Renzo Santoro
Tamborilando uma caneta entre os dedos, minha mente está em outro lugar enquanto agora mesmo tem uma reunião do conselho de diretores, nenhum satisfeito com como a empresa está. Ou simplesmente estão irritados com a nossa imagem para o mundo externo, como se eu pudesse controlar o que as pessoas falam a meu respeito. Não me importa quantas entrevistas a imprensa eu tenha dado, as pessoas acreditam no que querem acreditar. Para desmanchar essa imagem que estou carregando lá fora é só achar o culpado para limpar o meu nome. No mundo empresarial, isso tem que ser o quanto antes, mas uma falha minha e isso vai virar outra coisa; meu afastamento da empresa. Até meu digníssimo pai está aqui hoje, concordando com tudo que os outros dizem: que sou um incompetente e que outra pessoa deveria assumir o cargo de CEO. Meu próprio pai está jogando contra mim, eu poderia ficar irritado, mas estou cansado demais para sequer falar algo em meu favor.
— Todo mundo sabe que é mentira as acusações contra o Renzo, então não pode afastar ele por uma mentira que inventaram! — Natalie contesta irritada.
— Mentiras essas que estão afetando toda a empresa, os negócios estão caindo por causa dele! — retruca o meu tio.
Alguns acionistas murmuram concordando com ele, hipócritas.
— Não é culpa dele que a imprensa vem com tudo para cima dele! E de que lado você está? Ele é seu sobrinho, devia ficar do lado dele, não contra ele!
Meu tio dá um sorriso amargo.
— Eu escolho o lado da qual não vai nos afundar, querida Natalie.
— Chega! O Renzo não tem levado a sério a proposta de administrar a nossa empresa. A arquitetura Santoro sempre foi renomeda no mundo todo, mas agora, com todas essas notícias, nossa imagem está manchada e por isso, hoje iremos decidir se Renzo fica ou sai do cargo de CEO — meu pai diz, posso sentir minhas respiração se descontrolar de raiva e minha mandíbula se contrai. Como eu odeio esse homem, me fez ser frio e calculista somente para assumir essa maldita empresa e agora quer me tirar dela?
— Teremos os votos então — diz Ramiro, um acionista.
— Não deveríamos pensar sobre isso primeiro? — Diego fala tenso, me dando um olhar de cumplicidade. Deve ser um dos únicos, além de Natalie, que não está contra mim.
— Verdade, não podemos simplesmente voltar hoje com os nervos à flor da pele. Devemos pensar com calma e marcar um dia para votação — Lara argumenta.
Pelo menos até agora tenho três do meu lado, só falta 14 agora, perceba a ironia.
Meu pai fica pensativo, me encarando com cara de poucos amigos. Não ouso dizer uma palavra sequer.
— Tudo bem, marcamos a votação para semana que vem, quinta-feira, no mesmo horário, aqui. Então decidiremos o futuro da empresa.
— Mas, Ivan, isso tem que ser decidido logo! — meu tio, Alex, protesta.
— Já está decidido, Alex. Semana que vem decidiremos, reunião encerrada — dispensa a todos.
Me levanto da cadeira, pronto para sair desse lugar, mas meu querido pai me ordena a permanecer onde estou enquanto os outros saem. Natalie me dá um olhar triste antes de sair.
— Nada disso teria acontecido se você tivesse feito o que mandei! Se tivesse se livrado daquela maldita criança antes, nada disso teria acontecido, Renzo. Você provocou sua própria destruição! — diz irado.
Cerro os punhos, me segurando para não lançar um soco no rosto dele, que há anos imagino dando, mas nunca o fiz. Se fizesse, é capaz de eu ser morto.
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Uma Aliança De Contrato
RomanceAmélia Ferrari acaba de voltar do internato de Londres depois de 3 anos. Ela só não imaginava que esse tempo fora viria cheio de surpresas, começando com algumas notícias sobre sua família circulando pelo país e a decadência da empresa da família. N...