CAP - 20

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Acordo pela manhã seguinte e me levanto, tinha dormindo no abraço do Bill, foi reconfortante de alguma forma. Terminar um relacionamento de três anos num dia, perder as esperanças do seu amor de adolescente no outro...é a vida tá cobrando a péssima pessoa que eu fui nesses anos.

—Bom dia, quer café? —digo ao ver Bill com a cara amassada, de quem acordou agora.

—Me dá...—ele diz pegando a xícara da minha mão. Levanto e pego outra, me sirvo e ficamos em silêncio tomando café.

—Quando vão embora? —pergunto.

—Domingo. —ele responde.

—Só? Recém é quarta. —Digo surpresa.

—tá nos expulsando? —ele pergunta rindo.

—claro que não! Aliás, podiam ficar aqui. Não tem necessidade pagar as diárias caríssimas de NY, sendo que tenho quartos sobrando. —Digo e ele fica pensativo.

—Como se Tom fosse aceitar depois do fora que te deu ontem. —Bill diz duramente, ele era um amor dizendo verdades...

—Precisa falar sobre isso oito da manhã? Ele não precisa vir se não quiser. É só uma ideia. —Digo indo me trocar.

—o que vai fazer? —ele pergunta.

—trabalhar baby...infelizmente não ganho 30 mil por noite. —Digo sorrindo.

—seu apartamento não concorda com você...—ele responde rindo.

Tomo banho, coloco uma roupa e vou trabalhar, deixando os meninos na minha casa. Fico o dia pensando nas duras palavras do tom. É isso então? Um amor frustrado? Meu quase algo...sou idiota demais não é possível. Achei que por causa de uma noite e um término estaria tudo resolvido...

Mensagem bill🖤:

Que horas vai chegar em casa? Vamos em uma balada a noite!! Você é obrigada a ir com a gente!!

Aff...é quarta feira!!

Tem dia melhor para curtir?

___________________

Fico pensando na incrível proposta do Bill...moro aqui a um tempao e nunca fui em uma balada...me sinto uma idosa.

Chego em casa sete da noite direto pro chuveiro, me arrumo tranquilamente, seco o cabelo, faço umas ondas nele, escolho um vestido, faço minha maquiagem. E pronto...perfeito.

—aleluia! —Bill diz erguendo as mãos.

—já são dez horas? Como pode entrar em um paralelo quando vai se arrumar. —georg diz zangado.

—bla bla bla...vamos. —Digo pegando minha bolsa. Descemos até a garagem e vejo Tom e gustav escorados no carro...pode ser que eu tenha ficado meio desconfortável, não é como se tivesse sido normal ouvir aquilo do tom de boa.

—S/n...—ele diz curvando a cabeça.

—tom...—Digo fazendo o mesmo.

—gustav, georg e Bill...há tá todo mundo aqui vamos lá? —gustav diz entrando no carro.

Chegamos na balada e fomos para nosso lugar reservado pelo Bill, uma mesa com um sofá em U.
Os meninos foram pegar bebidas e deixaram tom e eu sozinhos. Era mais bizarro do que consigam imaginar.

—isso é patético...—Digo revirando os olhos.

—An? —ele diz se virando pra mim.

—a gente...ok, não vai rolar! Mas, não vamos deixar isso constrangedor a esse nível né? Não é como se fossemos estranhos. —Digo.

—Voce tem razão! Foi mal...mas, ficou estranho depois de ontem. —ele diz sorrindo. Fico sem reação apenas admirando...ele ainda era muito lindo, não tem como negar.

—Voltamos!! uma cerveja pro Tom e uma margarita pra Sn. Tchanan. —Bill diz largando as bebidas na mesa. Viro a taça que nem sinto...um pouco nervosa, sim.

Começamos a beber e curtir a festa, entre nós. Era divertido, Bill me puxou e fomos dançar na pista, tirava boas risadas de mim...era bom ter eles novamente. Nunca fui tão sincera na minha vida quando disse aquilo no carro pro tom.

Danço com sensualidade, passando a mão nos meus cabelos. Meus olhos vão de encontro aos do Tom, que me encarava fixamente, um olhar feroz...enquanto mexia no seu piercing na boca e passava o dedo na borda da garrafa de cerveja. Acho que nem ele estava se dando conta de que nem disfarçava seu olhar sobre mim.

—Gatinha...solteira? —um homem moreno dos olhos verdes diz segurando em minha cintura. Eu concordo e começo a dançar com ele. Já estava um pouco bêbada, mas nada demais.

As mãos dele seguravam minha cintura firmemente, então me viro de costas, nossos corpos colados se mexiam conforme a batida da música. Ele afasta meu cabelo e beija meu pescoço. Mordo os lábios discretamente. E então sinto uma mão grudar meu braço, me arrastando do meio da pista.

—merda! Que susto Tom!! —Digo ajeitando meu vestido.

—Que merda tá fazendo? —ele pergunta irritado.

—O que...—Digo confusa e ele apenas bufa.

—Ele ia comer você no meio de todo mundo e você ia deixar? —Tom diz saindo bravo, fico sem entender nada. Que grosseiro!! Volto para nossa mesa e ele estava sentado com os meninos. Serro os punhos e caminho na direção dele.

—Você que deu um fora em mim Tom! Porque se preocupa tanto com minha vida sexual?! —Digo brava.

—Deu um fora nela? —georg diz confuso.

—vish...—Bill diz chocado.

—S/n não vou bater boca com você...—Tom diz se levantando, olhando em volta pra ver se alguém tinha escutado, mas a música estava alta demais pra qualquer um em volta ouvir.

—Não é bater boca Tom! Você tambem quis aquilo...não tinha como eu fazer sozinha. Depois aparece querendo comprar meu quadro e depois diz que não gosta de mim e não sente atração, aí me seca dos pés a cabeça e me tira dos braços de outro cara. Tudo isso em menos de três dias...qual é a sua?! —Digo irritada, toda a diversão da noite foi por água abaixo.

—Vai ficar gritando sozinha. —ele diz esbarrando em mim e indo embora. Fico incrédula com isso...que escroto!

—S/n...—georg diz segurando minha mão, mas eu puxo ela, pego minha bolsa e saio brava atrás dele.

—deixa ela ir geo...não vamos entrar com flechas em fogo cruzado...—Bill diz segurando georg.

Caminho as pressas pelo estacionamento, Tom estava entrando no carro, tiro o salto pra tentar alcançá-lo mais rápido, mas ele arranca cantando pneu...argh!! Não tinha alguém menos complicado pra se apaixonar sn...

Fico parada no meio do estacionamento com meu salto na mão, olhando para a direção que ele foi. Não queria voltar pra balada e mostrar minha tentativa frustrada de arranjar respostas do comportamento idiota do Tom.

Que se dane, vou ir embora caminhando...

A irmã do meu melhor amigo -Tom kaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora