CAP - 18

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Após o casamento da lanis, voltamos para NY e o clima entre eu e o Eric começou a esfriar, obviamente porque sentia a culpa me corroer...porque não conseguia esquecer aquela noite com o tom.

Um dia antes da exposição de verão da galeria, terminei com ele...após 3 anos juntos.

—Não posso seguir ao seu lado se não consigo nem ser fiel a você...—Digo sentindo lágrimas saírem dos meus olhos. Ele caminhava pelo apartamento com as mãos na cintura

—Eu estava preocupado com você! E você estava transando por aí...vai se foder s/n! —ele diz irritado.

—Sinto muito...não queria causar isso em você! —Digo secando os olhos.

—Tá chorando?...so pode ser piada, vai se arrepender agora? Não adianta, acabou! —ele diz se sentando com as mãos na cabeça.

—Não são de arrependimento...é alívio. —Digo erguendo minha cabeça.

—que...—ele diz confuso.

—Não me arrependo do que fiz com o tom, sim o que fiz com você. Agora me sinto livre, pois nao vou carregar uma mancha de ter traído você e fingir que ta tudo bem. Você é ótimo, mas nossos mundos não compartilham dos mesmos interesses. Eu odeio esgrima, você só falava sobre isso. Por uma noite seria sobre mim, minha vida antes de você...e você me machucou e ameaçou. Talvez no fundo eu nem me arrependo de ter feito aquilo. Se irá te fazer se sentir melhor, pode dizer que terminou comigo porque eu te trai. Mas a verdade é que eu terminei, porque eu não aguentava mais seu mundo perfeito, falso e frio! Que só era alguém perto dos outros...argh vai embora daqui eric, acho que nao temos nada pra resolver. —Digo abrindo a porta do apartamento.

—Você é a pior! Espero que sua vida seja uma merda. —ele diz indo embora da minha casa.

Noite da exposição:

—Lindinha! Você vive no mundo da lua nao é? Vamos começar a exposição, sou suspeito a falar, mas você arrasou muito nessa obra...memórias proibidas? Que título, da pra interpretar de tantas formas...quando disse que iria fazer algo sobre memórias, achei que seria mais delicado...mas isso é sexy e confidencial. Perfeito, perfeito!! —Osmar diz mega animado.

—me inspirei um pouco após a viagem...—Digo cruzando as mãos e apoiando meu queixo.

—Se eu soubesse tinha mandado você pra Alemanha antes. —ele diz me beijando no rosto e saindo.

Fico parada ao lado do quadro, esperando os visitantes. Ia ser a estreia de verao em nova York, junho começa a aquecer por aqui. Então a galeria se voltou para algo hot...

Começo a dar atenção para os visitantes e estava tudo mágico...talvez nem sempre fosse feliz e satisfatório...mas aqui, me sinto no meu lugar de paz.

—Incrível...quando custa? —alguém pergunta, me viro sorrindo gentilmente, respondendo o homem antes de olhar para ele.

—desculpa não está a venda...—Digo e olho para o homem, meu corpo recebe uma pequena onda de choque ao vê-lo. —Tom...

—Porque expor algo que não venderia? Quanto custa? —ele pergunta novamente. Fico nervosa, mas tento esconder.

—Não estou vendendo, apenas mostruário para encomendas de artes particulares. —Respondo gentilmente, pois havia mais pessoas a volta e precisava me manter discreta.

—Me dá um valor. —ele insiste.

—700. —Respondo cruzando os braços.

—só isso? 700 mil? —ele diz pegando o cartão.

—com licença. —Digo para as pessoas ao redor e puxo Tom para um canto. —o que tá fazendo aqui?! —pergunto cruzando os braços.

—Chegamos ontem, vamos fazer um show amanhã em uma arena de NY, teria te contado, mas saiu as pressas da casa. —ele diz tranquilamente.

—Não...a banda é vocês! Caramba Osmar! —Digo brava.

—o que? Já sabia? —ele diz surpreso.

—A arena é o desfile contemporâneo do Osmar...tudo que ele faz é diferente, óbvio que teria uma banda de rock. —Digo suspirando.

—Seu irmão tá aqui também. Não se preocupa, não vim perseguir você. —ele diz próximo ao meu ouvido e vai embora, olho para o salão e vejo os outros admirando alguns quadros.

—Lindinha!! Preciso que leve meus convidados de honra para minha sala, pode fazer isso? —Osmar diz se aproximando.

—deixa eu adivinhar, é a banda tokio hotel? —pergunto vendo os quatro conversando no meio do salão.

—Perfeito!! Você é a melhor. —ele diz animado, era bom ver Osmar feliz, a galeria ia bem, a agência de moda também. Ele deve tomar banho com notas de cem dólares.

—Oi meninos, sou a assistente do Osmar, podem vir comigo? —pergunto para eles.

—quanta formalidade. —georg diz rindo. Caminhamos até a sala do Osmar, sei que poderia ser só um reencontro normal, mas não faz uma semana que tudo aconteceu.

—querem algo para beber, tem chá, água, vinho, espumante. —Digo respirando fundo, fechando a porta da sala.

—Não, a gente tá de boa...como é seu nome mesmo? —Bill diz rindo.

—Ele nao faz ideia que conheço vocês, muito menos que um de vocês é meu irmão. —Digo me sentando na cadeira do Osmar.

—Nem que você dormiu com um de nós também pelo visto. —Bill diz sarcástico, me deixando envergonhada.

—nem precisa saber! Minha vida pessoal é particular. Osmar só sabe do que interessa a mim e a ele, artes! —Digo olhando para a paisagem da janela, os prédios iluminados e as ruas brilhantes de NY.

—Ah...é você que está aí. —Eric diz abrindo a porta.

—o que precisa? —pergunto, o tratando apenas como o contador/funcionário das relações. Como se não tivéssemos terminado a vinte e quatro horas.

—Preciso que o Osmar assine alguns papéis, para liberar o desfile amanhã! Entrega pra ele. —ele diz largando os papéis na mesa e saindo batendo a porta. Pego os papéis e guardo. Começo a mandar mensagens no celular a trabalho. Para ver o que faltava pra amanhã. Enquanto isso os meninos ficavam apenas sentandos me olhando.

—Oi, você pode me ajudar? Não consigo acertar o ponto desse vestido. —uma das modelos entra na sala.

—claro! —Digo sorrindo, ajudo ela com o vestido e começo a trabalhar pelo celular novamente.

—Tem mais esses aqui, mas ele disse que você pode assinar. Tem que ser agora que eu tenho mais o que fazer. —Eric diz entrando na sala, suspiro e vou até a porta assinando os papeis e batendo a porta na cara dele.

—Agora entendi porque você não retorna nossas mensagens. —georg diz surpreso.

—Eu não me afastei por arrogância...tudo aqui é muito corrido. —Respondo enquanro mexia no celular.

—não usa sua aliança pra trabalhar? —Bill pergunta, mesmo que tenha sido quase inexistente pude ver a atenção do tom, aguardando minha resposta.

—Não estou mais namorando Bill. —Respondo friamente. E eles ficam surpresos. Tom parecia não ligar.

—Lindinha, obrigado por cuidar disso pra mim! Aproveita a exposição. —Osmar diz entrando na sala, eu apenas sorrio e saio, fecho a porta lentamente. Pude ver tom me olhar discretamente.

Ele é tão...neutro! Não demonstra interesse, é frio, gélido...não sei se é um jogo de interesse ou apenas um lance que aconteceu.

A irmã do meu melhor amigo -Tom kaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora