Três grandes famílias são sócias de uma rede de cosméticos no México. Um acidente muda todo o destino, trazendo uma briga de custódia à única criança que os unia. Uma proposta indecente é feita para que tudo saia exatamente como deve ser. Será que e...
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Fiquei com algum tipo de pane no sistema depois que Christopher tocou seus lábios nos meus, como se fosse algo que fazíamos todos os dias, com toda a naturalidade do mundo.
Olhei para as meninas que estavam atônitas assim como eu, então sorri de leve, disfarçando o que tinha acabado de acontecer.
Me envolvi em alguma conversa que estava acontecendo no grupo, até que Christopher voltasse com as nossas bebidas. Agradeci e bebi um grande gole, tentando engolir junto toda aquela sensação estranha de apenas um toque de lábios.
— Dulce, posso falar com você? — Poncho disse do outro lado da mesa. O encarei enquanto bebia mais um pouco do mojito, e apenas assenti.
Larguei meu copo em cima da mesa e dei a volta, me afastando um pouco mais com Poncho, mas sem que perdesse a mesa de vista.
Senti olhos queimando em minha direção e sabia que Christopher estava nos observando.
— Vocês dois são um casal bem engraçado. — Ele riu em deboche, olhando para Christopher e depois para mim. Franzi a testa, sem entender aquele comentário. — Você sempre foi muito carinhosa com seus namorados, e com ele você parece... distante. — Ele deu de ombros e observou meu rosto, como se quisesse buscar algum tipo de vacilo em minhas feições.
— E eu sou, só não estamos acostumados a fazer isso na frente das pessoas. — Dei de ombros e mantive meu olhar no dele, tentando lhe passar certeza do que eu estava falando. — Nas duas vezes em que ficamos juntos, tudo ficou no sigilo. Isso é novo para nós dois. — Eu suspirei quando ele riu com escárnio e balançou a cabeça. — Poncho, eu acho que você precisa parar de implicar com a gente ou até mesmo deixar de sentir raiva de Christopher. Nem ele e muito menos eu temos culpa do que sentimos um pelo outro. — Meu amigo fechou a cara no mesmo segundo que eu terminei a frase, mesmo sabendo que ela era uma grande mentira.
— É que é tudo tão...absurdo. — Ele disse irritado. — Você prefere ficar com um cara que odiava a 1 mês atrás do que com alguém que te amou a vida toda. — O olhei com uma certa pena, ele parecia muito chateado.
— Poncho, já pedi para você não fazer isso. — Suspirei. — Eu não sei o que te dizer, porque eu... eu não... — Eu queria dizer que não sentia o mesmo, mas eu estava péssima por ter que machucá-lo daquela forma.
— Pode dizer, Dulce. — Ele disse com o semblante completamente triste. — Eu vi você casar com meu melhor amigo, não tem nada que possa me quebrar mais do que isso. — Meu coração apertou e decidi que eu odiava tudo aquilo.
Porra, Alfonso era um dos meus melhores amigos, como eu poderia simplesmente seguir com a minha vida sabendo que o estou machucando?
— Eu sinto muito, Poncho, mas eu te vejo apenas como amigo. — Ele comprimiu os lábios e assentiu, abaixando a cabeça. — Para ser sincera, eu só soube desses sentimentos por mim há pouco tempo.