CAP - 10

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8 de dezembro.

Já tinha decidido, arrumado tudo...eu vou! Vou viver uma experiência incrível, aulas de artes...projetos da moda, são tantas coisas que parecem que será pouco um ano.

Meu pai me apoiou tanto e a lanis nem se fala, mal posso esperar pra começar meu intercâmbio. Parece que finalmente minha mente descansou um pouco do tom...

Após a janta com meu pai, subi para meu quarto, tomei banho, coloquei meu pijama e me deitei, ainda estava namorando o dormitório que eu iria ter...era lindo e delicado...alimentava meu eu interior...fico pensando se devo trocar meu estilo preto, pra algo mais NY...não, não! Eu vou seguir a moda com meu estilo.

Estava deitada na cama mexendo no notebook quando ouço batidas na porta.

—Que foi pai? —pergunto, mas não escuto sequer uma palavra, então ele bate novamente. Me levanto bufando, e abro a porta, pude sentir meu copro congelar por três segundos.

—Parece que viu fantasma...—ele diz sorrindo.

—Tom...quando você...—Digo ainda tentando processar.

—acabamos de chegar, você foi a primeira coisa que eu fiz quando desci do carro, minhas malas ainda estão la- —antes que ele terminasse de falar eu o abraço, forte. Sinto que ele fica sem reação, mas logo suas mãos se entrelaçam na minha cintura. Sinto o  peso de seus ombros aliviarem com sua respiração. Fecho meus olhos apenas aproveitando aquele abraço.

—Por onde você andou...—Digo baixo, apenas sentindo seu cheiro.

—Eu precisava mais desse abraço do que eu imaginava...eu não sabia que precisava tanto até ficar fora por...—ele começa a dizer e eu finalizo a sua frase.

—oito...foram oito meses! —Digo me soltando dele, fico encarando seus olhos por alguns segundos, sua expressão havia mudado e ele entra no quarto fechando a porta.

—A fama talvez tenha chegado, mas com um produtor maluco...ele basicamente usou a gente esse tempo todo. Não podiamos sair, ter celulares, visitar vocês...ficamos oito meses tocando e dando entrevistadas, até deixar ele rico o suficiente pra não nos querer mais...o Bill chorou aliviado a semana toda. —ele diz se sentando na cama, fico apenas admirando ele. Ele estava mais maduro e bonito.

—Caramba...vocês foram explorados? Porque não largaram tudo? —pergunto surpresa.

—ele ameaçava com falsas notícias ou coisas piores...não vem ao caso agora. Finalmente nos livramos daquele maluco. Bill decidiu que vai cuidar de tudo sozinho. —ele diz suspirando, era de alívio, pois voltou pra vida dele novamente.

—Onde eles estão? —pergunto.

—Na minha casa, vim buscar você, a lanis vai chegar já já também. —ele diz puxando o notebook pra ele, sua sobrancelha demostra a confusão de seus olhos ao ver o que tinha lá.

—o que achou? —digo me sentando ao lado dele.

—bonitinho...pra que isso? Quer redecorar seu quarto? —ele pergunta soltando o notebook e se concentrando mim.

—Não...é pra onde vou morar ano que vem. —Digo olhando nos olhos dele, que ficaram escuros em segundos.

—Como assim S/n? Você vai embora? Mas...acabamos de voltar. —ele diz confuso.

—Não é sobre vocês...e é um intercâmbio, são só doze meses...não é como se eu fosse sumir sem dar noticias né. —Digo sarcasticamente.

—Entendi...vou ir pra lá com os outros, você vem? —ele diz se levantando. Eu apenas concordo com a cabeça.

Descemos em silêncio e fomos até a casa dele em silêncio também, eu sinto que a reação dele foi tentar fingir que não tinha contado nada pra ele sobre o intercâmbio, como se fosse mudar algo...

Abracei os meninos e rimos a noite toda, era tanta saudade guardada que tínhamos que ficar pelo menos uma semana conversando sobre tudo. Eles todos ficaram animados com minha novidade e recebi tanto apoio que nem sei imaginar. Talvez se ele tivesse chegado antes...eu teria desistido de tudo apenas pra tentar algo entre nós, mas já me decidi e muito mais que um namoro está em jogo.

Voltando pra casa com o geo e a lanis falávamos sobre algumas coisas, principalmente o truama de ser explorado...ela vai dormir aqui hoje.

—Tchau geo, boa noite! —Digo fechando a porta do quarto. Assim que fecho me sento no chao com as mãos na cabeça.

—iii até que demorou pra você surtar...eu sei! Bizarro, são os mesmos meninos de sempre, mas agora maduros demais pra nós...eu realmente pensei que você iria desistir do intercâmbio no momento em que encontrou o tom. Mas ter uma crise de nervosismo agora, se saiu bem garota. —lanis diz debochando da minha situação.

—Ele não disse nada...nem sequer um "parabéns" ou um "não vai eu quero me casar com voce" —Digo em choque.

—emocionada demais Sn...emocionada demais. —ela diz sinalizando com a mao para parar.

—Eu sei...não queria isso...mas só que, nem uma palavra que pudesse fazer sentindo pra mim falar algo pra ele, tipo ele disse "entendi"...qual é lani ele nem liga pra mim...sera que ele realmente perdeu o interesse? —pergunto.

—No que gata? Vocês nem chegaram a ter algo, foi um beijo e uma declaração. Depois ficaram igual idiotas pra cima e pra baixo tentando se convencer de que eram apenas amigos...é óbvio que ele não vai tentar algo, você que deixou claro que são AMIGOS! —Ela diz me causando diversas lesões no coração.

—Não acredito que ele tá aqui e que eu vou ir embora. —Digo cabisbaixa.

—Seus problemas me causam ansiedade, qual será o próximo capítulo dessa novela mexicana? Primeiro o amor e ódio, depois o beijo, a declaração, a amizade furreca...a despedida, o reencontro e o destino vai separá-los de novo...ah, eu preciso saber o que vai acontecer. —ela diz dramaticamente, tirando sarro de toda situação.

-----------Tom

—Pensei que tinha ido falar que gostava dela. —Bill diz se sentando na minha frente.

—Do que adianta...ela tá indo embora mesmo. —Digo me levantando do sofá para ir pro quarto.

—Só por causa disso vai deixar ela ir achando que você não sente o mesmo...tá na cara Tom, desde o primeiro contato de vocês...—Bill fala me fazendo parar de caminhar.

—Isso não é sobre mim Bill...ela deixou claro quando disse que ia embora ano que vem. Não posso fazer ela perder a oportunidade da vida dela, só porque eu gosto dela. —Digo indo para o quarto. Me deito e fico pensando na s/n...

Tudo que eu pensei em dizer pra ela, o que eu queria ter dito naquela noite e fiz tudo errado. Era óbvio que não queria que ela fosse minha "cura carência"...mas eu só percebi isso depois de perder ela...ou perder de vez igual agora...

A irmã do meu melhor amigo -Tom kaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora