Bufei alto quando me dei conta que tinha pegado no sono no sofá da casa de Christopher.
Porra, achei que pudesse ser um pouco burra, mas a ponto de pegar no sono dessa forma?
Que caralho!
Sentei no sofá surpresa que nenhuma parte do meu corpo doía. Bom, pelo menos isso.
— O que achou da primeira noite na sua nova casa? — Olhei de cara fechada para Christopher que tinha um sorriso debochado no rosto e duas xícaras de café na mão.
— Garanto que você não vai querer ser a pessoa que me tira do sério de manhã cedo. — Falei passando a mão nos cabelos e os ajeitando.
— Talvez um café ajude esse seu mau humor. — Ele disse me alcançando a xícara.
O olhei entediada propositalmente. Depois peguei a xícara de café, assentindo com a cabeça em forma de agradecimento. Ele riu um tanto debochado e se sentou na outra ponta do sofá, onde estava na noite anterior.
Bebi um gole do café quente e sem açúcar. Fechei os olhos sentindo aquele sabor amargo e delicioso descer pela minha garganta.
Caralho, é café passado e não de máquina, igualzinho o do meu pai.
— Você aprendeu a fazer café assim com quem? — Perguntei com a testa levemente franzida. Ele riu pelo nariz.
— Me parece que você já sabe a resposta. — Eu assenti, me segurando para não sorrir. Ele é a última pessoa na face da terra que merece um sorriso meu às 7h da manhã.
— Você me tapou? — Falei olhando para o cobertor que ainda permanecia sobre as minhas pernas.
— Eu? — Ele deu uma risada debochada. — Você deve ter encontrado essa coberta por aqui. Deixo ela no sofá para quando preciso. — Ele deu de ombros e eu franzi a testa, porque não me lembrava de ter acordado no meio da noite e puxado uma coberta. — Hoje parece um belo dia para você começar a arrumar sua mudança. — Christopher mudou de assunto rapidamente, me despertando dos meus devaneios.
— Está ansioso para a minha mudança? — Usei um tom de deboche e ergui uma das sobrancelhas. Ele riu e balançou a cabeça, bebendo mais um gole do seu café.
— Ansioso demais para acordar todo dia com esse seu mau humor.
— Você não viu nada, Uckermann. Nada. — Falei rindo e bebendo mais um gole do meu café.
Apesar de odiar o fato de ter que deixar meu apartamento que tanto gosto, fico pensando em todas as trapaças que posso fazer para vê-lo irritado enquanto moramos na mesma casa. Não que eu precise me esforçar muito, sua paciência comigo é realmente pequena.
— Merda! — Falei lembrando rapidamente que Sol ficou sozinha. — Deixei Sol completamente sozinha. — Levantei, largando a xícara em cima da mesa de centro.
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Nossa maior mentira
RomanceTrês grandes famílias são sócias de uma rede de cosméticos no México. Um acidente muda todo o destino, trazendo uma briga de custódia à única criança que os unia. Uma proposta indecente é feita para que tudo saia exatamente como deve ser. Será que e...