Amélia Ferrari
Lurdes parece irredutível quando peço para ela ir para casa que eu dei o dia de folga para ela.
— Não sei se o senhor Renzo vai gostar disso, tenho que fazer o almoço para vocês ainda.
Do que adianta me casar se não tenho moral alguma nessa casa? Renzo é ditador de tudo e as pessoas têm medo de desobedecê-lo, não sei por que esse medo todo. A razão pela qual quero dar folga para Lurdes é que, como esposa, quero preparar o "almoço" para o meu querido marido, não apenas uma comida qualquer, mas uma que seja incomível. Se Renzo quer uma esposa, então terá uma. Vou fazer o meu papel.
— Eu vou fazer o almoço — argumento, ela me olha sem graça coçando a cabeça.
— Você sabe ao menos cozinhar? — Franzo o rosto.
— Não deve ser tão difícil. Lurdes, por favor, eu só quero surpreender o Renzo, então pode tirar o dia de folga.
Ela ainda não parece convencida.
— E se ele me demitir por isso? Eu preciso desse emprego. O senhor Renzo não gosta quando faço as coisas sem consultá-lo.
— Eu me responsabilizo. Se ele não gostar, ele não vai te demitir.
— Ok... Mas se precisar de ajuda, é só me ligar — assinto e a levo até a porta e, quando ela sai, suspiro aliviada por finalmente ter saído.
Vamos ao trabalho então.
Começo a fazer a comida, faço um macarrão e coloco muito sal, pimenta e um monte de ingredientes que nem sei o nome. Faço um suco e, ao invés de açúcar, coloco sal. Isso tem que funcionar para Renzo querer se separar de mim o quanto antes. Arrumo a mesa e espero até ele chegar na sala.
Renzo entra pela porta 1 hora depois. Me cumprimenta e entra no seu quarto e depois volta sem as roupas formais de trabalho, mas com roupas casuais. Afinal, hoje é sábado e ele não vai voltar para a empresa hoje, vai trabalhar em casa como sempre ou então vai encher a cara em um bar noturno e dormir com qualquer mulher.
— Cadê a Lurdes? — pergunta, sentando em sua cadeira.
— Dei o dia de folga para ela — respondo, pegando o prato para nós dois.
Renzo estreita os olhos para mim.
— Você deu folga a ela com autorização de quem exatamente?
— Minha? Eu sou sua esposa, não é marido? — Finjo de tonta.
Ele revira os olhos, sirvo o macarrão para ele e o encaro com expectativa.
— Saiba que não gosto quando fazem coisas sem me consultar antes, prefiro ser avisado antes.
Me seguro para não retrucar e ser o mais gentil que posso.
— E eu queria fazer o almoço hoje, não faço nada nessa casa e eu queria ser útil em algo.
Ele me encara por um momento e desce o olhar para o prato de macarrão em sua frente.
— Você que fez?
— Sim.
— Dessa vez vou deixar passar, Amélia, mas é melhor me avisar da próxima vez — sua voz é gélida. Sento na cadeira depois de me servir e espero ele dar a primeira colherada, porque nem doida que eu vou comer isso aqui, está ruim demais.
Renzo coloca o macarrão na boca, mastiga e no mesmo instante cospe a comida com uma cara de nojo.
— Que merda é essa?! — ele torce, entrego o suco para ele tomar. Renzo bebe o suco e cospe por causa do sal que coloquei.
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Uma Aliança De Contrato
RomanceAmélia Ferrari acaba de voltar do internato de Londres depois de 3 anos. Ela só não imaginava que esse tempo fora viria cheio de surpresas, começando com algumas notícias sobre sua família circulando pelo país e a decadência da empresa da família. N...