Assim que chegamos ao hospital todos já estavam reunidos na sala de espera, a família toda de Ana na direita e a família de Aaron do lado esquerdo. Oziel cumprimenta a todos e eu faço o mesmo, ele questiona onde estava as trigêmeas e todas estavam na casa da mãe de Peter, por incrível que pareça a velha rabugenta que odiava Morgana mudou muito de uns tempos para cá, Morg conta que elas não tiveram mais nenhuma briga, claro que ambas ainda trocavam algumas farpas mas desde da chegada das meninas e agora parece que ela criou uma nova ocupação, cuidar das crianças e todo o grupo de amigos de Peter já que ela dizia os vê-los como irmãos de Peter. Talvez toda essa aproximação com as meninas tenha melhorado as coisas em 70% para ambos os lados.
— Alguma novidade da Ana ou do bebê?.— A voz de James me fez virar o corpo para encara-lo.
Péssima escolha.
Os olhos deles encontram o meu e ele deu um breve aceno, ele chegou até mim em passos rápidos e nada sutis assim como sua expressão.
— Você está bem?.— Ele pergunta a mim.
— Sim.
Os olhos de Oziel agora estavam em nós, cada movimento, ele endurece a expressão e eu sabia que sua cabeça de juiz detalhista já estava trabalhando em alguma hipótese.
— Porque ela não estaria bem?.— Oziel pergunta encarando James.
— Nada.— James responde rápido.— Só olhei para ela e achei que talvez ela não estivesse se sentindo bem.
Oziel ainda o observava atentamente, como se estivesse decidindo se acreditava no que ele falou ou não.
— Eu estou, só essa coisa de bebê nascendo de repente é muita adrenalina.— Explico tentando evitar qualquer outra situação.
Graça a dios Miguel começou a puxar uma conversa sobre como os bebês sempre nasciam quando estavam em um momento crítico de caos, lembramos dos momentos em que os demais também nasceram. Oziel ainda observava James com atenção mas agora suas mãos estavam na minha cintura como se marcasse o território. Havia se passado algumas horas desde que chegamos, aquela sala ia ficando cada vez menor conforme as pessoas, amigos e familiares iam chegando.
Eu e Oziel sentamos na última cadeira perto da janela, a mão dele fazia carinho na minha, a sensação era tão gostosa que poderíamos ficar assim por muito mais tempo do que eu gostaria.
— Pessoal!.— Aaron surgiu na porta, com um pijama azul do hospital, um touca na cabeça e a máscara, que assim que ele abaixa podemos notar as lágrimas acumuladas no olho e o nariz vermelho.— Nasceu! Meu menininho nasceu.
Ele diz feliz e todos nós comemoramos falando animadamente e desejando muita saúde e felicidade a ele e a Ana, ele diz que Ana estava cansada pois foi um parto natural e ela fez muito esforço mas que estava tudo bem, ele disse que o menino, nomeado de Ethan, era careca e os olhos ainda não tinha muita definição se puxaria o dele ou o da mãe, com certeza ele era a coisa mais fofa.
— Fico muito feliz pelo seu novo neném meu irmão.— Erick deseja o abraçando.
— Diga a Ana que amamos ela, amamos vocês.— Oziel diz, apesar da sua postura fria ao dizer sua voz era firme e gentil.
Não consigo evitar o sorriso.
— Quando vamos puder ver eles?.— Alina pergunta animada.
— Vou perguntar a enfermeira mas acredito que em breve. — Aaron explica.
— Para quem não queria ter nenhum filho você já está formando um belo time, no quarto já.— Miguel brinca e Aaron sorri.
— Eu tive três de uma vez só, meninas, três meninas!.— Ele lembra suspirando.
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Nossos segredos.
RomanceCecília guarda tantos segredos que ela jamais sonharia em contar, fugindo do seu passado que insiste em atormenta-la todos os dias, ela procura sempre se manter concentrada no seus deveres, perder a razão nunca foi algo bom em sua opinião, claro que...