O aniversário de Miguel chegou e como o mesmo disse umas centenas de vezes até o final de semana chegar nos o levávamos até o parque de diversões, eu estava no quarto de Olivia junto com Morgana e Vivi, a irmã de Miguel, enquanto Morgana passava uma maquiagem em mim as outras iam trocando de roupa até decidirem qual seria a melhor, sempre dou risada do caos que fica o quarto. Meu celular não parava de apitar e eu sabia que era Oziel me mandando mensagem pois Edgar só me ligava e falando nele, faz um bom tempo que ele não dá notícias ou ordem alguém me dizer algo, todo esse silencioso me deixa apreensiva, eu deveria me sentir em paz e feliz por ele está longe mas saber que a qualquer momento ele pode voltar e fazer minha vida um inferno tirava qualquer chances de sentir essa paz ou seja lá como chamem.
— Porque seu celular não para?.— Morgana pergunta afastando o pincel do meu rosto.
— Deve ser alguém da empresa, sabe, o trabalho não para.— Dou um sorriso nervoso.
— Sei, agora você faz amizades na empresa.— Ele diz cerrando os olhos.
— Sou uma nova pessoa.— Brinco.
— Acho que essa safada está com namoradinho, eu já disse e vocês sabem.— Olivia aparece arrumando seu vestido.
— Você vai de vestido?.— Vivi pergunta.
— Claro, olha que lindo.— Olivia gira.
— Você vai para um parque criatura, como vai brincar nas coisas ou se movimentar sem mostrar a calcinha indecente?.— Morg questiona e ela parece não se importar.
— Como se eu fosse gastar meu look para isso mas já que vocês fazem questão eu troco o look e coloco o shortinho novo que eu comprei, sorte de vocês que eu fui ao shopping ontem.— Ela dá um sorriso travesso.
— Vamos, eu vou pregar o bolo que fiz para Miguel.— Digo indo até sua cozinha e pegando a caixa de bolo
Terminamos de nos arrumar e fomos até onde seria a comemoração do aniversário do Miguel, me sento na frente com Olivia e ela já coloca a música alta para tocar algo animado como Rita Ora contarolei junto com meus amigos sentindo a energia boa que vinha dali mas não posso negar que minha ansiedade aumentava sempre que eu lembrava que iria ver Oziel e isso fazia meu coração pulsar cada vez mais rápido, ao ver as luzes do parque de diversão eu sinto uma nostalgia, fleches de memórias me invade, eu sinto meus dedos apertarem o tecido meu short, lembrar de Bela e Pablo.
— Chegamos vacas.— Olivia diz alto me tirando dos pensamentos.
As meninas desceram mais animadas do que entram no carro, logo avistamos nossos outros amigos, Miguel estava dando pulinhos de animação e quando eu o abracei ele era isso, pura alegria e luz, além de fazer um grande escândalo com ver os presentes claro que ele nao precisava nem demonstrar o quanto amou os mimos da Dior dados por Olivia.
— Chegamos desculpe o atraso, meus irmãos acharam que seria melhor irmos todos de casa.— A voz de Ana fez com que eu me virasse rapidamente.
Lá está ele, Oziel, com uma blusa pollo e um shorts preto deixando sua pele exposta revelando algumas tatuagens, nossos olhos se entraram e por mais que eu tenta-se de todas as formas eu não conseguia esconder o sorriso por tê-lo ali, novamente a minha frente mesmo que fingindo não ser íntimos.
— Ola Cecy.— Orion me comprimento com um abraço rápido.
— Ola.— Digo calma.
Tento manter esse mesma calma e quando Oziel se aproxima de mim, ele dá um passo muito perto e então eu dou um passo para trás.
Ele iria me beijar? Ou me abraçar ou... o que ele iria fazer?.
— Oziel!.— Nosso cumprimento de sempre.
— Cecília.
Porém desta vez nosso cumprimento estava mas suave, meu nome não sai mais de sua boca como um desgosto mas sim como um forma de carinho, lá estava eu novamente com o coração acelerado.
— Vamos nos divertir.— Ly diz.— Nada de brigas vocês dois.
Aponta o dedo para mim e para Oziel.
Entramos finalmente no imenso parque e logo começou uma briga entre os meninos para saber qual brinquedo iríamos primeiro, depois de alguns minutos, longos minutos, eles decidiram começar com uma montanha russa não tão radical. Quando eu paro na fila e encaro o enorme brinquedo e os gritos vindo deles eu automaticamente sinto a animação por sentir a adrenalina. Ana estava sentada em um banquinho junto a Olívia que se recusou a viver essa experiência "selvagem" como ela mesmo descreveu, seria um horror ficar descabelada gritando aos pulmões com a sensação de morte, então a mesma preferiu ficar sentada apenas observando e fofocando com Ana e sua enorme barriga.
— Aí gente que frio na barriga, só de olhar eu já lembro daquele filme, premunição, sabem?.— Morgana diz e eu faço careta.
— Tinha que falar sobre, tinha?.— Ly questiona apreensiva.
— Calma abelhinha, vai ser divertido e aliás seu super homem está aqui.— Erick diz com humor e ela acaba cedendo o sorriso.
Quando finalmente chegou nossa vez eu respirei fundo e me sentei tentando já arrumar o cinto de segurança, percebo a presença de alguém e logo o perfume maravilhoso revela quem era.
— Está com medo?.— Oziel pergunta se arrumando.
— Eu não! E você?.— Pergunto me virando para ele.
— Claro que não.— Ele diz como se fosse um insulto fazer essa pergunta.
A funcionária logo vem e nos ajudar a colocar os equipamentos de proteção do brinquedo, quando ele começa a andar eu dou um sorriso mas Oziel parace apertar a barra de ferro com um força, isso me arranca uma risada que desperta o olhar dele em mim sem deixar de sorrir eu me atrevo a segurar sua mão já que estávamos no último vagam ninguém iria nos ver, começo a fazer carinho em sua mão e a seguro forte enquanto ele fazia várias curvas rápidas e quando finalmente voltamos a ficar parada eu me sentia muito bem.
— Pronto, acabou.— Digo baixo e Oziel me encara com aqueles olhos azuis.
— Apertou minha mão forte, estava com medo?.— Ele pergunta e eu solto outra gargalhada.
Depois desse brinquedo fomos em mais um três outros radicais e em todos Oziel segurou minha mão, e sempre que chegava ao topo ambos apertávamos fortemente era como se ele quisesse que eu soubesse que ele estava ali comigo e isso de algum modo me trouxe a sensação que a muito tempo eu não tinha, segurança.
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Nossos segredos.
RomanceCecília guarda tantos segredos que ela jamais sonharia em contar, fugindo do seu passado que insiste em atormenta-la todos os dias, ela procura sempre se manter concentrada no seus deveres, perder a razão nunca foi algo bom em sua opinião, claro que...