Capítulo 26

404 28 28
                                    

Fiquei com algum tipo de pane no sistema depois que Christopher tocou seus lábios nos meus, como se fosse algo que fazíamos todos os dias, com toda a naturalidade do mundo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Fiquei com algum tipo de pane no sistema depois que Christopher tocou seus lábios nos meus, como se fosse algo que fazíamos todos os dias, com toda a naturalidade do mundo.

Olhei para as meninas que estavam atônitas assim como eu, então sorri de leve, disfarçando o que tinha acabado de acontecer.

Me envolvi em alguma conversa que estava acontecendo no grupo, até que Christopher voltasse com as nossas bebidas. Agradeci e bebi um grande gole, tentando engolir junto toda aquela sensação estranha de apenas um toque de lábios.

— Dulce, posso falar com você? — Poncho disse do outro lado da mesa. O encarei enquanto bebia mais um pouco do mojito, e apenas assenti.

Larguei meu copo em cima da mesa e dei a volta, me afastando um pouco mais com Poncho, mas sem que perdesse a mesa de vista.

Senti olhos queimando em minha direção e sabia que Christopher estava nos observando.

— Vocês dois são um casal bem engraçado. — Ele riu em deboche, olhando para Christopher e depois para mim. Franzi a testa, sem entender aquele comentário. — Você sempre foi muito carinhosa com seus namorados, e com ele você parece... distante. — Ele deu de ombros e observou meu rosto, como se quisesse buscar algum tipo de vacilo em minhas feições.

— E eu sou, só não estamos acostumados a fazer isso na frente das pessoas. — Dei de ombros e mantive meu olhar no dele, tentando lhe passar certeza do que eu estava falando. — Nas duas vezes em que ficamos juntos, tudo ficou no sigilo. Isso é novo para nós dois. — Eu suspirei quando ele riu com escárnio e balançou a cabeça. — Poncho, eu acho que você precisa parar de implicar com a gente ou até mesmo deixar de sentir raiva de Christopher. Nem ele e muito menos eu temos culpa do que sentimos um pelo outro. — Meu amigo fechou a cara no mesmo segundo que eu terminei a frase, mesmo sabendo que ela era uma grande mentira.

— É que é tudo tão...absurdo. — Ele disse irritado. — Você prefere ficar com um cara que odiava a 1 mês atrás do que com alguém que te amou a vida toda. — O olhei com uma certa pena, ele parecia muito chateado.

— Poncho, já pedi para você não fazer isso. — Suspirei. — Eu não sei o que te dizer, porque eu... eu não... — Eu queria dizer que não sentia o mesmo, mas eu estava péssima por ter que machucá-lo daquela forma.

— Pode dizer, Dulce. — Ele disse com o semblante completamente triste. — Eu vi você casar com meu melhor amigo, não tem nada que possa me quebrar mais do que isso. — Meu coração apertou e decidi que eu odiava tudo aquilo.

Porra, Alfonso era um dos meus melhores amigos, como eu poderia simplesmente seguir com a minha vida sabendo que o estou machucando?

— Eu sinto muito, Poncho, mas eu te vejo apenas como amigo. — Ele comprimiu os lábios e assentiu, abaixando a cabeça. — Para ser sincera, eu só soube desses sentimentos por mim há pouco tempo.

Nossa maior mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora