Desde que acordei estou ignorando as mensagens de Christopher. Achei melhor não responder nenhuma, porque eu realmente estava nervosa naquele dia.
Estava a caminho da minha primeira ultrassom para ver se estava tudo certo com o bebê. E mesmo com Anahí e Maite tentando fazer de tudo pra que eu me distraia, eu estava realmente um poço de nervosismo.
Estava sentada na sala de espera, respirando fundo enquanto as meninas contavam fofocas da empresa, quando recebi outra mensagem de Christopher. Só que essa era diferente, pois falava que precisávamos conversar sobre o acidente.
Porque precisaríamos conversar sobre o acidente?
Meu coração apertou por alguns segundos, um sentimento de que algo estava errado e por isso respondi que no final do dia estaria em casa.
— Dulce María Saviñon. — Guardei meu celular e apertei a mão de Maite, levantando da cadeira.
— Quer que a gente vá junto? — Anahí perguntou e eu neguei.
— Não, está tudo bem. Vou sozinha. — Respirei fundo e caminhei em direção a enfermeira que havia me chamado.
Meu coração parecia que ia sair pela boca quando deitei na maca e puxei minha blusa para cima, revelando minha barriga que não indicava muita coisa por enquanto, apenas uma pequena saliência.
Suspirei e olhei para o teto, aguardando que o médico aparecesse para me atender. E bom, não demorou muito, pois assim que ele me cumprimentou, meu coração voltou a bater forte.
Apertei os olhos, sentindo um arrepio quando o gel tocou minha barriga. Eu havia esquecido dessa sensação, havia esquecido até mesmo como uma ultrassom era feita.
— Essa é sua primeira ultrassom, certo? — Ele perguntou mexendo o aparelho na minha barriga.
— Sim, mas é minha segunda gestação. A primeira não vingou. — Ele não respondeu, e eu também não vi se assentiu, pois eu seguia olhando para o teto. Era difícil demais para mim encarar a tela.
— Aqui está um coraçãozinho. — Meus olhos se encheram de lágrimas quando aquele som soou pelo ambiente. Eu tinha esquecido completamente o quanto aquilo era emocionante. — E aqui o outro coração. — O som parou e logo começou a tocar de novo. Uma lágrima escorreu do meu rosto e foi quando me dei conta.
— Espera, outro coração? — Perguntei finalmente olhando para a tela e vendo dois sacos gestacionais.
— Sim, são gêmeos. — COMO É QUE É?
Me calei completamente porque sabia que meu rosto dizia por si só todo o pavor que eu estava sentindo naquele momento.
Eu estava grávida.
Grávida de Christopher, com quem eu sequer tinha um futuro.
Grávida de gêmeos num casamento de mentira.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nossa maior mentira
Любовные романыTrês grandes famílias são sócias de uma rede de cosméticos no México. Um acidente muda todo o destino, trazendo uma briga de custódia à única criança que os unia. Uma proposta indecente é feita para que tudo saia exatamente como deve ser. Será que e...