Três grandes famílias são sócias de uma rede de cosméticos no México. Um acidente muda todo o destino, trazendo uma briga de custódia à única criança que os unia. Uma proposta indecente é feita para que tudo saia exatamente como deve ser. Será que e...
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Só me dei conta que minha mão estava nas costas de Dulce quando chegamos na sala de visitas, em encontro com Mariana.
Deslizei minhas mãos por suas costas, mas ela pareceu não se importar, nem mesmo quando as retirei. Ela estava focada em abraçar minha irmã e beijar sua testa.
Enquanto eu, eu estava preocupado demais com o fato de talvez Dulce ter escutado algo da minha conversa com a minha mãe.
— Ela está melhor? — Mariana perguntou levantando-se assim que nos viu. Sua aparência estava realmente abatida, mas ela continuava preocupada.
— Sim, ela se acalmou depois que você saiu. — Eu disse sorrindo de canto. — Conversamos melhor sobre a guarda de Santiago. Ela ficou um pouco relutante, mas não tem escolha. — Mariana assentiu e Dulce alisou suas costas, fazendo-a olhar para ela.
— O que acha de ficar lá em casa hoje, Lali? — Mariana franziu a testa. — Não queremos que você fique sozinha em casa, pelo menos não hoje. Pode ser?
— Mas, estava pensando em ficar aqui no hospital hoje que a mamãe acordou. — Sua voz parecia um pouco trêmula e suspirei.
— Você precisa descansar, Lali. A enfermeira que temos contratada pode ficar com ela. — Dei de ombros e Mariana me olhou com a testa franzida.
— Eu sei que você tem problemas com ela, Ucker, mas não posso deixar nossa mãe com uma enfermeira depois de ter acordado de um coma. — Ela não foi grossa, mas seu tom de voz foi firme, como se aquilo fosse óbvio.
— Porque não fazemos assim... — Dulce a olhou com um sorriso nos lábios. — Vou ligar para minha mãe, ela me ligou algumas vezes querendo saber da Ale. Tenho certeza que ela vai ficar feliz em poder fazer companhia para a amiga, e assim você poderá descansar. O que acha? — Mariana pareceu olhá-la pensativa.
— Isso não vai atrapalhar sua mãe? — Dulce negou com a cabeça.
— Claro que não, ela vai ficar feliz de verdade em poder ficar aqui. — Ela sorriu. — Vou ligar para ela e confirmar, ok? — Mariana assentiu e Dulce saiu com o celular na mão para ligar para sua mãe.
— Posso pedir também para alguma amiga ficar comigo em casa ou até mesmo Peter. — Ela disse me olhando. — Não quero atrapalhar sua fase de recém casado.
— Você não está atrapalhando nada, pequena. — Falei a abraçando. — Fora que isso foi ideia da Dulce, ela realmente está preocupada com você sozinha desse jeito. — Beijei seus cabelos.
— Eu sei, ela me perguntava todo dia desde o acidente se eu estava precisando de alguma coisa. Inclusive, antes de vocês se casarem, ela e Peter apareceram lá em casa para dormir comigo. — Ela riu pelo nariz. — Fico feliz que a gente ainda tenha os dois. A Dulce é como uma irmã pra mim e agora mais ainda. — Ela se afastou e sorriu abertamente, e eu sabia que ela estava feliz por eu estar casado com alguém que ela amava.
