Capitulo 68•

611 80 8
                                    

Uma semana havia se passado desde que eu descobri sobre meu pai, desde lá para cá minha abuela me conto tudo o que sabia sobre ele, qualquer migalha de informação inflamava meu peito imaginando se algum dia eu iria realmente encontrá-lo porém, saber se que se um dia eu o encontrar significa que as coisas aqui deram muito erradas e que eu estava a minha própria sorte, todos os dias eu fugia para minha abuela, eu sei que minha mãe sabia mas ela simplesmente não se importava mais ou talvez, estivesse aliviada por eu não estar dentro daquela casa o que significava que tudo podia sair exatamente conforme o plano do seu marido.

Nos finais de semana principalmente eu passava meus dias na minha abuela com meus amigos, os meus unidos dois amigos. Minha abuela não estava em casa naquela momento então decidimos usar sua cozinha para preparar algo gostoso enquanto planejávamos algo.

— Achei que você soubesse, eles sempre querem fechar negócios e infelizmente o único meio a isso seria por nós, em um casamento como era feito a milhões de séculos atrás.— Bela fazia uma careta explicando enquanto mexia a massa do churros.

— Isso não é nada certo Bela, não haja como se fosse algo comum.— Pablo que estava colocando o doce de leite em uma panela diz irritado.

— Bela, eu não vou casar com um velho, estranho, nojento e com o dobro da minha idade. Eu não tenho nada haver com esse mundo que me colocaram.— Indago nervosa, na verdade eu estava furiosa!.

— Você pensam que eu acho isso normal, ou pior, que eu quero isso?.— Ela reclama indignada.— Eu não quero me casar tanto como você Cecy, não tenho escolha mas não irei pagar para ver o que o futuro me reserva com o idiota do Arturo. Ele bate na mãe, na própria mãe, o que vocês acham que um cara como esse vai fazer comigo?.

Ela diz nervosa nos encarando.

— Temos que fazer algo Bela, não podemos esperar que alguma coisa caia do céu, ou que alguém venha nos salvar.— Eu sentia as lágrimas se formando nos olhos e minha garganta arranhando.

— Vamos fugir Cecília! Isso que vamos fazer.— Ela diz simples, prática. Como se fizéssemos isso a nossa vida toda.

— E como as princesas irão fazer isso, com que dinheiro?.— Pablo pergunta e Bela finalmente parece cair na real.

Mas eu passei os últimos dias planejando milhares de estratégias de fugir desse maldito casamento, de sumir dessa cidade e de nunca mais ver Alejandro ou seu filho nojento, e eu estava disposta a pagar qualquer preço, nem para isso eu tivesse que deixar minha mãe para atrás. No fundo eu sabia que isso seria mais uma escolha dela do que eu gostaria mas eu estava decida a traçar meu futuro seguro.

— Eu tenho um plano, quer dizer, eu pensei em algo.— Ambos olham para mim curiosos.

— Fala logo.— Bela me passa a massa e eu logo coloco para esquentar no fogo.

— Vamos usar o dia da eleição.— Eles me encaram confusos.— Pensem, a cidade toda vai estar focada nisso, eles, vão estar até o pescoço mergulhado nisso. Um passo muito importante para os negócios, nada pode sair errado, os seguranças de elite, os melhores, estarão lá fazendo a guarda, e ninguém prestará atenção em duas meninas rebeldes que estão pouco se importando com isso, melhor, que apresentam riscos para cometer qualquer deslize e foder com tudo. Eles vão nos querer longe o suficiente, e é aí que a gente faz o assalto.

— Como? Cecília como?.— Bela estava empolgada.

— Sei que parece loucura mas com uma conta fantasma que eu criei consigo passar uma boa quantia de dinheiro para lá, como se ela fosse fantasma sabe, mas para não sermos pegas muito menos rastreadas temos que fazer outra, assim passamos de uma para outra quase que de imediato.

Nossos segredos. Onde histórias criam vida. Descubra agora