Capítulo 25

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No dia seguinte, tomamos café em horários diferentes

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No dia seguinte, tomamos café em horários diferentes. Eu acordei mais cedo para correr e Dulce acordou mais tarde, apenas no tempo de tomar café da manhã e banho, se arrumar e sair.

Bom, pelo menos ela era pontual e estava pronta às 7h, mesmo com seu mau humor.

Não conversamos muito durante o trajeto. Já tínhamos batido sobre como agiríamos na empresa, e estava tudo certo. E não precisava de muita coisa, afinal, trabalhávamos em locais diferentes da empresa.

Entramos de mãos dadas na recepção, dando bom dia para todos e percebendo todos os olhares e burburinhos direcionados a nós dois.

Senti ela apertar minha mão de leve, mas ignorei, apenas parando em frente as escadas, onde ela seguiria para o laboratório e eu para meu escritório.

Nos olhamos por alguns segundos e me aproximei sem soltar sua mão. Dulce permaneceu no mesmo lugar e a sensação que eu tinha era que seus pés estavam cravados no chão.

— Estou avisando que vou beijar sua bochecha. — Cochichei bem baixinho, olhando em seus olhos, bem de perto.

Ela engoliu em seco e assentiu em silêncio. Em seguida eu estava dando um beijo mais demorado na sua bochecha.

Aquilo foi o suficiente para fazer meu coração disparar, e isso que eu mal tinha chego perto dela.

Nos olhamos rapidamente, sorrindo sem mostrar os dentes um para o outro, completamente desconfortáveis e nos distanciamos, cada um indo para o seu lado.

Tentei afastar qualquer sentimento ou pensamento em relação a Dulce enquanto entrava em meu escritório. Não podia deixar que ela entrasse na minha vida daquela forma de novo, sem sequer perceber.

Assim que coloquei minha pasta em cima da mesa, alguém bateu na porta.

— Entra! — Falei vendo Christian abri-la com um sorriso convidativo.

— Cara, queria tirar umas dúvidas com você sobre a diretoria e te fazer um... — Ele estava fechando a porta quando foi interrompido por um Alfonso que adentrava furioso.

— Quero falar com você, Christopher. — Ele disse sério e eu ergui uma sobrancelha. Será que ele acha que vai me causar algum tipo de medo dessa forma?

— Eu vou...volto depois. — Christian disse apontando para a porta e eu ergui a mão, pedindo que ele ficasse.

— Fica aí, Christian. Essa conversa sequer irá demorar. — Coloquei as mãos no bolso e encarei Alfonso com o semblante sério, pois realmente não estava gostando daquele tipo de atitude.

— Como você dorme a noite, hein? — Ele disse se aproximando da minha mesa. — Como consegue dormir à noite sabendo que traiu seu melhor amigo? — Eu praticamente gargalhei em deboche.

— Aí ai, Alfonso, você é muito hipócrita mesmo. — Balancei a cabeça e o encarei. — Quer mesmo falar sobre traição de melhor amigo?

— Quero sim, pois você roubou Dulce duas vezes de mim. Duas vezes! — Ele disse indignado, mostrando o número dois com os dedos. Eu sorri em deboche mais uma vez, pois ele estava mesmo me tirando do sério.

Nossa maior mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora