Miguel pergunta.

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