Acordei sentindo meu corpo completamente relaxado. Aquela era a primeira vez em meses que eu dormia sem hora para acordar.
Me espreguicei, me esticando completamente pela cama e então me dando conta de que Dulce e Santiago não estavam mais lá.
Abri os olhos e sentei devagar, olhando pelo quarto e não vendo nem mesmo Sol em sua caminha ao lado de onde Dulce estava dormindo. Franzi a testa e passei a mão no rosto, me sentindo um pouco sonolento ainda.
Levantei e fui direto ao banheiro, fiz minhas higienes e respirei fundo me olhando no espelho enquanto escovava meus dentes. Eu não tinha ficado tão bêbado, mas com certeza bebi o suficiente para ver Dulce com outros olhos.
Lembrava do quanto ela ainda estava linda com o vestido de noiva quando chegou em casa. É como se não tivesse passado horas atendendo e abraçando pessoas que a parabenizaram. Ela estava intacta.
Depois, a convidei para dormir comigo. Claro, eu já tinha isso em mente por causa de Santiago, mas não imaginei que seria tão difícil, ainda mais depois de praticamente rolar com ela na minha cama e pedir que ela me chamasse pelo apelido que apenas ela me chamava.
Sério, qual é a porra do meu problema?
Balancei a cabeça, tentando de tudo para afastar aqueles pensamentos absurdos que passavam pela minha cabeça e desci as escadas, escutando um barulho que vinha da cozinha.
Franzi a testa quando vi Dulce mexendo em algo no fogão, enquanto Santiago estava sentado no chão da entrada, brincando com Sol. Eles cantavam uma música, o que me fez sentir diferente, como se minha casa ficasse parecendo mais casa do que antes.
— Bom dia, titio dorminhoco! — Santiago disse assim que me viu, abrindo um sorriso.
— Bom dia campeão! — Percebi que Dulce me olhou e logo abaixou a cabeça, continuando a fazer o que estava fazendo. O cheiro era bom, mas estranhei por ela estar cozinhando.
— O que está fazendo? — Me aproximei da bancada. — Aqui em casa quem faz essas coisas é a Paula.
— Eu conheci ela quando acordei com Santi, mas dei o dia de folga. — Ela deu de ombros e eu a olhei incrédulo.
— Folga? — Ela assentiu sem me olhar. — Com que direito? — Eu perguntei em um tom mais baixo.
— Christopher, hoje é domingo, não tem porque mantermos ela aqui num dia que qualquer pessoa deveria estar em casa. — Ela me olhou com aquele olhar julgador e eu bufei. — Eu sei cozinhar, e podemos muito bem nos virarmos um dia sem ela.
— Você sabe cozinhar? — Perguntei em tom de deboche. — Assim como eu, você também cresceu com cozinheiras, Dulce María.
— Mas diferente de você, Uckermann, eu tive que me virar sozinha no intercâmbio, dividindo apartamento com amigas. — Ela sorriu com ironia. — Confia em mim uma vez na sua vida. Garanto que vai morder a língua assim que provar meu café da manhã. — Ela piscou e desligou o fogo, terminando o que estava fazendo.
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Nossa maior mentira
RomanceTrês grandes famílias são sócias de uma rede de cosméticos no México. Um acidente muda todo o destino, trazendo uma briga de custódia à única criança que os unia. Uma proposta indecente é feita para que tudo saia exatamente como deve ser. Será que e...