Capítulo 4

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Chegamos ao hospital e caminhamos em direção a recepção da emergência em passos largos

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Chegamos ao hospital e caminhamos em direção a recepção da emergência em passos largos.

Eu podia escutar meu coração batendo dentro do peito de agonia e ansiedade, enquanto a atendente pedia para que esperássemos que alguém responsável pelo atendimento viesse falar com a gente.

Eu não conseguia tirar meus olhos dele. Christopher estava preocupado, passava a mão na cabeça o tempo todo, largando suspiros de ansiedade.

— Christopher! — Virei o rosto e vi Alfonso se aproximar do amigo, tão preocupado quanto. — O que está acontecendo? — Ele perguntou ofegante.

— Eu não sei. — Christopher disse quase em um sussurro. — Estamos aguardando. — Poncho virou o rosto e foi assim que me viu.

— Sr. Uckermann e Sr. Herrera? — Um médico de uniforme de cirurgia nos chamou, e Christopher caminhou nervoso para perto dele, seguido de Poncho.

Cruzei os braços em silêncio e me aproximei um pouco, apenas para escutar.

— Somos nós, Doutor. — Poncho disse com a voz embargada. — Pode nos dizer o que está acontecendo?

— Seus familiares sofreram um acidente de carro e vieram para nossa emergência. — O médico disse com tranquilidade. — Santiago Herrera estava muito bem preso à cadeirinha, então apenas teve um braço quebrado, que já foi imobilizado. — Ele disse colocando as mãos dentro do bolso do jaleco branco. — Alexandra Uckermann teve uma contusão, costelas e pernas quebradas. Nesse momento ela está em cirurgia.

— Meu Deus! — Escutei Christopher sussurrar e olhar para o lado, perdido.

— E quanto ao meu irmão, doutor? Martín e a esposa, onde estão? — Poncho perguntou com a voz trêmula, certamente com medo da resposta.

— Eu sinto muito. — Eu senti meu peito apertar naquele momento, pois eu sabia que o pior viria a seguir. — Eles não resistiram.

O corpo de Poncho foi para trás, enquanto minha mão foi diretamente para a minha boca, quase como um tapa.

Eu estava horrorizada e sentia como se algo estivesse levando minha alma embora. Eu tinha acabado de perder dois grandes amigos de infância, e parecia um banho eterno de água fria.

Novamente eu estava perdendo pessoas importantes para mim, e sentia meu corpo inteiro formigar pela dor que me invadia.

Tomei um susto quando Christopher socou a pilastra no meio do hospital, obviamente machucando a mão. Mas, eu sabia que ele não se importaria, pois sua dor interna era muito maior.

Eu precisava ser forte. Precisava me recompor. Eu perdi dois amigos, enquanto Poncho e Christopher acabaram de perder os irmãos.

Dei alguns passos em direção a Christopher. Eu sentia necessidade de confortá-lo nesse momento, mas então, Poncho começou a gritar e a derrubar tudo do hospital que via pela frente.

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