Capítulo 28

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Apesar da conversa estranha que havíamos tido sobre amor, fiquei por perto para lhe ajudar com o que precisava ser feito durante o dia

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Apesar da conversa estranha que havíamos tido sobre amor, fiquei por perto para lhe ajudar com o que precisava ser feito durante o dia.

Ele se levantou para comer, mas tudo parecia um sacrifício, como qualquer homem que ficava doente.

É incrível com uma gripe é capaz de deixar a testosterona se arrastando.

Conversamos pouco, porque tanto eu como ele estávamos concentrados demais em coisas do trabalho para ter mais uma conversa profunda como a que tivemos mais cedo.

O observei uma vez ou outra, parecia que o remédio estava demorando para fazer efeito e a febre não baixava de forma alguma, talvez porque ele ainda não tinha realmente descansado.

Jantamos e dispensei Paula depois que ela terminou de lavar a louça. Disse que dava conta das coisas sozinha. Ela pareceu preocupada, mas acabou indo.

Terminei o último relatório no fim da noite e fechei o computador, virando o rosto para olhar para Christopher que havia adormecido com a mão em cima do corpo de Sol.

Eu ri pelo nariz. Era engraçado o quanto ele tinha perdido o medo de cachorro rapidamente depois da primeira vez em que passou a mão em Sol.

Larguei meu computador em cima da mesa de centro e me levantei, para medir a temperatura de Christopher novamente, mas não foi necessário, pois o vi soar e parecer com frio. Sinal de que a febre estava indo embora.

Peguei a coberta que sempre ficava no sofá e o tapei, pegando o pano com água morna e passando em sua testa, o vendo começar a bater os lábios.

— Meu Deus, será que isso é normal? — Falei baixinho, realmente ficando preocupada, pois ele tinha os lábios brancos e secos.

— Mãe! — Ele resmungou ainda de olhos fechados. Franzi a testa, certamente ele estava dormindo e sonhando.

— Não, Christopher, sou eu. A Dulce. — Falei baixinho sem parar de passar o pano úmido em sua testa.

— Porque você fez isso, mãe? — Seu tom parecia de choro e parei de passar o pano molhado em sua testa para entender o que estava acontecendo. — Vocês estavam se beijando, vocês...não. — Ele balançou a cabeça com a testa franzida.

Christopher permanecia de olhos fechados e me dei conta de que estava sonhando, delirando sobre alguma coisa que já havia acontecido entre ele e sua mãe. O que fazia sentido, já que eles não tinham uma boa relação.

Mordi o lábio inferior, pois estava preocupada, mas algo dentro de mim dizia que seria pior acordá-lo. Meu instinto dizia que o melhor que eu fazia naquele momento era continuar tentando diminuir sua febre, então continuei a passar o pano molhado em sua testa.

— Como não vou contar para ele? É meu pai! — Algumas lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto e senti meu peito apertar. — Eu não posso ter segredos com meu pai, não é ju...justo.

Nossa maior mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora