30 - Massacre no Coliseu

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Oie, esse capítulo contém linguagem inapropriada então é 18 +

- Olívia? - eu sento na cama.

- Buonanotte principe.

- buonanotte, signorina. Tudo bem?

- Você falando qualquer coisa em italiano é minha kriptonita.

- A Itália continua linda?

- Estaria mais bonita se o ser humano tivesse parado de derrubar planta 100 anos, mas continua bonita. Como tá o clima?

- Você quer saber se tem chovido aqui em Brasília, se minha casa tá um caco por causa dos mentirosos?

- Ok, isso responde minha pergunta.

- Você tá Umbria?

- Não, são poucos os familiares da nonna dos quais somos próximos, estamos com a família da mamãe em Livorno.

- Onde fica isso?

- É num porto, aqui é bem bonito, a gente dorme e acorda com cheiro de mar, dá até pena ir embora.

- Para onde você vai?

- O curso é em Roma.

- Você vai ficar sozinha em Roma?

- Vou, mas é por pouco tempo, acho que meus pais vão ficar por lá.

- Onde você vai se hospedar?

- Ainda não tem vaga na casa universitária, mas eles indicaram um albergue.

- Fuck, no! You aren't staying in an albergue! Are you bloody mad (1)?

- Foi a faculdade que indicou, eles só recebem estudantes, é seguro.

- Seguro porra nenhuma! Um bando de homem safado que vai para o exterior querendo se dar bem com as europeias! De jeito nenhum que você vai ficar lá!

- Fred eu não ficaria num lugar perigoso!

- Olívia, se você fosse inteligente não teria me perdido! Sua habilidade de tomar decisões inteligentes é questionável para não dizer inexistente. Arruma um lugar seguro, porra, você pode pagar!

- Demorou três minutos inteiros para você jogar isso na minha cara. Fred eu preciso que você esqueça o que aconteceu, ou não poderemos nem ser amigos!

- Desculpas – digo encostando na cabeceira – eu queria ser engraçado, não indelicado.

- Tá desculpado, não é como se eu não merecesse... - ela suspira – Alguma notícia boa?

- Eu já posso voltar ao trabalho.

- Vocês estão seguros, então?

- Acho que sim, mas acho que vou estar sempre olhando por cima do ombro, toda vez que eu dirijo fico de olho nos retrovisores para saber se estão me seguindo. Quando outro pessoa dirige eu fico no banco do passageiro me perguntando se não era melhor eu estar com a arma na mão.

- Isso é horrível!

- Nem fala.

Ficamos em silêncio, é bom que ela tenha ligado. Eu a critiquei por ter me perdido, mas tô sozinho por outros motivos, talvez o problema não seja ela, talvez seja eu. Ela me perdeu, a Isa me largou...

- Por que você ligou?

- Porque me deu uma vontade incontrolável de estar na cama com você, de deitar no peito e conversar abobrinha ou te ouvir falando de literatura interminavelmente.

- Você quer me ouvir falar de literatura? Conta outra!

- Tá, eu não sou fã de literatura, mas sou sua fã, quero ouvir sua voz, sentir seu cheiro, quero que meus dedos brinquem no seu abdômen e desçam para o v debaixo da sua bermuda, quero suas mãos no meu bumbum, sua voz no meu ouvido.

Fred 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora