CAP - 31

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(Gente...sei que tudo é escrito em português, óbvio KKK. Mas a parte do "falar português" é porque é como se os personagens falassem inglês/alemão, normalmente porque eles estão na alemanha e tals)
Beijo beijo♡

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03 de setembro, 2018

Sentada no carro com a cabeça escorada na janela, assisto o movimento das ruas de Belo Horizonte. Chegamos ao Brasil e será para se despedir...de um corpo frio sem alma. Não será mais tranquilizante se é o que meu pai achava que seria.

——S/n! —Ouço a voz de georg sair mais autoritária, recuo dos meus pensamentos prestando atenção no que acontecia. O carro já tinha parado...seco meus olhos que não paravam de chorar desde a notícia e desço do carro.

Meu pai desce e em seguida tom, que estava dirigindo.

Encaro a entrada do cemitério, o dia estava tão nublado e escuro...parecia que o mundo entendia como eu me sentia.

——Você está pronta? —Tom pergunta próximo ao meu ouvido, apoiando a mao em minha cintura, apenas confirmo com a cabeça respirando fundo.

Ele segura minha mão e a beija, dando o primeiro passo para dentro do cemitério. Assim que fomos nos aproximando, pude ver um amontoado de pessoas vestidas de preto e o clima mais pesado do mundo, tristeza e dor. Era apenas isso que encontrávamos.

Meu português estava meio ruim...mas, saberia responder as perguntas das minhas tias e principalmente minha avó, que deve estar arrasada.

——Vou esperar vocês aqui...acho que sua avó não iria gostar de me ver. —meu pai diz parando próximo a uma árvore.

——Você tem certeza pai? —Georg pergunta.

—eu e sua mãe sempre fomos um pouco complicado...desde novos. A única coisa que fizemos juntos que funcionou foi vocês. Mas, brigávamos e terminavamos muito. Sua avó sempre teve que acolher ela...pode ser que ela me odeie. —meu pai responde e eu solto um pequeno sorriso, talvez ele puxaria toda atenção fúnebre para ele. Aparecendo no velório da ex.

——Você deveria esperar aqui também. —Georg diz para tom.

——Porque? —me intrometo.

——Ué, porque seria meio estranho um qualquer aparecer. —georg responde e posso sentir meu sangue esquentar minha pele pouco a pouco.

——"estranho qualquer" caramba Georg! Vai se ferrar. —Digo o empurrando.

——Ei...relaxa, você pode ir e eu espero com seu pai...não gosto de enterros. —Tom diz segurando meus ombros.

——Tom...—Digo sem saber o que falar, não entendia porque georg estava sendo horrivelmente babaca! Tudo bem que talvez seja a forma de aguentar o luto, mas tom apenas está tentando ajudar.

——Vão se despedir. Eu sinto muito por vocês...de verdade! Vou estar aqui, para os dois. —Tom diz encarando georg que apenas revira os olhos.

Eu fico o encarando alguns segundos antes de decidir ir até a cerimônia. O caixão estava fechado inteiramente. Para ser sincera nem sei se há um corpo nele...de que altura caíram? Explodiu? Pegou fogo?...ninguém falou! Como posso saber que a queda preservou minha mãe, doce e generosa como era.

Somos acolhidos por alguns parentes e ficamos ali, ouvindo um pastor dizer coisas bonitas sobre ela.

Eu odiei você...mesmo não querendo mamãe! Eu sempre admirei e odiei seu trabalho, queria que me perdoasse antes de ter partido...

A irmã do meu melhor amigo -Tom kaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora