𝑰𝒕𝒂́𝒍𝒊𝒂

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Laura

Um mês depois...

Já se passaram um mês, hoje viajaremos para Itália, não estou nem um pouco animada, vou me casar com um homem que não escolhi.

Hoje é o dia do meu casamento, meu inferno pessoal, não tive ânimo para escolher nada, nem vestido, decoração, NADA.

A minha mãe entendeu claramente tudo, e com ajuda de Estela as duas organizaram tudo.

Me levanto e vou para o banheiro, minha cara está totalmente amassada e meus olhos com olheiras visíveis, sinal de que não preguei o olho.

Escovo os dentes e entro no box, tomo um banho que eu queria que durasse a vida toda. Saio e vou para o closet, vejo minhas coisas arrumadas, tudo que eu mal tive tempo de usar.

Optei por um vestido e saltos preto, eu me sinto de luto.

Desço e já encontro mamãe, papai e Lucas na mesa.

— Bonjour. - me sento.

— Sei que não está animada, mas preto? - gargalha - Quer ficar de luto, antes de casar?

— Idiota! - jogo um pãozinho nele.

— Crianças... - papai repreende.

Mamãe fica em silêncio o tempo inteiro, algo a deixa inquieta.

— Tudo bem? - pergunto estranhando seu silêncio.

— Sim, querida. - fala sem muita convicção.

Terminamos o café da manhã e entramos direto no carro, estamos a caminho do aeroporto, chegamos e já embarcamos no jatinho da família.

Mamãe se senta na poltrona a minha frente e olha para mim.

— Não queria esse casamento. - ela fala com lágrimas nos olhos - Vitor não te merece. - segura minha mão.

Não estou entendendo nada.

— Aconteceu algo? - pergunto.

Ela me olha por alguns segundos e pega uma revista do seu lado. Então entrega na minha mão.

Fico perplexa com o que vejo, Vitor esta na capa com uma mulher.

Eles parecem íntimos.

— Papai viu? - pergunto com um nó na garganta já sabendo a resposta.

— Sim.

Eu não consigo acreditar, eu sei que seria traída, quase todas as mulheres da máfia são, eu não seria excessão. Mas vamos nos casar hoje, é muito vergonhoso para mim.

Eu não consigo falar nada e mamãe também não diz mais nada, o que agradeço mentalmente.

Demora algumas horas e logo chegamos na Itália, quando saímos do jatinho, vejo alguns carros nos esperando, e em frente a um deles está um homem muito bonito, ele é magro com um corpo atlético, cabelos pretos e olhos claros, me lembra um pouco Henrique e Estela.

— Benvenuto, Vincent. - diz apertando a mão de meu pai e cumprimentando minha mãe e meu irmão.

E então ele se vira para mim, vejo um sorriso brotar em seus lábios e um brilho diferente em seu olhar.

— Você deve ser a bela dama. - beija minha mão.

— Prazer? - faço cara de confusão, como se me perguntasse seu nome.

— Heitor, prazer. - sorri.

Ele é o irmão mais novo do Vitor.

— Vamos então. - meus pais e Lucas entram no outro carro - Bela dama. - abre a porta do seu carro.

𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora