CAPÍTULO 37

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Eles chegam no hospital em um táxi, os dois ainda estavam sujos com tinta seca, mas a roupa encobriu a maior parte dela, embora pelo rosto e pescoço de ambos ainda existissem tons de azul e rosa, que nem um deles se tocou até aquele momento. Passam pela porta de vidro enorme, que estava super limpa apesar de aquilo ser um local bem movimentado, logo andam até a recepção, Hyunjin notou ainda mais o quão ricos os Lee eram, porque aquele era simplesmente o melhor hospital de Seul, só pela sala de espera com poltronas confortáveis, flores naturais em jarros, e o cheiro de limpeza, nada comparado aos lugares que ele já foi atendido. Felix por sua vez ignora qualquer detalhe daquele ambiente, se esforçando para manter a compostura e não desabar de desespero, falando com uma moça jovem da recepção, que mordia a ponta da caneta sujando com seu batom extremamente vermelho, enquanto olhava para uma tela de computador.

-Oi moça, sou Lee Felix, filho do Ceo Lee, poderia me dizer em que quarto meu pai está?_ diz o loiro, apoiando os antebraços no vidro a sua frente, rezando internamente para tentar se manter em pé.

-Oh, claro senhor, fica no segundo andar, quarto 301_ a moça responde antes levantando o olhar, observando o quão bonito o homem a sua frente era, apesar de aparentemente bagunçado e nervoso, ela então involuntariamente apoia sua mão sob a de Felix_ se precisar, nós temos chá de camomila, para ajuda-lo a se acalmar.

Hyunjin que estava apenas um metro de distância, ouve tudo e sente como que por instinto seu rosto virar para onde eles estavam, notando a mulher de batom vermelho tocar em Felix, fazendo ele cerrar olhos, vendo ela sorrir graciosamente feito idiota para Felix. Ele anda, até esbarrar no mais baixo, que o olha surpreso, enquanto ele por sua vez indaga.

-Com licença, ele não quer, pode enfiar seu maldito chá naquele lugar_ ele diz ao mesmo que tira a mão dela de cima da de Felix, logo sentindo seu pé ser pisado pelo loiro a sua esquerda, que tinha uma cara de reprovação e negava com a cabeça.

-Vamos Hyunjin, você já assustou ela demais_ disse Felix, agarrando ele pelo braço, e andando em direção ao elevador, ouvindo de longe a mulher ressoar um xingamento para o moreno, mas eles se afastam o suficiente para não ouvir mais nada, chegando no elevador, e pressionando um botão para o segundo andar.

Subindo, as portas automáticas se abrem para eles saírem, Felix fica parado, e o moreno da um passo a frente, mas quando não vê o outro homem o acompanhar, ele para, e olha para o mesmo, que estava como que paralisado em seu lugar, ele então volta um pouco, e segura o rosto pequeno que já marejava com sua visão fixada no chão branco do lugar.

-Ei, relaxa, não está sozinho, nunca vai estar, entendeu?_ ele o abraça, ignorando tudo e qualquer coisa, focando apenas no rapaz a sua frente, que fungava em seus braços, agarrando sua cintura forte.

Uma mulher de meia idade sai do quarto 301, e ao ver a cena de um completo estranho abraçando seu filho, ela limpa a garganda, pigarreando, o que faz os dois automaticamente se separarem, se voltando para ela, que tinha os braços cruzados e um olhar mortal para Hyunjin.

-Oh, você está ai_ ela diz andando com seus saltos batendo no chão, fazendo um som irritantemente alto pelo silencio que se seguia naquela parte do hospital, ela chega perto dos dois, escaneando eles, notando imediatamente as manchas de tinta nos dois, fora o fato que ambos pareciam desgrenhados, como se tivessem acabado de jogar algum tipo de esporte atlético, imaginou ela.

-Vim o mais rápido que pude_ disse o loiro, abraçando a mãe, que descruza os braços, segurando o abraço forte do filho, mas não tirando os olhos ferozes do moreno, enfim afastando Felix.

-Quem é ele querido?_ Yuna pergunta com um sorriso forçado, vendo uma expressão nervosa surgir no seu filho, e Hyunjin a olhar de cima a baixo com deboche.

O Jovem das Cerejeiras {Hyunlix}Onde histórias criam vida. Descubra agora