Depois de irmos em muitos brinquedos finalmente resolvemos comer alguma coisa, hambúrguer para ser exata, as conversas eram sobre as fotos tiradas com várias caretas do grupo em cada brinquedo, depois ficamos andando pelo parque vendo as barracas em uma tinha a tiro ao alvo, peguei a arma de brinquedo e fiquei mirando no alvo, a sensação de segurar qualquer coisa que fazia menção a arma fazia meu corpo tremer, minha mente colide com o passado e eu me vejo segurando o gatilho, eu treinei tiro ao alvo quando estava em Nova York, tentei fazer Bela a aprender na época também mas a mesma se recusou dizendo que dali em diante só queria viver a vida sem medo do passado, que erro. Firmo meus pés no chão e arrumo minha posição olhando para aquele maldito pato com um alvo vermelho na frente, sem esperar qualquer comando eu atiro com precisão em todos os alvo o acertando, cada vez que eu apertava eu sentia o arrepio no meu corpo.
— Moça você pode parar, acabou, você ganhou.— O funcionário da barraca.
Só então percebo que eu estava puxando o gatilho repetidamente depois que o sinal avisando que eu tinha tocado soou, volto a realidade balançando a cabeça e repetindo um " tá" baixo, me viro e vejo Morgana, Oziel e Felippo me olhando com um ponto de interrogação na testa.
Droga!!
— Qual prêmio você gostaria?.— Ele pergunta e eu peço o gatinho de pelúcia preto.
Agradeço o funcionário e sigo andando como se nada tivesse acontecido, passamos na barraca de doces e Oziel decide comprar um chocolate com morangos para mim, eu nunca imaginaria que ele pudesse ser tão atencioso desse modo, segurar minha mão, morangos, carinhos, talvez o gelo esteja derretendo.
— Preciso te beijar.— Ele sussurra no meu ouvido e eu me arrepio.
— Você é um tarado, viciado em beijos?.— Sussuro de volta.
— Tarado por você é viciado também e a culpa é toda sua.— Ele diz dando um meio sorriso.
Passo a língua nos lábios e dou um sorriso.
— Acho que ali tem uma mesa de sinuca, nossa eu amo sinuca.— Finjo animação andando até uma pequena sala que tinha.
— Eu gosto também, que coincidência.— Oziel diz me seguindo sem dar chances de alguém questionar.
Entramos na sala e eu vou pegar os tacos, entrego um a ele e arrumo as bolas.
— Vamos disfarçar até que eles acharem algo para jogar novamente.— Digo me posicionando para fazer a primeira jogada.
Começamos a jogar e Oziel me surpreende sendo muito bom em cada jogada, eu estava perdendo e então tive que apelar para a trapaça, só um pouquinho.
No amor e no jogo valem tudo né? Com esse pensamento eu prossigo arrumando minha pose e miro na bola que é meu alvo e com o um toque sútil eu bato na branca que acerta a vermelha a encaçapando, dou um sorriso de alegria olhando para a cara de Oziel e nesse momento aproveito para jogar uma outra bola dele com a mão mesmo dentro do buraco, eu admito, odeio perder em jogos. Mas para minha surpresa Oziel estava com a mão dentro do baruco e pega sua bolinha a jogando de volta na mesa e me fitando com os olhos cerrados.
Droga, eu fui pega.
Dou um sorriso tentando disfarçar mas não deu.
— Sua pilantra!.— Ele acusa e eu saio correndo, Oziel vem atrás de mim correndo, eu estava tentando fugir dele e ficava rodando a mesa enquanto ele tentava me pegar.
— Eu bati minha mão sem querer, juro!.— Minto correndo em volta da mesa.
Ele ainda continuava atrás de mim e quando consegue me alcançar roda seus braços musculosos na minha cintura e me coloca sentada encima da mesa, não posso evitar de sorrir.
— Seu sorriso é lindo gatinha, você é linda.
Ele toca meus cabelos seguindo o formato do cacho o observando com delicadeza, depois seus dedos traça um percurso até minha bochecha e tocando meus lábios, ele se aproxima de mim e finalmente junta nossos lábios me dando um beijo calmo e carinhoso, ele dava beijinhos na minha bochecha, no meu pescoço e selinhos demorados.
— Porra eu queria tanto estar em um quarto isolado com você.— Ele diz apertando minha cintura e beijando minha bochecha.
— Tarado.— Sussurro.
— Com certeza Cecília.— Ele volta a me beijar e me abraça com cuidado.
Eu não iria admitir mas isso aqui era muito bom, estar nos braços deles, beijando ele, sentindo seu cheiro, seu toque, era como se eu sempre estivesse tido ali, me sentia em casa era familiar de um bom tão confortável e alegre que nada no mundo importava e eu não sentia insegurança, medo ou solidão, era só eu e Oziel naquele momento.
— Da licença.— Ouvimos a voz serena e eu afasto Oziel rapidamente.
Saio de cima da mesa e vejo Ana nos encarnado com um sorriso travesso.
— Ora ora!.— Ela diz se aproximando.— Deixando ser pega senhorita Cecília.
— Ana.— Oziel modo frio surge pronto para reaprender a irmã mas eu interrompo.
— Touche.— Digo.— Pode por favor não dizer..
—Não vou contar, mas eles vão descobrir.— Ela diz feliz.— Minha boca é um túmulo.
— Obrigada.— Agradeço.
— Aí estou feliz por vocês dois, eu sabia que aquela fogo todo era algo a mais.— Ela assume.
— Nada disso.— Dizemos juntos.
Nenhum de nós dá o braço a torcer, sempre foi assim.
— Uhum sei, sei.— Ana diz saindo.
Me viro para Oziel.
— Fomos pegos.
— Sim nós fomos, quero pegar você ainda, muito mais.— Ele diz me agarrando de novo.
Ele beija meus lábios e eu permito mas depois penso que alguém mais pode nos ver.
— Dorme lá em casa hoje.— Ele pede.
— Ta bom, eu vou.— Concordo.
— Não vamos dormir.
Ele da um beijo casto antes de sairmos dali, vejo o horário e corro até o carro para buscar o bolo que fiz para Miguel, as meninas o levam até a mesa colocando um chapéu de aniversário nele e eu mostro o bolo.
— Puta que pariu amiga, você arrasou, te amo.— Ele diz me abraçando.
Acendemos as velas e cantamos parabéns para ele que dava pulos animados enquanto tirava fotos e gravava.
Minha segunda memória em um parque com meus amigos eram ótimo, a sensação era diferente com realidades diferentes e óbvio o cenário mas mesmo assim naquele momento agradeci por ter eles em minha vida e agradeci por um dia ter tido Bela também, espero que onde ela estiver, ela fique orgulhosa de mim e esteja livre e bem. Vou viver minha vida aproveitando cada segundo agarrada a essa felicidade e rindo com essas família que eu amo demais.
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Nossos segredos.
RomanceCecília guarda tantos segredos que ela jamais sonharia em contar, fugindo do seu passado que insiste em atormenta-la todos os dias, ela procura sempre se manter concentrada no seus deveres, perder a razão nunca foi algo bom em sua opinião, claro que...