Três grandes famílias são sócias de uma rede de cosméticos no México. Um acidente muda todo o destino, trazendo uma briga de custódia à única criança que os unia. Uma proposta indecente é feita para que tudo saia exatamente como deve ser. Será que e...
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Me mexi de um lado para outro por pelo menos uma hora.
Eu estava extremamente cansada. Meu dia tinha sido intenso e cheio de reviravoltas, e por isso me sentia exausta, mas não conseguia pegar no sono.
As palavras de Christopher iam e voltavam na minha mente. Minha razão dizia para que eu desse um tempo para minha cabeça, mas o meu coração... Ah, esse implorava para estar com ele.
Eu sempre segui meu coração, mas minha razão dizia que com Christopher eu deveria ter cautela. Afinal, eu já tinha me machucado por causa dele, e não queria sentir tudo aquilo novamente.
Mas, eu não conseguia pregar o olho, mesmo que meu corpo implorasse por descanso. Eu precisava dormir e por isso escutar meu coração talvez não seja um grande problema.
Mordi o lábio inferior nervosa quando me levantei da cama. Eu sabia que o que eu estava prestes a fazer podia me trazer arrependimento pela manhã, mas naquele momento era isso que eu precisava.
Caminhei até o quarto da frente em passos leves. A porta estava entreaberta. Ele sempre fazia isso para poder escutar Santiago, caso ele o chame.
Estava escuro, mas eu sabia o caminho certo, então abri a porta devagar e caminhei até sentir a cama bater nas minhas pernas.
Puxei a coberta depois de tatear a cama, e me deitei, me aproximando de Christopher, que rapidamente envolveu as mãos na minha cintura e me puxou para si.
— Achei que estivesse dormindo. — Sussurrei, aproximando meu rosto do dele.
— Eu estava, mas aí escutei alguém entrar de mansinho. — Meus olhos se acostumaram com a escuridão e foi assim que vi ele sorrir.
— Não estava conseguindo dormir, eu... — Mordi o lábio inferior. — Talvez aqui eu consiga.
— Tudo bem. — Ele disse, logo me puxando mais para si e beijando minha testa. — Boa noite, Dul.
— Boa noite. — Sussurrei, me aconchegando em seus braços e sentindo meu corpo relaxar rapidamente.
Levantei meu rosto para olhá-lo, vendo-o de olhos fechados, exausto. O admirei, não sabendo decifrar sua beleza. O rosto assimétrico e perfeito, mesmo com a barba meio que por fazer.
Passei os dedos pela sua boca e depois afundei as mãos em seus cabelos, acariciando seu coro cabeludo. É absurdo pensar que ele sempre foi meu e que eu nunca me dei conta disso.
Senti minhas pálpebras pesarem e o sono tomar conta de mim. Afinal, era disso que eu precisava para dormir.
Céus, eu ficaria em seus braços para sempre.
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Despertei no dia seguinte e franzi a testa ao não ver Christopher ao meu lado.
