Capítulo 1

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11 anos depois

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11 anos depois

Meu dia foi completamente cheio, tanto que nem percebi a hora passar.

Desde que assumi a empresa, depois de terminar a faculdade, a única coisa que sei fazer é trabalhar. E tudo bem, assim não tenho tanto tempo para pensar em meus problemas pessoais.

Apesar de dividir a empresa com meus outros sócios (minhas irmãs e amigos de infância), eu sou aquele que mais está focado e cheio de trabalho. Isso porque fiquei com o cargo de CEO.

Não, eu não sou o mais velho, mas talvez (com certeza), sou o mais responsável e focado.

Eu fiz farmácia na faculdade e um MBA focado em administração de empresas. Era esse o sonho do meu pai, então apenas o realizei.

Quando era criança, sempre admirei seu amor pela Nina Beuty. Eu caminhava por toda a empresa ao seu lado, escutando ele contar sobre toda a sua trajetória e me explicar cada parte do processo. Eu conheço cada pedacinho dessa indústria por causa dele.

Sinto falta dele em cada parte desse lugar desde que ele se foi a 10 anos atrás. Seu falecimento foi uma surpresa, e chegou no mesmo dia de um dos seus melhores amigos. Os dois faleceram em um acidente, nos deixando de forma trágica.

Lembro que foi uma fase muito difícil para mim, mas superei focando nos estudos e no trabalho, realizando os sonhos dele, mesmo que não esteja aqui.

Respirei fundo enquanto olhava como minha agenda estava para o dia seguinte. Lotada e com reuniões importantes e...Droga! Reunião da diretoria, seguida da reunião do conselho. Serão mais de 3h tendo que aturar as implicâncias dela.

Faz exatamente 11 anos que eu e Dulce não conseguimos nos dar bem. Eu sei bem o motivo, mas achei que depois de um tempo tudo passaria e voltaríamos a ser amigos como éramos antes de nos envolvermos.

É claro que isso não aconteceu. Ela me odeia, e eu passei a detestá-la também, principalmente quando seu silêncio se tornou uma procura incansável por qualquer palavra que pudesse me atingir.

No início, até dei razão para as suas atitudes. Eu merecia, mas porra, já faz muito tempo que tudo aconteceu. Até quando essa raiva por mim poderia durar?

Despertei de meus pensamentos quando alguém bateu na porta do meu escritório.

— Pode entrar! — Camilla e Mariana enfiaram a cabeça para dentro do escritório ao mesmo tempo, com um sorriso simpático no rosto. — Por que mereço a visita das minhas duas queridas irmãs? — Levantei da cadeira.

Mariana caminhou em minha direção, enquanto Camilla fechava a porta atrás de si.

Ambas eram muito parecidas. Seus traços lembravam muito meu pai, principalmente pelo fato de que ambas eram morenas e com os lábios grandes, diferente de mim.

Nossa maior mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora