Capitulo 66•

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Acho que um olhar pudesse matar, eu diria que estaria morto e provavelmente enterrado em uma lugar longe e de difícil acesso. Desde que Cecília adentrou a casa dos meus pais e sorriu educada para minha mãe, dizendo animada que tinha feito uma sobremesa de banoffe e assim que ela chegou a sala de estar e notou que Ana também estava lá sentada na mesa com o sorriso enorme ao lado de Aaron que nada discreto tirava fotos dela para enviar talvez para seu irmão, Erick, eu recebi o olhar de " vou te matar." Ela fingiu perfeitamente bem quando se aproximou mais da mesa e cumprimentou meus irmão, Ana e seu marido Aaron, Alina com seu namorado Léo, Orion com seu sorriso de animação e Orfeu com sua fase de adolescente rebelde, além das trigêmeas filhas de Ana, e por último meu pai.

Eu sabia que ela devia estar odiando esses olhares encima dela acompanhado de risadinhas animadas, as suas bochechas eram puro vermelho como se tivesse exagerado no blush, ela se senta ao meu lado e eu seguro sua mão por debaixo da mesa fazendo carinho para acalma-lá.

— Estou tão feliz que você veio.— Ana diz animada.

Ela sempre fora a mais animada da família, logo em seguido estava Orion. As vezes penso que são gêmeos.

— Sua mãe me convidou e eu não podia dizer "não" ela não aceita.— Cecy diz tentando fingir não está nervosa mas seu sorriso entrega.

O almoço é servido, legumes, uma bela macarronada com um frango delicioso e uma limonada gelada. Eu observava Cecília degustar cada garfada e dar sorriso em cada vez que acertava o tempero de algo, todo vez que ela sorria, eu sorria junto. Quando todos terminaram e a empregada retirou os pratos ela ficou ainda mais ansiosa por saber que iriam comer sua sobremesa.

— Soube que trabalha com o Erick.— Meu pai comenta.

— Sim sou a secretária dele mas eu também trabalho no restaurante da senhora Angela.— Seu sorriso se abre ao comentar sobre o restaurante.

— Ângela, a namorada do Mateo Martinno.— Meu pai brinca.

— Ele não assume mas nós lá de casa sabemos que eles são louquinhos um pelo outro.— Ela explica.

La em casa? Você mora com o Mateo?.— Meu pai pergunta.

— Na verdade não eu só fico lá as vezes, me sinto tão bem que é difícil deixá-los e ainda mais quando tenho aquela cozinha só para mim.

— E sua família querida, seu pais ?.— Minha mãe pergunta educadamente.

Nesse momento meu olhar e de Ana se encontra e nós temos pela reação de Cecília mas algo diferente acontece, Cecy se arruma no assento e limpa a garganta ela brinca com a barra do short mas logo em seguida olha diretamente para minha mãe e dá um sorriso calmo.

— Eles morreram, infelizmente.— Minha doce Cecília expressa um sorriso gentil mas seus olhos diziam que tinha muito sofrimento por trás de tudo.

— Oh querida sinto muito eu não queria...

— Tudo bem, eu não costumo falar sobre.— Ela admite.— Mas faz muito tempo.

— Posso perguntar do que eles morreram?.— Minha mãe insiste.

— Mãe...

Tento pará-la mas Cecília segura minha mão por debaixo da mesa e gentilmente responde.

— Acidente, diferentes mas ambos foram de acidente.— Ela torce o nariz e continua.— Minha antiga casa no México pegou fogo.

Os olhos de Ana não negava, nem mesmo ela sabia sobre essa informação.

— Oh meu Deus querida, eu sinto muito que dor voce passou.— Minha mãe diz e logo em seguida todos da mesa acrescentam algum comentário.

Eu faço carinho em sua mão enquanto ela continuava a dizer.

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