Capitulo 16

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                Amélia Ferrari

Eu chamei uns caras para tirar algumas coisas do apartamento para levar para doação. Já que Renzo falou que eu podia fazer o que eu quisesse no apartamento, estou fazendo isso exatamente agora, mas é claro com a intenção de irritá-lo. Duvido que depois que chegar no apartamento, ele não vai ficar furioso.

— Amélia, você tem certeza que quer fazer isso? Não acho que Renzo vai gostar disso — Lurdes diz apreensiva.

Não acho que ele goste mesmo.

— Fica tranquila que ele mesmo falou que eu podia fazer o que eu quisesse. Aqui tem móveis demais, vou dar um pouco de cor nesse apartamento.

Lurdes balança a cabeça e me olha como se eu fosse louca.

— Levem essa cômoda, já tem duas. Aquele abajur... Essa cortina cinza também, aquelas coisas ali também... — Instruo os ajudantes e logo eles levam as coisas para baixo e voltam.

— Me sigam — Chamo eles até o quarto de Renzo, mando eles pegarem um monte de coisas e levarem para baixo.

Renzo vai me matar.

Pago eles com o cartão de Renzo, afinal, são as coisas dele que estou tirando, né? Arrumo o apartamento com a ajuda da Lurdes, coloco muitas cores ao invés de só o preto que habitava nessa casa.

Algumas horas depois, ele aparece. Seu olhar se dirige por todo o apartamento com o rosto franzido.

— O que aconteceu no meu apartamento? — Ele indaga tentando manter a calma.

— Você disse que eu podia dar um toque meu — Dou de ombros. Ele se vira para mim, a mão no nariz tentando conter um grunhido de raiva.

— Um toque não reforma o apartamento inteiro. Nada dessa arrumação sua faz sentido. Cortinas azul e outra vermelha, mas que diabos é isso? Isso é um ataque ao designer de interiores.

Fico um pouco ofendida, mas não demonstro.

— Eu achei que gostaria.

— Não, eu não gostei. E para onde você levou minhas coisas?

— Eu dei para doação.

Ele me olha como se eu fosse louca.

— E ainda deu minhas coisas sem a minha autorização? Quer saber, vou para o meu quarto.

Renzo desaparece, indo para o quarto. Segundos depois, ouço ele gritar meu nome e vou até ele.

— Quem mandou você mexer no meu quarto?! — vocifera.

— Eu pensei que eu podia arrumar aqui também... — me faço de tonta.

Ele aperta os olhos.

— Não é possível, você está fazendo tudo isso de propósito, não é? Aquela comida horrível, o jeito que fica me irritando, a bagunça que anda fazendo nesse apartamento e quando trouxe sua irmã, fez daqui um parque de diversão. E hoje fez isso no apartamento. — Ele se aproxima, ficando frente a frente comigo, seu olhar gélido em mim. Mantenho silêncio. — Não vai dizer nada? É porque estou certo, não é? Posso imaginar por que está fazendo tudo isso...

Bufo, cruzando os braços.

— Ah é? Por quê, então?

— Porque quer, que eu te dei o divórcio, não é isso?

Aperto os dentes, dando um passo para trás.

— E vai me dar?

Renzo dá uma risada sem humor.

Uma Aliança De ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora