Capítulo 46

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O dia seguinte foi difícil

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O dia seguinte foi difícil. Precisei fazer milagre para conseguir disfarçar os olhos inchados e as olheiras da noite anterior.

Desci as escadas e fui diretamente para a cozinha depois de ter me arrumado. Havia uma mensagem de Christopher em um post-it azul, grudado na geladeira.

"Sai mais cedo, pois tinha uma reunião. Pedi para deixarem o café da manhã pronto, é só acordar Santi e levá-lo para a escola depois. Obrigado!"

Fiz uma careta e rolei os olhos. Essa droga parece até um e-mail corporativo. Credo!

Me encostei na bancada e suspirei olhando o post-it que eu havia pegado na geladeira. Meus olhos se encheram de lágrimas novamente.

Ontem literalmente foi um dia merda!

Passei o dia todo pensando no que eu estava sentindo, e era um fato que eu havia me apaixonado de novo, que eu estava amando o mesmo Christopher que conheci há anos atrás e também sua nova versão adulta.

A sorte é que não coloquei nenhuma expectativa em cima disso, afinal, eu me afastei antes justamente por saber que, no momento em que ele encontrasse alguém mais interessante, me deixaria para trás.

Bom, se bem que agora, segundo ele, me deixou porque num futuro poderemos nos destruir.

Fala sério! Quem ele pensa que eu sou? Logo eu que fui corna bem na minha cama. Ele acha realmente que eu seria capaz de uma coisa dessa, entendendo na pele a dor que essa atitude causa?

Enfim, para mim, tudo isso é uma grande desculpa. Christopher não sabe amar e nem sequer deixou ser amado por alguém. E bom, não sou eu que vou gastar o meu tempo precioso querendo mudar isso. Afinal, ele deixou claro que é isso que pensa.

Depois de deixar Santiago na escola, fui para a empresa. Passei pela área corporativa, pensando em desabafar com Anahí e Maite, mas acabei desistindo. É óbvio que vou tomar um "eu avisei" bem na minha cara.

Então, apenas segui para o laboratório, certa de que eu poderia me manter intacta aqui, pois estavam bem longe da sala daquele idiota egoísta do caralho.

Suspirei quando me sentei na minha cadeira, e foi quando o telefone empresarial tocou. Rolei os olhos, mas atendi.

— Dulce María, diretora de produto e teste. Posso te ajudar em algo? — Espero que não!

— Oi Sra. Dulce María, aqui é a secretária do Sr. Uckermann. Ele está solicitando por você na sala dele. — Senti meu sangue ferver de raiva. Isso é sério?

— Você pode... — Comprimi os lábios me dando conta que eu não podia mais mandar ele para a casa do caralho pela secretária porque éramos casados. — Sobre o que seria?

— Ele está com dois novos clientes que querem um produto específico. Ele pode te explicar melhor quando você subir. — Ela deu uma risadinha abafada pelo telefone. — Você poderia agora?

Nossa maior mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora