48 capítulo

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Eu sou despertada com um balde de água sobre o meu corpo.

- mas que...

Mizuki-bom dia querida - disse de pé a minha frente.

Minha cabeça doía,senti cordas sobre os meus braços e pernas,e um pouco de sangue saia da minha boca.

- filha da puta - eu sorri com raiva.

Mizuki- olha como fala coa sua avó- ela disfere um soco semi-forte em meu rosto.

- cadê o Baji?

Mizuki- quem?o seu gatinho - ela riu - ele está sendo bem cuidado querida- ela passa mão pelo meu rosto.

- não me toque - tentei me mexer.

Mizuki- você foi bem amarrada, não tente se soltar - ela tirou um lenço de seu bolso e limpou o sangue de sua boca- logo teremos o café da manhã,tem uma pessoa que vai te ajudar- ela se virou indo na direção da porta do comodo frio- pode entrar, os seguranças vão lhe ajudar querida.

Com a vista ainda em desfoque, observei uma figura feminina entrar no comodo com duas figuras grandes provavelmente de seguranças, conforme ela se aproximava eu á reconheci.

Amélia -(s/n)!meu deus o que fizeram com você!por favor, a soltem - disse para os seguranças que me soltaram, quando tentei começar uma luta me senti fraca e quase cai- você foi sedada, não tente fazer movimentos bruscos!- ela me abraça de lado me ajudando a caminhar, lia era mais baixa que eu mas do mesmo jeito ainda me ajudava.Ela me levou até um quarto que eu reconheci de primeira.

- esse é o meu ...

Amélia- sim,é o seu quarto- ela sorriu- só mudaram algumas coisas,escolhi roupas novas para você, acho que não faz muito tempo que foram colocadas no closed, tirei o pó e limpei o quarto, mas as coisas estão no mesmo lugar, não coloquei nada fora só organizei os seus desenhos, limpei toda a sua estante de livros e limpei os seus quadros- ela então muda para um tom mais baixo para os seguranças não ouvirem- as fotos com os seus amigos estão dentro de uma caixa no seu closed sei que talvez seja importante...

- você podia ter pedido pra um empregado fazer isso pra você - eu disse ainda com muita dor de cabeça.

Amélia -eu sei , mas eu quis fazer - ela fez uma pausa - por que não toma um banho? tem toalhas no seu banheiro e produtos novinhos pra cabelo e corpo, precisa de alguma coisa a mais?

- tem como me trazer um remédio pra dor cunhadinha?- ela sorriu, sempre chamei ela assim quando era mais nova.

Amélia- já te trago - eu caminhei calmamente até o banheiro entrei e percebi que a chave tinha sido tirada.

"se me quisessem morta eu já tinha morrido, precisam de mim pra alguma coisa, se não eu não seria tratada tão 'bem'" eu pensei enquanto me olhava no espelho.

Tomei um bom banho,pois logo isso iria provavelmente acabar, Mizuki iria me fazer uma proposta isso era certo.Ao sair do banho com uma toalha fui até meu closed e escolhi a primeira roupa que achei: uma calça  de alfaiataria e uma regata preta (obvio que ela colocou roupas intimas ).

Saí do quarto e Amélia estava me esperando com um copo d'água e um comprimido em mãos, ela me entregou e eu o coloquei na boca, tomei água e o engoli.Nós descemos com os seguranças até a sala de jantar, onde tinha uma grande mesa posta com toda a família sentada ao redor só esperando em silêncio. Os efeitos do sedativo já tinham passado e eu estava perfeitamente consciente.

Meu pai me olhou com surpresa, meu irmão fez o mesmo, minha tia me encarou com nojo junto as suas duas filhas gêmeas (no caso minhas primas ) e meu tio só me olhava com uma expreção aparentemente neutra.Amélia sentou ao lado de kaian e eu sentei na ponta da mesa, no único local vago ficando de frente para Mizuki.

Encarei Mizuki com um olhar desafiador e um sorriso de canto.

- do que você precisa coroa?pra me trazer aqui e...não ter me matado ainda é por que você precisa de algo, não é?- eu sorri encarando ela nos olhos profundamente.

Ichiro - olha como fala com a sua vó-eu o interrompi.

- você não manda mais em mim a...- fingi pensar- 12 anos, então...fica no seu canto.

Kaian-...(s/n)

- não começa - eu olhei pra ele de um jeito que poderia fazer qualquer um arrepiar- vai falar?ou...- me referi a Mizuki.

Mizuki- tenho uma proposta para você- assenti indicando á ela que continuasse - o que acha de ficar aqui?morar novamente conosco,ter do bom e do melhor e desfrutar da riqueza 

Eu comecei a gargalhar descontroladamente.

- você ta brincando né? - eu ainda ria - não volto a morar nessa casa nem morta - disse agora séria.

Mizuki- por que?afinal ...somos a sua querida família!

- querida família o meu ovo, acho que o alzheimer ta ai já, deve ter esquecido de tudo que me fizeram passar, bom vou refrescar a memória de vocês: abuso piscicológico, agressão que causaram cicatrizes horríveis,abandono moral,pressão piscicologica e entrega de menor a uma pessoa inidônea, isso que eu nem comecei com o código penal, mas vou citar o artigo 148, eu sei que sabem do que eu to falando- terminei a frase com todos me olhando, meu pai com a cabeça baixa e lia aparentemente sem entender nada.

Mizuki- nesse caso...terei que colocar o artigo 148 em prática novamente- eu sorri de canto.

- por que não tenta?- eu desafiei- você sabe que sou mais esperta do que a anos atrás.

Riley- se isso fosse verdade, não teria sido enganada por nós por 12 anos, engraçado né.

- uma vadia como sempre... se fossem tão bons eu não teria descoberto certo?- encarei minha prima.

Mizuki- não a chame de vadia, no final a vadia da história é sempre você

- vai proteger a netinha favorita vovó? - debochei - acho que a real vadia é a senhora- a mesa ficou em silêncio, Mizuki me encarava com raiva e eu sorria- era só isso?já posso ir?- disse me levantando.

Mizuki- sentada, agora

- e se eu não quiser?- provoquei já de pé.

Mizuki- acho que seu gato vai dormir e não acordar mais amor- me sentei de vagar  vendo minha tia sorrir.

Adalyn- manipulável como sempre 

- como sempre desprovida de intelecto- ela  ficou confusa.

- onde ele está?- perguntei firme.

Mizuki- se preocupa mais com o seu gato idiota do que com você mesma?

- se bobiar ele é mais inteligente que a Adalyn.

Adalyn- como se você se atreve!

Mizuki- silêncio!

todos se calaram.

Mizuki- você vai voltar a morar aqui, querendo ou não, vai poder sair mas só se eu for com você 

- pra que tudo isso?- não tive resposta e todos só começaram a comer- to vendo que nada mudou nesse lugar- pensei em me levantar  mas a fome que eu sentia não me permitiu.

Em frente do meu lugar tinha o meu bolo favorito (que eu não comia a algum tempo), cortei um pedaço e comi devagar, o gosto não tinha mudado, continuava maravilhoso.depois de comer me levantei e fui na direção do meu antigo quarto, já que queria ver se um certo ponto tinha sido encontrado...






Autora -

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♡...♥︎

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