Capitulo 16•

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Já faz meia hora que Morgana e Peter está tentando achar uma boa forma de arrumar a fila que seria a entrada do dia do casamento, enquanto ela fazia isso eu tentava ficar o mais longe possível de Oziel durante esse tempo.

— Eu acho que Ana deveria vir aqui na frente.— Morgana sugere.

Ana segura a mão de Aaron o puxando para a marcação.

— Assim ela entra primeiro e já descansa com essa barriga grande.— Morgana conclui.

Então ana e Aaron andam pela enorme sala com os braços entrelaçados, eles dão uma volta como se fosse em um desfile.

— Vamos andem agora.— Morg diz fazendo todos andarem em círculo pela sala.

Podíamos treinar no quintal mas estaríamos congelados até todos acertarem a ordem.

— Vamos.— Morgana estala os dedos dizendo que era minha vez.

Olho sem jeito para Oziel, que apenas olha para frente e posiciona o braço para que eu segure, toco no seu braço sentindo seus músculos firmes por debaixo daquele tecido, parecia que ele treinava todos os dias, Oziel era alto então meu braço ficava um pouco mais levantado, demos a volta pela sala assim como todos, ao contrário do que eu imaginava ele era quentinho.

— Gente está parecendo que vai participar de uma quadrilha.— Miguel diz.

A alguns dias ele vem nos infernizando para fazer uma festa com a temática de festa junina que ele viu que era super famosa no Brasil, ele ficou encantado depois que assistiu um vídeo.

— Olha a COBRAAA.

Ele grita e todos já ficamos em alerta.

— É brincadeira.— Ele diz rindo.

Morgana é Gael que já entendia da brincadeira estavam gargalhando enquanto o restante de nós achava engraçado como eles riam, para completar a palhaçada Morgana coloca uma música típica de festa junina e todos começam a dançar alegremente, nem todos, eu e Oziel continuávamos parados observando, só percebo que eu ainda segurava seu braço quando as mãos de Gael me puxam para dançar me lançando em direção a Gaspar, ele começa a dançar animado comigo de um lado por outro e por mais que estivesse cansada eu rio enquanto entrava na brincadeira, ele começa a me girar.

— Prometo fazer uma festa junina para vocês.— Morgana diz.

As mãos de Gaspar me giram fazendo ir para o outro lado da sala enquanto ele puxa Olivia para dançar com ele, sinto que a mistura do vinho com essa dança me faz ficar um pouco zonza tanto que acabo tropeçando no tapete e caindo no sofá ao lado de Oziel, apoio a minha cabeça no sofá sentindo tudo rodar, acho que minha pressão caiu.

— Puta lá mierda.— Sussurro com a mão na cabeça, as pontadas tinham voltado.

Fecho os olhos por um instante e quando abro me deparo com Oziel me encarando com o semblante confuso.

— Que tal uma última vez?.— Peter sugere.

Me levanto mas assim que faço isso sinto tudo a minha volta girar, minhas pernas estão  moles e quando penso que iria cair de novo no sofá sinto uma mão forte nas minhas costas me apioando, era Oziel, ele estava em pé novamente ao meu lado.

— Acho que é melhor parar por hoje.— Ele diz chamando atenção de todos.

— Estamos todos cansados.— Olívia estica as costas.

— Cecy você está bem? Está um pouco pálida.— Morgana nota.

Tento abrir um sorriso falso.

— So estou cansada e não me alimentei direito.— Informo e ela cruza os braços.

— Quando foi a última vez que você comeu?.

— Hum, é, bem eu não tive muito tempo e então eu me lembro de comer uma rosquinha pela manhã... e como o dia estava cheio eu precisei resolver algumas coisas então não tive tempo para parar e almoçar....

— Peraí.— Ana diz me olhando preocupada.— Você não almoço, ficou o dia todo com uma rosquinha?.

— Já disse que meu dia estava extremamente cheio?

Tento justificar.

— Ela tem um péssimo hábito de não se alimentar.— Morgana acusa.

— Estou muito ocupada as vezes passa despercebido.— Explico dando os ombros como se não fosse importante.

— Devo enfiar uma bolacha na sua goela?— Miguel diz com os braços na cintura.

— Prometo comer quando chegar em casa.— Dou um sorriso simpático.

Houve uma pequena discussão.— Como sempre.— sobre como eu deveria ser mais atenta com minha alimentação, isso ainda durou em torno de umas meias horas pois o assunto ia se ramificando em outras questões, sinto minha cabeça latejar, dios mio eu precisava de outro comprimido, minha mão estava de novo na cabeça.

— Noite encerrada?.

A voz de Oziel corta a conversa como um trovão, sua mão ainda estava apoiada nas minhas costas, eu poderia reclamar mas sei que se ele a tirasse dali eu provavelmente voltaria a cair no sofá. Todos concordam que sim e começa as despedidas,dou um beijo em Madalena e nas Trigêmeas que ainda estavam em pura eletricidade e em Ophelia já estava em seu sono da beleza, todos saem animados e conversando alto quando eu sinto dedos no meu pulso me segurando com precisão, viro meu rosto vendo que Oziel era o dono daquela mão, seu toque já parecia ser reconhecido pelo meu corpo.

— Cecy você quer carona?.— Ana pergunta ainda de costa.

Eu ia abrir a boca para respondê-la quando Oziel responde primeiro.

— Eu vou levá-la.

Essa simples palavras fez com que todos se calassem e nos olhassem chocados, no por mim mas pela atitude de Oziel, Alina estava de boca aberta e Orion com um sorriso travesso.

— Sério?.— Ana diz feliz.— Obrigada Ozy cuide bem dela.

Tudo bem! Não seria a primeira vez naquele carro e está me parecendo que isso está virando um tipo de rotina quando saímos.

— Meu carro está um pouco mais a frente, vamos ter que fazer e andar.— Ele informa e eu confirmo com a cabeça o seguindo pela rua.

Passo minhas mãos pelo meus braços para tentar me aquecer do vento congelante que batia contra meu rosto, sentia que meu rosto poderia congelar a qualquer momento, Oziel estava atrás de mim conversando com alguém no celular ele diz algo sobre seu caso da próxima semana e como precisava de mais alguns detalhes sobre, de repente sinto algo no meus ombros, pisco confusa me virando para ele enquanto ele apoiava o celular entre o ombro e o ouvido e arruma seu casaco nos meus ombros, ele tira o cachecol e enrola no meu pescoço com cuidado enquanto continua a conversar no telefone mas mesmo assim não deixava de me olhar nos olhos.

— Não, não é essa pasta, a vermelha.— Ele diz andando na minha frente.

Fico parada ainda confusa com tudo o que aconteceu, toco o tecido do casaco pesado sentindo o cheiro gostoso do seu perfume, olho para frente vendo que Oziel estava a frente me encarnado e fazendo sinal com a cabeça para que eu continuasse andando, seguro minha bolsa do lado e corro até ele, quando estou chegando perto ele abre a porta do carro para que eu entrasse, sussurro um "obrigada." Entrando no carro quentinho de Oziel, já me parecia tão família e confortável.

Oziel entra em seu carro e coloca o cinto, ele faz sinal com a mão para que eu também colocasse, assim que faço ele da partida no carro finalizando sua ligação.

— Pode me deixar no senhor Mateo?.— Pergunto e ele não esboça nenhuma expressão, nem se quer diz algo.

Fico quieta no meu banco vendo a cidade, Oziel liga a o som e a música "Idfc" de blackbear começa a tocar, ele liga o ar no quente e os ajusta em nossa direção.

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