Capítulo 19

291 31 9
                                    

Uma semana nunca passou tão depressa como essa, mesmo que eu não quisesse que isso acontecesse

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Uma semana nunca passou tão depressa como essa, mesmo que eu não quisesse que isso acontecesse.

Eu mal estava conseguindo pregar o olho a noite, principalmente porque fazia dias que eu não via Santiago.

Inclusive, fiquei sabendo que Poncho o levava algumas vezes para passear ou até mesmo para o escritório em horários específicos, principalmente os que eu não estava ou que estava ocupado demais. Provavelmente uma forma de me punir por estar me casando com quem ele diz ser o amor da sua vida.

Alfonso sempre foi meu melhor amigo, mas fiquei sabendo sobre seu amor platônico por Dulce quando eu fiquei com ela pela primeira vez. Cheguei a pensar em abrir mão, mas deixei uma coisa levar a outra e por esse motivo, dei a ideia de escondermos de todos que estávamos juntos.

Fizemos isso muito bem, pelo jeito bem até demais. Ninguém nunca soube, pelo menos não até eu contar para Carla dias atrás.

E tudo bem Poncho estar chateado e com raiva, afinal, fiquei exatamente da mesma forma quando ele praticamente entregou Santiago nas mãos da sua irmã e do filho da puta de Filippo.

Saí de manhã cedo para correr e quando cheguei fui direto socar meu Saco de Pancadas, que ficava no sótão da minha casa. Eu realmente precisava extravasar toda aquela tensão que estava sentindo por conta do casamento que aconteceria no dia seguinte.

Eu sabia que o estresse poderia tomar mais conta de mim depois de tomar a decisão do casamento, afinal, eu ainda estava vivendo o luto da minha irmã e o fato de que minha mãe ainda estava em coma. Além de estar lutando na justiça pela guarda do meu sobrinho.

Apesar de saber que aquela loucura poderia resolver meus problemas, eu tinha noção do quanto poderia ser estressante e tomar mais do meu tempo do que deveria.

Fiquei cerca de uma hora desestressando no saco de pancadas e depois tratei de ir me arrumar para seguir para a empresa, exatamente no horário em que precisava estar pronto.

Quando estava saindo em direção a garagem, vi Dulce na entrada, indicando que alguns homens de uniformes cinza e bonés na cabeça, deixassem as caixas por ali mesmo.

— Bom dia! — Ela disse se virando para mim. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo com algumas mexas que caíam pelo seu rosto, e ela usava uma calça de moletom, tênis e uma t-shirt sem estampa alguma.

— Bom dia! — Falei erguendo o queixo para cumprimentá-la, mas me mantive sério, assim como ela. — Eu tinha me esquecido que você se mudava hoje. — Dei de ombros e ela riu pelo nariz.

— Está tudo certo, Christopher. Eu posso fazer isso sozinha. — Ela respondeu com o nariz empinado e completamente segura de si. Cocei o nariz e segurei minha vontade de rir.

Arregalei os olhos de leve quando os três homens diferentes de uniforme trouxeram mais caixas.

— Como você tem tanta coisa assim? — Ela ergueu uma de suas sobrancelhas e colocou as mãos na cintura.

Nossa maior mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora